Continuando o relato sobre a nossa mais recente viagem a Nova Iorque (iniciado em Férias em Nova Iorque outra vez (ou New York 2008)) seguem mais alguns dos momentos a registar.

Fast Food em Nova Iorque? Nem por isso.

T.G.I. Friday’s (a significar, dizem eles, Thank Goodness It’s Friday). Há vários espalhados por Nova Iorque. Há dois anos experimentámos o de Times Square e desta feita visitámos (mais do que uma vez) o da 9ª Avenida. Sim, é uma cadeia de comida mas não tem nada a ver com os hamburgers do Donald’s.


Tem hamburgers é certo mas também tem mais coisas… Bifes. E entrecosto. E muito, muito, molho Jack Daniels… E é bom e bem servido. Mas nota à navegação: Em Portugal eu nunca pagaria o que eles por lá pedem para comer um hamburger. O T.G.I. Friday’s também é famoso em Nova Iorque (que já agora, é a sua cidade de criação e não algures no Sul dos Estados Unidos como muita gente pensa) por servir bebidas alcoólicas. E não deixa de ser engraçado quando nos avisam logo ao fazer o pedido que, posteriormente, virá junto à mesa o responsável da casa para pedir a nossa identificação. Yeap. Uma cervejinha, um BI ou passaporte se faz favor…

Times Square. Tudo o que sempre vimos e mais ainda.

Em Times Square sentimos a falta do Naked Cowboy. É difícil não dar pela ausência de um tipo em cuecas (slips e não boxer’s atente-se) com um para de botas calçado e um chapéu de cowboy a tocar viola no meio da estrada… Em compensação andavam por lá estátuas da liberdade de óculos escuros. A praça só por si é um espanto e depois tem sempre pequenas surpresas para quem as quiser ver. Falando nisso, quando por lá passarem não deixem de ir à casa de banho. Sim, leram bem, à casa de banho. Metam-se na fila, preparem-se para as fotos e para os aplausos e lá vão direitinhos às melhores casas de banho que se podem encontrar nas redondezas. Charmin Restrooms. Vão ser difíceis de falhar.

Ainda na famosa praça de Nova Iorque mais dois pontos de visita obrigatória para o turista que quer levar umas lembranças lá para casa. Ambos doces, cada um à sua maneira e igualmente impossíveis de passarem despercebidos tamanha a publicidade que Times Square lhes dedica: A loja M&M’s e a Hershey’s.

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Ainda que não seja grande apreciador de M&M’s (não me lembro da ultima vez que comi um) há que dar a mão à palmatória no que se refere à grandiosidade com que eles nos são apresentados em Times Square. Os ecrãs gigantes com animações super coloridas são visíveis em quase toda a praça. A loja é enorme. São dois andares dedicados aos famosos amendoins cobertos de chocolate onde podemos encontrar de tudo desde os ditos até roupa de cama, cuecas, loiças, brinquedos, o que quer que seja em que se possa imaginar impressa a famosa marca de chocolates.

Já a Hershey’s é um bocadinho diferente. Grandiosa no seu género, vive mais do chocolate do que da tralha comercial à sua volta. Ainda que existam mil e uma caixa e caixinhas, sacos e saquetas, todas elas têm como objectivo carregar os famosos Hershey’s Kisses. E garantidamente vale a pena vir de lá carregado com alguns desses beijos de chocolate.

Um passeio a Bryant Park. Uma nova zona favorita.

Mesmo perto do hotel onde estávamos, entre a Rua 40 e a 42, entre a 5ª e a 6ª Avenida fica Bryant Park. No meio de todo aquele vidro e betão, um pequeno parque que nos dá vida verde e descansa os olhos a quem já muito correu pela cidade. Tal é o encanto deste espaço que Bryant Park se tornou o sitio de eleição para muitos nova-iorquinos irem almoçar sentados nas mesas por ali espalhadas com as suas caixas de plástico ainda fumegantes saídas dos Déli’s mais próximos.

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Flores, árvores e até um carrossel dos antigos dão um encanto especial ao espaço. É claro que em Dezembro (como quase tudo em Nova Iorque) brilha de forma diferente. Uma enorme pista de gelo mete toda a gente a patinar de manhã à noite. E sim, eles vão mesmo de fato e gravata para o meio da pista com os patins nos pés, descomprimir à hora de almoço… Também nesta altura do ano Bryant Park acolhe um grande mercado com cerca de 100 lojas de artistas vários, artesanato e comida. Mais uma grande oportunidade para adquirir algo único que não pudemos desperdiçar.

Canadá? Porque não? Estamos em Nova Iorque certo?

Foi ainda em Bryant Park que tivemos outra daquelas situações que só nos filmes. Junto ao espaço do parque estava uma grande tenda montada com gente a entrar e a sair… Curiosos como somos quando estamos de viagem não passávamos sem saber o que ali havia. Tratava-se de uma acção do Turismo do Canadá a promover as viagens de Inverno ao pais vizinho. Entrámos e tiraram-nos uma fotografia num painel croma com um fundo à nossa escolha para posteriormente fazermos o download num endereço web. Até aqui tudo normal. À saída questionaram-nos sobre o nosso pais de origem e quanto tempo estaríamos ainda em Nova Iorque. A resposta talvez lhes tenha agradado uma vez que nos ofereceram duas entradas VIP para um evento também patrocinado pelo Estado do Canadá a realizar-se no Celsius Canadian Lounge, um bar ali mesmo em Bryant park. Ora com isto acabámos por ganhar uma bela massagem ao final do dia e ainda dois copos de cidra quente que para nós foi novidade. Acompanhado por uma óptima vista e boa música foi um belo fim de tarde.

Ora, os relatos desta nova viagem a Nova Iorque seguem assim que possível… Até lá, novas fotos no Flickr

Não é tema pacifico. Que compras a fazer em Nova York que é como quem diz, qual o shopping plan para New York? Sim, que ninguém pense que um europeu vai passar uns dias a Nova Iorque em Dezembro e não aproveita para levar um (ou dois ou três) banho de loja…

Ainda que o dólar americano não esteja hoje tão bom como já esteve, 1000 dólares continuam a ser cerca de 800 euros o que ainda é uma diferença considerável e se a isso somarmos as diferenças de preços que por vezes sejam a ser escandalosas (tomemos por exemplo uma lente Canon Zoom Super Wide Angle EF-S 10-22mm f/3.5-4.5 USM que em Nova Iorque pode ser comprada por 690 dólares e que em Portugal custa a módica quantia de 850 euros ou seja, uma diferença de 315 euros ao câmbio de hoje)… Bem, está tudo dito.

O dinheiro não abunda é certo mas há muito que me tenho contido na minha dependência crónica da FNAC de forma a poder poupar algum e agora é chegada a altura de o gastar.

Sei que vou gastar dinheiro em livros. É impossível não o fazer em Nova Iorque. E não é só porque a visita à Forbidden Planet está já agendada. É claro que os comics terão o seu espaço na bagagem mas o verdadeiro peso virá certamente das visitas sucessivas à Barnes & Noble

Depois há a fotografia… Tal como referi acima, a diferença de preço faz com que facilmente se perca a cabeça. Que tal uma ajudinha? Quais seriam na vossa opinião as lentes a comprar para a minha Canon 350D? O investimento numa máquina para o dia-a-dia também não seria de todo disparatado. Andar com uma Canon G10 na mala é decerto mais fácil do que carregar com a 350D…

Não imaginam também a pressão para me render ao iPod. Seja ele a versão clássica de 120 gigas ou o iPod Touch… É certo que já me habituei a andar de headphones nas orelhas mas ainda assim, aquela coisa de instalar o iTunes não me convence? Opiniões?

Sei que também não vou deixar de contribuir para a fama que o Kenneth Cole já tem em Nova Iorque com a minha já habitual compra de sapatos. Sim, estes representam assumidamente o meu maior vicio nova-iorquino: Sapatos Kenneth Cole. De há 2 anos para cá que, exceptuando o calçado informal da CAT, só uso Kenneth Cole. Enfim, manias…

Bem, só aqui já se vai um dinheirão e ainda não estou a contabilizar as compras da Susana… Lembram-se de mais alguma coisa?

Depois de vos ter começado a contar como tinha sido a nossa viagem a Amesterdão não ficava nada bem se não acabasse o relato principalmente porque sei que alguns de vocês ficaram com a ideia de que em Amesterdão há pouco que se aproveite. Bem, não há muito é verdade mas nem tudo é mau.

Os museus de Amesterdão

Van Gogh Museum – Vão para a fila logo de manhã cedo. Muito cedo. Ainda que em Amesterdão nada comece cedo, a cidade está sempre cheia de turistas e muitos destes acordam cedo. Mesmo que já tenham comprado o bilhete para o museu Van Gogh no dia anterior (se não tiverem bilhete vão para lá de madrugada) cheguem lá cedo. A fila é enorme.

Depois há aquela coisa dos girassóis… Eu sei que gostos são gostos mas ao contrário do dito popularem eu acho que estes devem ser discutidos. Mas será que alguém gosta mesmo dos girassóis do Van Gogh? E a cena da orelha? A sério. Podem ficar ofendidos e tudo o mais mas não há pachorra para o Van Gogh.

Directamente ao piso de baixo do museu Van Gogh para ver a magnifica exposição de John Everett Millais (costuma estar no Tate em Londres) e ficar deveras encantado pela obra deste pré-rafaelita. Ophelia será a sua obra mais famosa mas facilmente nos apaixonamos por tudo o resto.

Neste piso podemos ainda visitar uma exposição fotográfica intitulada Me, Ophelia onde vários fotógrafos prestam à sua maneira, homenagem à obra prima de Millais.

Entre quadros, desenhos, audio tour e um filme sobre a vida e obra do artista aqui ficou grande parte da nossa manhã. De volta ao piso de cima, a visita ao Van Gogh propriamente dito levou-nos ainda uns cinco ou dez minutos que foi o tempo que demorou até chegar à porta de saida no meio dos milhares de pessoas que se amontoavam para ver, adivinhem? Os girassóis.

Rijksmuseum – É efectivamente um grande museu este Rijksmuseum. Infelizmente grande parte dele está em obras (ao que parece já há muito tempo e tende a continuar) o que, não só defrauda as expectativas como torna a visita um bocado confusa. Ainda assim tem muito que ver principalmente para quem aprecia as grande obras de Rembrandt (Night Watch é absolutamente fantástico), Vermeer ou mesmo Pieter Saenredam com os seus fenomenais interiores de igrejas. Ainda de referir as extraordinárias casas de bonecas do século XVII a fazer os sonhos mesmo de quem nunca brincou com bonecas…

Foam fotografie museum – Tal como o nome indica, o Foam é um museu de fotografia. Daquelas pequenas pérolas que por vezes são esquecidas nos circuitos mais turísticos mas que nos enche os olhos com coisas bastante interessantes (como a exposição de Jessica Dimmock “The Ninth Floor” que acompanha um ano na vida de um grupo de toxicodependentes). Ou como num espaço diminuto dar um grande valor cultural à cidade…

Joods historich museum – mais conhecido como o Museu Judeu de Amesterdão. Muito interessante. A história de um povo pela Europa. Nunca tinha eu (e já entrei nuns quantos museus por esse mundo fora) visto tanta referência a Portugal e a Portugueses como neste museu. Ao que parece, haveria por aqui mais do que em qualquer outro lugar… Vale a pena visitar e conhecer mais intimamente a importância deste povo naquela cidade.

Ainda no Museu Judeu é de visitar o Museu Infantil onde se pode encontrar a “Parede Falante” que é, literalmente, uma parede que falando connosco nos conta a sua história ali, no edifício da sinagoga. Marcante.

E para comer? Come-se por lá?

Sim, come-se. Nada de especial. Não há propriamente uma comida típica da terra. Como diria um colega meu, talvez o mais parecido com comida típica de Amesterdão seja a comida Indonésia (há por lá muitos restaurantes destes). No entanto, come-se bem assim se vá comer aos sítios certos.

Sushi me – Passámos por este pequeno restaurante japonês logo na primeira noite em Amesterdão. Já passava das 10 da noite que nesta cidade é como quem diz, estava já fechado. Ficou marcado e lá voltámos ao Shushi me 2 noites mais tarde. Comemos bem e barato (para Amesterdão e para japonês). Sem mesas, tem um balcão corrido a todo o comprimento do restaurante (que não é longo) e bancos confortáveis.

Ainda comemos num outro japonês (mais tipo tasca japonesa) onde a comida estava igualmente boa (maior oferta) mas definitivamente, o Shushi me tinha mais estilo e na comida japonesa, em particular, os olhos também comem…

Madre Maria – Restaurante de carnes argentinas, o Madre Maria faz jus à fama que tem por lá. A carne é mesmo muito muito boa. Foi aconselhada a parrillada mista que basicamente é um fogareiro a carvão na mesa com várias carnes a grelhar. Vale bem a pena. Parece manteiga. A simpatia não é a maior mas também, é típico dos estabelecimentos na cidade…

La Madonna – O nome deste também não engana pois não? Restaurante italiano, La Madonna serviu essencialmente por estar aberto até mais tarde mas no entanto até se revelou uma agradável surpresa. A comida era boa e não foi muito caro. Serviam vinho a copo o que também ajudou a agradar.

The Pancake Bakery – De comer e chorar por agua com gás. Ou nem isso. A The Pancake Bakery tem fantásticas panquecas, gigantes panquecas com as mais estranhas combinações de sabores que possam imaginar. Não caiam no erro de lá ir lanchar a não ser que já tenham almoçado há muito e não planeiem jantar. Já lá vai para 35 anos…

Puccini – Difícil difícil seria falar de comida em Amesterdão e não falar do Puccini Bomboni. estes chocolates são caros como o raio mas são deliciosos em proporção ou mais. Por nós ficámos entre os de noz e os de pimenta (sim, a combinação pimenta e chocolate é realmente fantástica) mas facilmente comeríamos muitos mais. Visita obrigatória.

Há mais sítios certamente mas não me consigo lembrar de todos e o post já vai longo… Continua mais tarde na Parte III.

Já foi há uns dias. Bem, muitos dias. O quê? A viagem que fizemos a Amesterdão. Já estava nos nossos planos há algum tempo mas os preços das viagens aéreas para o pais das tulipas sempre nos pareceu demasiado elevado. Até um dia. Lá fomos.

A Chegada

O aeroporto de Amesterdão é algo de colossal. Gigantesco. Já com o avião em terra, a pista passa sobre a autoestrada causando uma sensação estranha a quem vai no avião mas imagino o quão estranha será para quem vai nos carros. Parecem bastante organizados os holandeses. Identificámos de imediato os caminhos a seguir para chegar ao comboio que nos levaria ao centro da cidade. Uma pequena paragem para um um hamburger tardio e lá fomos. Tal como previsto, 40 minutos depois chegámos à estação central de Amesterdão.

O aniversário da Rainha.

No dia 30 de Abril comemora-se em toda a Holanda o aniversário da Rainha e tal festa é levada mais a sério em Amesterdão. Bem, talvez sério não seja o termo mais correcto. A população fica doida e sai toda para a rua vestida de laranja, cantam, dançam, fumam e bebem. Muito. Assim que saimos da estação, já cerca da meia-noite, vimos de imediato o efeito que tal festa tem na cidade. Não se dava um passo que não fosse sobre copos de cerveja vazios ou montes de beatas ainda fumegantes. Estranhamente, o cedo da hora (pelos padrões de festa portugueses) mostrava já toda a gente a regressar a casa. A noite acaba cedo naquela cidade.

Nadia Hotel, um lugar a ter em conta.

Hotel NadiaOs hotéis em Amesterdão são caros. Aliás, tudo é caro em Amesterdão. Quando estávamos a planear a viagem, com muito pé atrás, tínhamos já reservado hotel para as 6 noites pela assustadora quantia de 1300 euros. E isto sem pequeno-almoço e sem as taxas municipais obrigatórias (tipo 5% ao dia). Na ante-véspera da partida recebemos um e-mail do Hotel Nadia informando sobre uma desistência de última hora e questionando se ainda estaríamos interessados. O Hotel Nadia tinha sido um dos nossos contactos esquecidos uma vez que não havia vagas. Sim, esse é outro detalhe importante: Nesta altura do ano, é muito difícil arranjar hotel em Amesterdão. Está tudo lotado. Adiante. Hotel Nadia, quase metade do preço, muito, mas mesmo muito central, com pequeno-almoço e taxas incluidas. Mas mais importante ainda, 14 entre os cerca de 350 hotéis de Amesterdão comentados no Trip Advisor.

À chegada, tal como comentava quem por cá já passou, as malas foram levadas para o quarto e foi-nos oferecida uma bebida enquanto esperávamos na sala do pequeno-almoço. Mais uma vez, tal como se lê nos comentários pela Net, uma sala pequena mas muito, muito engraçada.

O nosso quarto ficava logo no primeiro andar mas mesmo que fosse num dos outros não me pareceria mal. As escadas podem assustar mas é mesmo só até as subirmos e percebermos que não custam assim tanto. Quarto pequeno (talvez o mais pequeno em que alguma vez ficámos) mas com tudo o que poderíamos precisar: Cama de casal, roupeiro, secretária, televisão, frigorífico, cofre e uma magnifica varanda já equipada com duas cadeiras. 20 minutos depois já estava o computador portátil em cima da mesa e ligado a um dos 5 ou 6 routers do hotel, completamente abertos e com uma velocidade espectacular. Internet de graça.

Amesterdão cidade.

Os dias começam cedo quando estamos em viagem. Mas em Amesterdão, nada começa cedo. Só mesmo nós e a sala de pequeno-almoço (que estava muito bom diga-se, com pão, tostas, bolos, doces, manteiga, café, leite e sumos à descrição). Aquela cidade não acorda antes das 10 ou 11 da manhã. Cafés meu Deus. Cafés. Não via cafés abertos. Parecia manhã de Ano Novo em Lisboa.

É agradável passear pelos canais pela manhã por essa razão. Passa-se bem, sem encontrões e a falta de Sol forte contribui também para umas quantas breves lufadas de ar fresco. Sim, que à tarde o cheiro é outro e não é dos mais agradáveis. Amesterdão brinda-nos com a presença em quase todas as ruas de urinóis públicos. Sim, urinóis públicos. E não são daqueles com moedinha e à porta fechada. Não senhor. Ali não há falsos pudores. Quando dá a vontade, vai de sacar da dita e, junto aos artefactos piramidais, aliviar pressões internas. Dá-se o caso de que, grande parte destes equipamentos (as pirâmides entenda-se) serve igualmente para depósito de latas, garrafas e outros recipientes formando montes de lixo acumulado e dando origem aos famosos salpicos de ricochete. Estão a imaginar a coisa não estão? Piora a coisa quando temos em conta que, devido à grande quantidade de líquidos ingeridos pelos locais e a outras coisas ingeridas pelas visitas, dificilmente quem está com vontade de se aliviar consegue andar em linha recta tempo suficiente para alcançar o urinol. Ora, nada como uma cidade como Amesterdão, cheia de arvores por todo o lado para ajudarem nestas horas de aflição. Imaginam agora o cheiro que por lá fica não?

Mas Amesterdão é só isso? E as drogas?

Pois essa é outra guerra. As drogas. Toda a gente sabe que Amesterdão é famosa pelas drogas. Não só mas também. As drogas pesadas são violentamente penalizadas. As drogas leves, não sendo propriamente legais (acho) são toleradas. Assim sendo, as famosas coffee shop’s de Amesterdão lá estão de porta aberta esperando os clientes, com as suas montras decoradas com motivos repetitivos que não variam muito entre os cartoons jamaicanos ou os dourados árabes. Em determinadas zonas, são porta-sim, porta-sim. Ninguém é obrigado a entrar é certo mas ninguém consegue deixar de cheirar mesmo só passando na rua. Ainda pensámos em entrar numa ou outra com menos maus aspecto para comer um bolinho (já deixámos de fumar à tempo suficiente para não experimentar outra vez) mas o cheiro era demasiado forte. A mistura doce da menta com o fumo da erva (que por vezes parecia verde de mais mas mesmo assim o turista contente fumava, fumava, fumava) igualmente adocicado era por demais enjoativo. A parte das drogas lá ficou. Para todos os pijamas andantes que por lá vimos (e eram muitos).

Continua em breve na Parte II… Entretanto sempre podem ver as fotos na minha conta do Flickr.