Que prazer ter um livro para ler e não o fazer, quer dizer, que prazer não estar no Tagus Park e sim a viver… Depois explico.

Little Miss SunshineE eis que o primeiro dia do ano nos brindou com mais uma maravilhosa produção cinematográfica. Que seja um prenuncio de um bom ano. Desta feita foi foi Little Miss Sunshine. Mais um daqueles filmes que passou ao lado do grande circuito comercial cá da terra mas que merece em toda a sua gloria ser visto e talvez revisto ainda que em DVD. A história de “Uma familia à beira de um ataque de nervos” (titulo em Português atribuido certamente por alguem que não viu o filme e de antemão o classificou como fracasso de bilheteira) é a história das suas personagens. A ver: O avô que foi expulso do lar de idosos por snifar heroina e mantem o hábito; o tio, académico especialista em Proust, que acaba de sobreviver a uma tentativa de suicidio causada não por males de amor homossexual (a paixão que tinha por um dos seus alunos e que não sendo reciproca é ainda “traida” pela paixão deste pelo seu maior rival) mas por ver o seu génio ser preterido em prol do homem que lhe levou o amor; o filho que nutre um estranho culto pela figura de Nietzsche o que certamente o ajuda no seu convicto voto de silêncio que há já nove meses não permite uma só palavra. Tudo isto enquanto tenta alcançar o seu propósito; o pai que rege a sua vida, e tenta reger a da sua familia também, pelo método dos 9 passos, sistema de gestão pessoal criado por si mas em que ninguem acredita. Aliás, o seu pragmático exagero chega a fomentar os ódios mais profundos (e todos sabemos quão proximos os ódios podem estar dos amores) dos que o rodeiam; a filha. Que dizer desta maravilhosa criatura que atrás dos seus oculos à mosca e quase de fundo de garrafa, persegue um sonho, o sonho, o tal, o americano: ser Miss. Não interessa bem Miss quê. Há que ser Miss. E ela merecia sem dúvida mais do que qualquer uma das outras tão reais que até assustam concorrentes; a mãe, que como em qualquer boa comédia é, a mãe e ponto.

E que tal? Serve para aguçar o apetite?

Lost in TranslationFeliz 2007 a todos. A coisa não podia começar melhor. Glorioso “Lost in Translation” que não podia ter outro titulo em Português que não fosse “O Amor é um lugar estranho”. Sim, quero ir a Toquio o quanto antes mas Sofia, fosse lá onde fosse, mostrar que há amor e amor é obra… O Bill Murray continua a ser um fantástico anti-heroi. Mesmo quando uma senhora lhe grita “Lip my nylons!!!”. E não. Não se trata de um filme sobre a crise da meia-idade (no meu caso teria que ser uma crise ai aos 17 não???). Aqui fala-se realmente de amor. Um dos vários tipos que se podem encontrar por essa vida fora quer nos 20 e poucos da Scarlett Johansson ou nos 60 do Bill… Se a tudo isto juntar-mos a Toquio dos nossos dias, os neons e as casas de jogos, os restaurantes e os templos, a serenidade que ora homem ora mulher conseguiam encontrar numa qualquer passadeira cheia de gente… Mas quem é que não gostou deste filme?

Mas que raio??? Há quanto tempo não vos escrevo nada? Já tinham desistido de por aqui passar? Espero que não pois caso assim seja, estarei a escrever para o boneco (e mesmo assim é partindo de uma muito elevada auto-estima para a altura do ano em que nos encontramos). O texto sobre Nova Iorque está pronto (ainda que não devidamente ilustrado) mas não o queria publicar agora pois ninguem (nem mesmo eu) terá certamente tempo para ler uma coisa tão extensa. Fica prometido para o inicio do ano ok?

Então que vim eu cá escrever? Alguma daquelas listas tipo best of 2006? Nope. Não que me importasse de o fazer pois até gosto de as ler (quando partem de alguem interessante (como a grande maioria dos visitantes cá do place). Não estou mesmo imbuido do espirito necessário para tal. Venho por cá dizer obrigado a todos. Conseguiram fazer com que este cantinho do ciberespaço tivesse vida durante mais um ano. 500.000 (custa a crêr nesta coisa do meio milhão) de hits num ano é muito hit. Um post com quase 800 comentários???? Sim, já deixou de ser o meu post há muito tempo mas enfim… Malta que conheci IRL, novas ideias que apareceram…

Chega de lamechice. Sleeper Cell está de volta. Por amor do que tenham como sagrado, vão lá ver se arranjam o raio da primeira season que é simplesmente fantástica e depois toca a ver a segunda. Aproveitem que todas as outras séries estão de férias…

Assistimos ontem a Manual de Amor (Manuale d’Amore). Confesso que esperava mais de uma comédia, produção europeia e com um visivel orçamento alargado. Tem efectivamente momentos que nos fazem rir mas nada por ai além. Até o tal Manual é de qualidade duvidosa uma vez que sumo só parece ter capitulos que se referem ao fim do tal amor… A ver vamos como se sai a primeira fita do ano (que ainda não sei qual será).

p.s. É impressão minha ou a 2 tem estado todo o santo dia numa maratona de 24??? Ó pobres daqueles que não acompanham a série… Jack, a malta está contigo já em Janeiro de 2007 ok?

frakkingUsually I don’t post photos of myself. As usually I don’t wear t-shirt’s over long sleeves and I usually don’t write in English around here but this post as a very specific intent: It’s all about a special TV Show that I’ve talked about before and a obscure forum about it on the Internet (hey, you know who you are). Just to show a t-shirt that I’ve made some weeks ago but after this week Galactica episode (A measure of Salvation) I don’t know if I will use it one day. I’m not the only guy on earth that’s thinking about “Who’s frakkin’ right around here?”. Humans are going for a genocide attack???

Battlestar Galactica is going for a even more darker path in the political and moral questions. This is really what a good tv show must be and doing what a good tv show must do: entertaining us and making us think.

E o fim de semana continua certo? E lançados que iamos para ver o “Filme da Treta” acabámos a assistir a “O Diabo Veste Prada” (Devil wears Prada). Acho que foi uma escolha acertada. Por acaso tinha estado há bem pouco tempo com o livro de Lauren Weisberger na mão e vai não vai para o comprar. Para quem não conheçe a história aqui fica um breve resumo. No final do século passado uma jovem de nome Lauren Weisberger arranjou emprego como assistente da editora da revista Vogue e enquanto lá trabalhou teve uma experiência de fugir. Tendo jeito para a escrita, a dita jovem arrajou maneira de se vingar e ainda ganhar algum com isso. Escreveu um livro relatando de forma um pouco ficcionada (será???) o tempo que passou na Vogue. Apresenta a sua personagem com o nome de Andy Sachs (muito bem encarnada pela linda Anne Hathaway) e a editora da Vogue é aqui Miranda Priestly, editora de uma revista chamada Runway representada maravilhosamente por Meryl Streep. A revista é um mundo verdadeiramente cão em que todos passam por cima de todos sem olhar para trás. Para Andy aquilo é novo. Para Miranda é a unica forma de ser. Ainda por cima Andy não é dada a essas coisas da moda… Mas as coisas mudam e o patinho (que não é feio, só mal amanhado) passa a brilhar que nem cisne. Miranda diz a certa altura “Everybody want’s to be us”. Era impossivel resistir-lhe. Mesmo sendo aquilo a que muitos chamariam de “uma real cabra”, é facil entender como Andy passa a venerar Miranda… Andy conta com a ajuda de Nigel (mais um dos que é ultrapassado com f maiusculo) para lhe apresentar os sapatos Jimmy Choo’s, os fatos Chanel e tantas outras coisas que facilmente deixam qualquer uma encantada(o) sempre pelo bem que ficam num corpo feminino. Mesmo assim, o cisne vira pato novamente antes de cantar. A vida continua para todos. Fashion l’oblige.

A banda sonora deste filme está igualmente à altura. Vogue de Madonna não podia faltar mas esta é a óbvia. As outras, de U2 a Mocean Workers passando por Alanis Morissete ou Ray Lamontagne estão todas muito bem…

É cor de rosa. É pois. Li algures alguem que escreveu “This is the great chick flick of the year”. Só faltava escrever “Pinky” mesmo à frente. E depois? É dos melhores pinky’s que vi em muito muito tempo. Se a história é banal? Quantos grandes filmes não se fizeram a partir da Cinderela?

Vi, gostei e quero comprar.

Assusta-me pensar que pode não nevar em Nova Iorque nas próximas semanas. Ando a acompanhar o tempo e as temperaturas em vez de descerem sobem… Parem lá de vez com a pôrra dos spray’s que estão a dar cabo da cambada do ózónio… Ainda há dois ou três dias atrás, não se via ninguem aqui que não estivesse de chapéu de chuva. Hoje quase que andam de t-shirt…

Ainda falando de Nova Iorque, ando cá com uma ideia, daquelas parvas que não lembram ao diabo mas que, vá-se lá saber porquê, costumam invadir o espaço livre entre neurónios aqui para estes lados… Então e se eu combinar com alguem aqui em terras lusas, dia e hora em que eu me encontrarei na equina da 46th Street e a Broadway (mais uma vez aqui), a fazer caretas para a camera??? Fica a ideia no ar e volta à carga um destes dias…

Mudando de assunto: Podemos nem gostar muito de Banda Desenhada e até ter uma certa aversão a determinado super-heroi (tendemos a esqueçer que são eles os deuses e semi-deuses da nova mitologia) mas certamente sabemos apreciar uma obra bem feita. Eu penso assim quando penso em Star Wars. Talvez haja quem assim fique a pensar após ver o trailer de Spiderman 3.
E aqui fica mais uma para a teoria da conspiração: 20 ways to fight the New World Order. Assim a modos que por exemplo aqui fica uma das pérolas:

20. Stop supporting the porn industry.
Porn is an addiction. But more than that, it’s dehumanizing. The porn industry is basically built on cravings and addictions and taking advantage of people, be they the actors and actresses or the people viewing the porn.