Leiam com atenção o que escreve Caroline McCarthy no The Social.

There’s no such thing as ‘social media revolution‘” ou numa tradução tosca para o nosso Português, não há cá essa coisa de Revolução dos Social Media.

Ainda que o termo seja bonito, e que garantidamente arranque suspiros de alma em reuniões menos animadas, revolução é um termo que, representando mudança de qualquer natureza, associamos antes de mais ao ser humano. Que raio, a Revolução Industrial é a das máquinas e do vapor mas é essencialmente, dos homens que a viveram (se estiver a soar demasiado à esquerda, avisem-me por favor. Não é no entanto, de admirar: São muitas horas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa).

Pode parecer que contra mim escrevo, uma vez que a minha vida profissional anda em grande parte, em torno desta realidade das Redes Sociais, dos Media e da Web em geral mas ainda assim, confesso que já me causa uma certa impressão, e nem sempre positiva, esta onda de entusiasmo extremo à volta dos chamados Social Media. Não que lhes negue a devida importância. Quem me conhece sabe bem que faço questão de a cada momento, fazer notar o quão importantes e relevantes são esses tais Social Media no nosso dia-a-dia. O que me causa a tal impressão é o aparente esquecimento de que, por detrás de tudo isso, estão pessoas.

A Caroline McCarthy no seu artigo, relembra-nos o lado humano do Social Media com exemplos que abriram os olhos ao mundo sobre o poder dos utilizadores, não das aplicações ou dos canais que estes utilizam.

Infelizmente, não é raro ouvir ou ler sobre o tema, constatando que os utilizadores são frequentemente esquecidos, trocados por likes, apresentando ao segundo slide de Powerpoint, o valor em euros de cada uma daquelas pequenas mãos azuis, de polegar em riste…

«Os revolucionários –  escreve Caroline – sejam eles quem forem, irão usar o social media como um conjunto de ferramentas para as tarefas que sempre foram e continuam a ser, as mais cruciais para os activistas: reunir apoios, comunicar com pessoas que pensem de forma semelhante e espalhar a palavra. Estas tácticas não mudaram. Os canais de comunicação disponíveis é que se expandiram.».

Não se esqueçam deles…

Ele há dias assim. Um tipo acorda de manhã e sai de casa bem disposto. Mulher e filha de sorriso na cara e Sol pela frente. Chega ao trabalho e pimba. Toma lá uma, duas, três de seguida que é para começar bem a semana. Nada de mais. Já sabe ao que vem e carregar baldes de massa custa certamente mais. Ainda assim, não mata mas mói… Adiante.

O dia continua a correr e um tipo fica a saber o que o espera nos próximos meses. É incrível a facilidade com que nos são apresentados novos trabalhos, novos encargos, sem nunca nos serem reveladas ou tão pouco referidas novas benesses ou regalias. E o dia continua.

Lisbon Taxi Mosaic

Um tipo ganha mais tempo para pensar no banco de trás de um táxi. Podia ler, podia escrever, podia desenhar mas não. Arma-se em parvo e pensa. Pensa que para ir para um lado não pode ir para outro e que amanhã lhe vai ser cobrada a falta ao lado onde não foi… Paciência pensa ao chegar ao seu destino de então.

De repente toda a gente o ouve. Ele gosta. Sabe que o respeitam, a sua opinião, as horas que levou a ler e experimentar. O tempo passa e o dia compensa. É quase noite e são horas de ir para casa. Mais um táxi e lá está ele outra vez, a pensar. Mas agora pensa nos tais sorrisos, que deixou de manhã. Pensa que lá estarão, em casa, à espera dele… Afinal ainda há Sol…

Pois que do fim-de-semana fica a memória de mais um Domingo de dor de cabeça. Começa a tornar-se recorrente. Não o Domingo. A dor de cabeça. Adiante.

O Sábado foi passado em casa com a Patrícia e no meio das brincadeiras típicas da idade ainda tive a benesse de re-instalar o meu portátil. De raiz. Ainda fiz um restore de uma imagem (feita com o Acronis True Image, a segunda coisa que instalo em qualquer máquina) mas notava-se bem o quão datada estava e achei que trabalho por trabalho mais valia instalar tudo de novo. E porquê esta aventura?

Na passada Sexta-feira sai do trabalho já apressado e só tive tempo de pôr o laptop a hibernar antes de o colocar na mala e zarpar dali para fora. Ou pelo menos, assim pensava eu. Uma ou duas horas depois, já em casa há muito tempo, cheirava-me a queimado na sala. Bem, talvez não fosse queimado mas era definitivamente um cheiro quente, muito quente. Nem sei porque é que me lembrei de ir ver a mala mas efectivamente era de lá que vinha o tal cheiro. O Dell estava mais quente do que um fogareiro em dia de São Martinho. Com custo consegui tirar o dito de dentro da bolsa protectora e ao abrir verifico que ainda se encontra no ecrã “Preparing to Hibernate“. As ventoinhas a fazer um chinfrim doido e o disco quase em ebulição… Foi o tempo de carregar no botão de power e deitar o sistema abaixo. 10 minutos depois estava fresco que nem uma maçã mas um pouco negro por baixo…

E pronto, eis uma boa razão. Por via das dúvidas, e atribuindo tal desaire a uma qualquer enigmática questão de software, entendi por bem re-instalar o sistema. Tarefa que começou na Sexta e se prolongou pelo Sábado e pelo Domingo.

Esse mesmo Domingo começou com uma viagem de compras ao Allegro mas, cada vez mais me convenço, a idade dá cabo de mim. Horas por lá e nem um único livro, filme ou cd para mim… Bem, ao menos sempre vim de lá com umas fatias de presunto de pato para fazer o gosto ao dente… Menos mal.

A tarde deu direito a séries televisivas que estavam em atraso e a queijadas de leite pela mão de mãe e filha, que sempre têm um gostinho especial.

Este foi mais um daqueles posts certo?