Da imaginação da Patrícia (a minha filha para quem não sabe) já saíram as mais extraordinárias coisas (da fantasia de Darth Vader, ao Rei dos Cylons passando pelos sinais de proibição a monstros invisíveis) e ao que parece, ainda há muito a esperar. Desta feita, numa viagem de carro, numa aparentemente vinda do nada vontade de desabafar:
Pai, vou contar-te duas histórias:
Ele chamava-se Van Lobo. Tinha cabeça de morcego, braços de homem, tronco e pernas de lobo. Uma noite tentaram caça-lo. Levavam alho, muito alho. Não conseguiram. Ele era mais forte, lutou e fugiu. Apanharam-no uma semana mais tarde. Já tinha passado a lua cheia.
Era uma vez um cão. Tinha no cérebro um pedaço de gelatina amarela onde vivia e do qual se alimentava um verme extra-terrestre. Esse verme cresceu, cresceu, e o cérebro do cão já não dava para ele. Saltou (terá sido pelas orelhas) cá para fora e colou-se às costas de um taxista. Assim viajava e podia continuar a crescer… Cresceu tanto que se tornou quase do tamanho do Universo. Abriu a boca e engoliu umas galáxias (nota minha: nitidamente a precisar de orientações no que se refere a escalas) mas sem grandes preocupações: foram só duas e a nossa escapou. Depois ficou cheio e descansou.
Certo. Estou em dúvidas se a aconselho a ir para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas ou directamente para Berkeley.
Será mais fácil que a aceitem no SETI…
Seria de igual forma, um orgulho para nós… :)