O Twitterverse nacional foi ontem animado durante algum tempo, com a argumentação entre o @BrunoFigueiredo e o @Karlus sobre quem seria melhor cozinheira (vamos ser correctos rapazes): A Nigella Lawson ou a Mafalda Pinto Leite.

Se bem me lembro, a conversa terá até começado na sequência dos já costumeiros debates no Twitter sobre a Vorwerk Bimby (sim, esta coisa do Twitter é cena de macho).

Ora, eu que até ando numa de perceber um pouco mais de culinária (acho que lá por casa a Susana agradeceria), ganhando algum conhecimento sobre a confecção em vez de me ficar no consumo, resolvi perguntar-vos, ó mestres de culinária, qual das três magas das cozinha, merece mais atenção: Nigella Lawson, Mafalda Pinto Leite ou Bimby?

Bimby vs Nigella vs Mafalda

É claro que, para vos ser sincero, tenho muitas saudades das horas frente ao People & Arts, em que nos deliciávamos com os brindes culinários da Clarissa Dickson-Wright e da Jennifer Paterson mais conhecidas como «The Two Fat Ladies» mas, o que lá vai lá vai, uma das senhoras até já morreu, nada a fazer.

Quanto à questão do Jamie Oliver, bem, não há questão. A malta gosta do que ele apresenta, tem tudo bom aspecto, e não parece haver necessidade de escolha, entre ele e o Manuel Luis Goucha (que ao que julgo saber, já nem faz programas de cozinha, que diga-se, não seriam os mesmos sem o bigode).

Voltamos então às concorrentes: Nigella Lawson, Mafalda Pinto Leite ou Bimby? Quem ganha a batalha pela Colher de Pau doirada?

E o guru da usabilidade (e nitidamente não do estilo) falou. E falou contra o Twitter.

Antes de mais há a referir que outra coisa não seria de esperar do Jakob Nielsen. Aliás, eu já tinha até comentado mais do que uma vez sobre quando viria ele deitar (mais ou menos, que ele não é parvo) o Twitter abaixo.

Jakob Nielsen e o Twitter

E eis que numa curta entrevista à BusinessWeek, Jakob Nielsen apresenta as suas razões. Grosso modo a conversa girou à volta do uso empresarial do Twitter partindo do facto de tantos CEO’s estarem presentes nesta plataforma de Social Media.

Segundo Jakob Nielsen está na hora de parar (aproveitem para dar uma olhada no site dele, o UseIt.com, que também parece ter parado pelo menos no estilo. Há muito, muito tempo…) ou pelo menos abrandar no hype do Twitter. Razões:

Se tivermos em conta que as palavras de um CEO podem ditar o rumo de uma empresa, será que os 140 caracteres do Twitter são suficientes para expressar convenientemente uma ideia? Condensar ideias e pensamentos de forma coerente leva o seu tempo. Onde arranjam os CEO’s tempo para twittar?

O Twitter é causador de falhas ou abrandamento na produtividade. Segundo Jakob Nielsen “Se se preocupa com produtividade, não verifique o seu Twitter enquanto tenta acabar o seu trabalho(…). Limite-se a ver os seus updates uma vez por dia, por exemplo na hora de almoço. Todos os Twitts vão lá estar.“.

Nielsen alarga ainda um pouco mais as suas observações que partindo do Twitter num instante abarcam a Social Media em geral. Diz ele que não acha que as empresas devam banir o acesso ao Twitter durante o horário de trabalho pois o Twitter tem a sua utilidade mesmo a nível profissional. No entanto alerta para o facto de que as empresas só teriam a ganhar se indicassem aos seus colaboradores como minimizar as “interrupções”.

Diz ainda Jakob Nielsen que o crescimento no Social Media pode tornar-se um dreno para a economia se as pessoas não perceberem como controlar e gerir o seu tempo impedindo que o “social” conduza as suas vidas.

Não foi mau. Pessoalmente esperava um ataque muito mais feroz ainda que sem imaginar quais seriam os argumentos.

Muitos dos leitores do browserd.com são também utilizadores do Twitter. Alguns são verdadeiros power users. Seria interessante conhecer a vossa opinião sobre o tema. Que acham? É tempo de abrandar? 140 caracteres são suficientes para expressar uma ideia? O CEO deve ou não aderir ao Social Media?

Já não é a primeira vez que aqui escrevo sobre a falta de tempo que me leva a diminuir o numero de entradas por aqui. Há alturas mais calmas, e alturas mais agitadas. Mais trabalho, mais projectos e mais Twitter.

Acalmem-se os evangelistas (à minha maneira também o sou). Não vou para aqui deitar culpas ao Twitter por chegar a passar uma semana sem escrever palavra. Não seria original (ao fim e ao cabo há já tanta gente a fazer tal acusação) e seria sem duvida, deselegante.

É certo que o Twitter ocupa hoje grande parte do meu tempo livre. As viagens de Metro a twittar, os almoços a twittar, as noites a twittar

Browserd: O Twitter e o Blog

Já não tenho tempo para ler nos transportes, registar ementas e tirar notas das refeições, ver séries obscuras de que ninguém ouviu falar… Uppss. Mas esses são os temas sobre os quais escrevo certo? Os livros, as comidas, os filmes e as séries… Deusas. A culpa é do Twitter!

Certo. Dramatismos à parte, a facilidade com que se twitta, 140 caracteres, a imediaticidade da resposta, múltipla resposta, a rapidez com que se propaga graças aos retwitts… Tudo isto leva a paixões assoberbadas (vejam o que twitta qualquer power user ao fim de dois dias sem twittar) mas vistas as coisas a frio, é tudo tão fino, tão efémero… Ainda que por lá se mantenham, nos confins dos searchs

Mas blogging e micro-blogging são duas coisas bem distintas. Uma semana no Twitter traz dezenas, centenas, de followers. Para um blog, demora um pouco mais de tempo. A credibilidade necessária para nos levar a ler um texto composto, a procurar uma opinião mais pensada, é mais difícil de conquistar. Por outro lado, a satisfação de ver quem nos visita no blog continuar a visitar ao fim de muitos e bons anos, é uma recompensa diferente.

Decisão: Se não tenho tempo para 500 palavras, escrevo 300, 100. 140 caracteres se for caso disso. Muito ou pouco é a parede da minha casa que estou a pintar, é a minha sala que estou a decorar, é do meu bosque particular, de portas abertas ao mundo, que eu estou a cuidar.

E o Twitter? Amigos, é o nosso ponto de encontro, o Starbucks da malta mais urbana, a tasca da malta de outros tempos. E temos piadas, e histórias, e links e directos. Temos livros e encontros, temos paixões e outras zangas… Temos musicas e letras, noites sem fim e madrugadas cheias de gente. Enquanto durar, temos Twitter.

Um pouco geek, um pouco sexy, um pouco… Ah, pois e tal… Um pouco… Esqueçam lá isso. Os últimos dias têm sido passados no Twitter à conta da #Anita mas não pense que por lá é tudo assim tão inocente.

Para os que não conhecem e para os que não se lembram, fica a lembrança de que, antes da #Anita o tema que dominou o Twitterverse nacional não foi outro que não mamas. Sim. Mamas. Ninguém se ofende pois não? Todos sabemos de que se trata.

Umas grandes outras pequenas, mais redondas ou mais bicudas, empinadas ou descaídas, todos gostamos de mamas. Sim. Todos. Vocês também miúdas. Que mais não seja das vossas ou das mamas das outras quando as acham melhores que as vossas…

Bem, mas não vale a pena ir por aqui ou a conversa acaba por descambar (da mesma forma que ia descambando lá para os lados do Twitter – Isa, estás recordada não estás?).

O que nos traz até aqui hoje é a fotografia abaixo, da loira com o grande par de mamas que originalmente encabeça o artigo “25+ Images That Might Give Geeks a Hard On” publicado no site techyshit.com.

Certo. Há por lá mais imagens engraçadas, ela nem é gira nem nada mas, verdade seja dita: <tits> (.)(.) </tits> ???

E aquilo que começou com uma pequena piada do @brunoamaral no Twitter, transforma-se aos poucos num fenómeno mundial: AnitaTwitterStar já é falada em Nova Iorque, e para o mundo, através de Julia Roy e da sua análise semanal em vídeo Tweet Week.

Anita @ Tweet Week

Desde já fica aqui o nosso (acho que escrevo em nome de todos quantos contribuem para o estrelato da #Anita) muito obrigado à loira Julia e fica ainda a esperança de a voltar a ouvir (e ver já agora) falar sobre “a lady in the books that help the kids read”.

Ok, ela não apanhou bem a ideia da #Anita mas, se lhe dermos uma ajudinha ela vai lá…