Olé Coltrane foi o ultimo álbum de John Coltrane para a editora Atlantic. Bem, pelo menos foi o ultimo álbum de John Coltrane que a editora Atlantic lançou para o mercado com autorização expressa do artista. Posteriormente à sua morte, a Atlantic editou ainda mais alguns discos deste musico dando a conhecer ou relembrando o seu jazz.

CD Ole Coltrane

A edição original é de 1961 e esta que aqui mostro na imagem é a reedição de 2000, que na Alemanha e nos Estados Unidos ganhou uma faixa extra, To Her Ladyship, 8 minutos de jazz anteriormente editados como Original Untitled Ballad.

O jazz esquecido de John Coltrane.

Aparentemente, este álbum foi durante muito tempo desconsiderado pela editora e presume-se que, por uma questão de rivalidades e a já conhecida dor de cotovelo.

John Coltrane gravou este disco com a Atlantic dois dias após ter feito a sua primeira gravação numa nova editora, a Impulse Records. Olé Coltraine foi gravado para honrar o compromisso existente de um ultimo álbum a gravar com a Atlantic.

No entanto, e ao contrário do que alguns possam pensar, Olé Coltrane não é de forma alguma um álbum “a despachar”, um album só para cumprir o contrato.

Acompanhado de McCoy Tyner (ao piano), Elvin Jones (na bateria), Art Davis e Reggie Workman (no contrabaixo), John Coltrane conta ainda neste disco com as participações de Freddie Hubbard (no trompete) e Eric Dolphy (alto sax e flauta). Juntos conseguem ao longo do disco estar constantemente à beira do risco, levando o jazz por campos sonoros por vezes perto de coisas estranhas mas ainda assim, reconheciveis quanto baste para a estranheza não ser limitativa ou castradora da vontade de ouvir um pouco mais.

Uma pechincha garantidamente.

Garantidamente, um disco de jazz a ter lá em casa e se tiverem a oportunidade de o conseguir por 3 euros (como eu consegui na FNAC) então é de agarrar antes que desapareça.