A nossa ideia de ver todos os filmes de James Bond até à estreia de Skyfall já foi por agua abaixo… Bem, já vimos um, o primeiro, James Bond, Dr. No. É um começo certo?

James Bond Skyfall no browserd.com

Como já estou certo de que tão cedo não temos disponibilidade para ver mais, ao menos que nos calhe o dito Skyfall e se tudo correr bem, pode já ser no próximo fim-de-semana que não me importo nada…

Há já muito que um trailer de James Bond não me causava grande impacto ou pelo menos, não me despertava tanto interesse. Com Skyfall parece haver um back to basics, um James Bond mais negro?

A ver vamos se o filme cumpre o prometido.

Foi dia de Bond. James Bond. Pelo menos lá por casa.

Decidimos rever toda a série de filmes em torno do mais famoso agente secreto da história do cinema e, como podem imaginar, será tarefa para durar algum tempo e como tal, mais vale começar o quanto antes. Como o principio é sempre um bom começo, o fim de tarde de Domingo foi dedicado a Dr. No, o primeiro filme de James Bond.

Dr No Poster Original

Tal era a certeza de que James Bond seria um sucesso, que os cartazes publicitários do filme anunciavam claramente: “O primeiro filme de James Bond”. Sim, o primeiro de muitos. Muitos filmes, muitos James Bond’s.

Voltando a Dr. No, corria o ano de 1962 quando estreou, baseado no livro de Ian Fleming que tinha o mesmo nome, editado 4 anos antes. O nome do filme é o nome do primeiro vilão de uma gigantesca galeria que há-de vir, Dr. Julius No, e ainda bem que cedo nos informam sobre o seu ascendente familiar pois, não fosse isso (e a posterior explicação do mesmo sobre os seus pais) e nem as roupas super estilizadas que Joseph Wiseman usava o identificariam como chinês… Era o que se podia arranjar à altura.

Espiões e Sex Symbols? Sucesso garantido.

Foi também em Dr. No que surgiu uma das mais icónicas Bond Girls de sempre (bem, bastava-lhe ser a primeira mas não terá sido isso certamente a garantir-lhe o estatuto, além do mais, em verdadeira justiça, a primeira conquista de Bond no filme terá sido Miss Taro), Honey Rider, representada pela actriz Ursula Andress, sex symbol dos anos 60. Mais um argumento de peso para o sucesso comercial do filme.

Ursula Andress como Honey Rider

O sucesso comercial não significou porém a aceitação da critica. Viviam-se os tempos da Guerra Fria e, dos comentários do Vaticano sobre o “conteúdo sexual” do filme, aos comentários do Kremlin sobre como Bond representava o demónio capitalista, as criticas choviam. É claro que tudo isto ajudava a que o filme fosse ainda mais falado e logo, mais visto.

Sean Connery, para muitos o verdadeiro 007, jogava já todos os seus trunfos para cima da mesa: o charme, a destreza física, a irreverência. Mas tal como os gadgets que ajudaram à fama do personagem (e que neste filme ainda não se deram a brilhar), os tais trunfos seriam inesgotável nos seis filmes em que voltaria à personagem. Estava para ficar.

James Bond, 50 anos depois

50 anos depois, Dr. No continua a ser um bom momento de diversão. Estranho até, que mesmo perante os incríveis penteados e a frenética forma de dançar (sim, a acção decorre na Jamaica, era impensável não haver cenas de dança), não me tenha ocorrido a imagem de filme datado, como tantas vezes acontece ao rever filmes antigos.

Definitivamente, uma saga a rever do principio ao… Bem, continua no próximo filme.