Sim, volto aos livros (aos tais que de uma forma ou outra mudam vidas) e desta feita recordando Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. Porquê? Porque haverá sempre quem não perceba certas coisas, haverá sempre quem não queira perceber.
Bem, deixo para tais a mais conseguida das bem-aventuranças (Mateus 5:3 na minha humilde opinião) e continuo com o Admirável Mundo Novo. E não, não me vou alongar em dissertações filosóficas sobre a influência que o livro possa exercer sobre quem o lê. Utopias e Distopias são temas que muito me agradam e sobre os quais tenho opinião formada, amplamente discutida noutros fóruns e que certamente também terão lugar aqui no browserd.com mas, como referi, não será neste post.
O Admirável Mundo Novo vem mais a propósito dos tais pobres no espirito, os que não entendem por não quererem entender.
Por alguma estranha razão, o post que escrevi sobre 10 livros que mudaram a minha vida, parece ter dado a alguns a ideia de que certa vida me terá passado ao lado. Não que me preocupe em demasia com a ideia que das minhas palavras possam fazer os mansos ou mesmo os aflitos, mas sinceramente, não sou de ficar calado, e tal como Aldous Huxley, escrevo por vezes a posteriori palavras que clarifiquem ideias anteriores, mesmo tendo a perfeita noção de que para todos além dos visados, aumento a complexidade do raciocínio inicial. Em abono da verdade, para os visados também mas uma vez mais, com isso não me preocupo em demasia.
Assim, sem mais delongas, e seguindo os conselhos que Aldous nos deixou 14 anos após ter escrito Admirável Mundo Novo, fiquem com “Falhas”, na sua versão original, no album 78/82 dos Xutos & Pontapés, que tantas vezes ouvi quando tudo à volta eram gritos e discussões.
Consigo imaginar sorrisos nos lábios de alguns e outras feições noutros tantos. Agradam-me os primeiros e aos segundos, bem, nas palavras de um famoso talvez Maçon (porque outras ideias já por demais aqui foram expostas), si monumentum requiris, circumspice.