É lamechice? Sim, eu sei. E depois? Se em algum sitio posso ser lamechas, posso ser o que quiser, esse sitio é aqui, no meu sitio.

Senti tanto a tua falta. Nada de mais. Não estavas, como não estiveste já noutras ocasiões. O trabalho levou-te e ainda não te trouxe de volta. Voltarás não tarda, eu sei. Mas esta noite, sem saber ainda bem porquê, senti tanto a tua falta.

Jantámos, rimos e sim, deixámos passar um pouco a hora… Sabes como é, deixamos sempre. Já com ela deitada, cantámos… E de repente, que raio, a fazer um esforço enorme para que ela não notasse, para que ela não sentisse (e sabes como ela sente essas coisas), que eu queria tanto que ali estivesses, no sofá, já com os olhos meio fechados, à espera que eu te tapasse (porque eu é que te sei tapar). Só porque sim, sem nenhuma razão em particular (porque não me parece que aquilo a que se chama amor possa ser objecto de observação racional). Senti tanto a tua falta…

Há noites assim. Há vidas assim.

Amo-te. Muito.

E hei-de fazer um Mestrado pois então… Diacho, deve haver algures um plano, uma esboço transcendente, um mapa do destino ou algo do género, onde se escreveu um dia que eu iria fazer o Mestrado. E como eu gosto de coisas escritas, não irei desapontar.

Mas há um limite para tudo, até para coisas escritas certo?

A Internet e os livros em torno dela...

Eis senão quando me encontro frente a esta pilha de coisas escritas livros, criteriosamente seleccionados, todos eles de alguma forma versando a temática de um dos trabalhos a apresentar este semestre para o Mestrado em Ciências da Comunicação (Culturas Contemporâneas e Novas Tecnologias) na FCSH. Um dos trabalhos. Sim, um. Dos vários.

A sério. Tenho mesmo que controlar esta coisa do recolher informação. Eu sei onde a encontrar. Sei como a procurar. Distinguir a que interessa da que nem por isso. Ainda assim, é muita. É demasiada. Ok, there’s no such thing as too much information. Está bem, é o desespero de perceber que por mais que queira não consigo com que o dia tenha mais que 24 horas…

Bem, agora que falo nisso, feitas as contas, entre fusos horários, talvez se conseguisse qualquer coisa com um investimento razoável em bilhetes de avião… Haverá informação sobre isso? Vou pesquisar.

O olho só vê o que a mente está preparada para compreender

Hoje, só porque sim, é um daqueles dias em que me apetece lembrar ao mundo as palavras de Henry Bergson, filósofo francês e Prémio Nobel da Literatura em 1927:

L’oeil voit seulement ce que l’esprit est préparé à comprendre.

 

Quem diz vinho para o jantar de Natal ,diz igualmente para a ceia e para o almoço do dia de Natal. Aqui, o que está em causa é efectivamente, qual ou quais escolher de entre uma série de vinhos que, por uma razão ou outra têm ficado guardados na garrafeira.

Que vinho para este Natal?

A saber:

  • Periquita 1996
  • Côtto Grande Escolha 2000
  • Esporão Reserva 2001
  • Quinta das Tecedeiras Reserva 2003
  • Xisto 2004
  • Reguengos Garrafeira dos Sócios 2004
  • Quinta da Bacalhôa 2005
  • Grandes Quintas Colheita 2009
  • Alma Grande Reserva 2009
  • Pó de Poeira 2010
  • Quinta Nova 2010

Agora, malta dos vinhos, malta que entende, que gosta ou até mesmo malta que “porque sim”, é dar sugestões. Que vinho se vai beber cá por casa este Natal? O repasto vai do tradicional Peru recheado ao não menos tradicional Bacalhau com couves. Há também Arroz de Pato no forno para o dia seguinte.

E então? Que vai ser?

Mais de um ano depois e com centenas de fotografias do vidrão espalhadas pelas mais diversas redes sociais, finalmente, o Vidrão da Rua Francisco Sanches desapareceu.

O Vidrão da Francisco Sanches foi retirado pela CML

Dois simpáticos colaboradores da Câmara Municipal de Lisboa tocaram à minha campainha para avisar que o Vidrão foi retirado. A eles o meu muito obrigado por terem alegrado mais o meu dia.

Adeus Vidrão da Francisco Sanches

A saber:

Sr. Munícipe

A Câmara Municipal de Lisboa vai proceder à retirada do vidrão situado na Rua Francisco Sanches, junto ao antigo cinema Pathé, devido ao aumento da insalubridade no local.

Não havendo nesta rua outro local que reúna condições para a instalação de um vidrão, sugere-se a utilização dos situados na Avenida Almirante Reis, nº 127, e na Rua Morais Soares cruzamento com a Rua Carlos Mardel.

Contamos com a sua colaboração.