Pois que não me tenho estado a portar bem… Pois que não…

Quando foi a última vez que aqui escrevi? Há já mais de uma semana… Não me parece nada correcto, principalmente por respeito aos carissimos(as) visitantes aqui do sitio a quem nem sequer disse que fui de férias. À pois é. Férias. Duas semanas. E para os que não acreditavam ser possivel tenho a dizer que estive no Algarve. Lá mesmo. Na terra da praia e do sol e da agua e da areia e da… É melhor ficar por aqui senão eu mesmo terei dúvidas sobre se fui capaz de lá estar.

Algarve

Agora mesmo a sério. Foram uns dias muito bem passados ali na zona de Altura mais precisamente na Praia do Cabeço. Assim eu até sou capaz de gostar de praia em terras lusas. Acordar por volta das sete da matina para tomar o pequeno-almoço (composto essencialmente por leite, panquecas e doce) descansadinho e sem stress que a praia está mesmo ali à porta da rua. Pôr o pé na areia e ter a impressão de que não há ali ninguém (ainda que, segundo os meus padrões de sossego, a praia estivesse cheia de gente, as toalhas mais próximas estavam a muitos metros de distância)… Não há descanso na praia que a Patricia não deixa mas isso agora não interessa nada. Já estamos a caminho da agua que está quase tão quente quanto a do chuveiro em dias mais radicais. Tão mas tão à vontade que a 350D ficava ali, junto ao chapéu, sozinha, à espera que eu a ligasse… E assim se chegava ao meio-dia. Peixe fresco assado (pobre Susana que mesmo assim se fartou de trabalhar. Eu tentei ajudar nos assados mas definitivamente eu cá sou mais é teclados…) fresquinho do mercado ali em Vila Real e, por ordem de sua Alteza Tischa, sesta para toda a familia até às cinco da tarde. E eu que nunca fui de dormir de tarde, ali até ressonava e de prova disso devo ter ainda alguma nódoa negra das porradas que a Susana me mandava enquanto dizia: Não ressones.

Praia até cair a noite. Infelizmente não se tratava do melhor sitio para grandes fotos ao pô-do-sol. Demasiado a Sul e pouco a Oeste mas mesmo assim boas cores que por lá captei. As noites estavam guardadas para um geladinho na esplanada em Altura e uma voltinha ao carrossel. Claro que a Patricia adorou.

Um Sábado toca para Quarteira ter com uns amigos. A familia Ferreira e a familia Rodrigues (amigos de longa data) cujos respectivos filhos são nossos amigos de longa data (ele há coincidência não???) recebem-nos de braços abertos como sempre e de pés na areia debaixo do toldo. Um dia inteiro a banhos. Ao almoço ainda fiquei um pouco torto à conta do vinho caseiro e do licor de alfarrôba mas a coisa foi… O jantar foi de rastos. Sabem aqueles sitios que nem se parecem com um restaurante mais se parecendo com um café sobredotado de mesas tipicos de urbanizações modernas a.k.a dormitórios? Pois foi precisamente num desses sitios em Quarteira que se comeu um arroz de marisco descascado que estava de ir às lágrimas de tanto e tão bom que era.

Já que se fala (escreve) sobre comida, de notar também a breve passagem por Tavira onde mesmo por acaso fomos parar a uma pequena pizzaria (Mamma Mia se não me falha a memória) que ficou como ponto de referência pela qualidade da comida e pela simpatia dos empregados.
A estadia no Algarve acabou em Faro. Uma amiga nossa, colega de faculdade da Susana, fez o convite e lá fomos nós. Passeio e mais passeio fomos dar ao Zoomarine (de agradecer à Carla e aos seus bons contactos que nos arranjou convites em questão de minutos)… Era ver a Patricia à volta das focas e aos pulos no carrossel. Um dia bem passado em que a Susana comprovou o seu desagrado por divertimentos em altura desta feita na roda gigante do parque em que se aventurou com a filha… Eu fiquei cá pelo chão na vã tentativa de arranjar uma boa foto…

Já em casa (teve que ser pois a Patricia desenvolveu de um momento para o outro um fantastico volume de saudades pelo gato Browser aparentemente utrapassando em larga escala aquele que tinha por nós quando estava em casa dos avós) ainda deu para colocar algumas coisas em ordem, daquelas que são fundamentais para um salutar funcionamento familiar tais como, ver os últimos episódios da terceira série de 4400 e os episódios entretanto perdidos da segunda série de Prison Break. Ainda a finalizar, a overdose de papel que levantei no quiosque Sábado pela manhã com o Sol e o Expresso… Vai dar leitura para toda a semana. Pelo menos até ter dinheiro para comprar a Galactica que está para sair ainda este mês…
Assim se passaram mais umas férias (as primeiras em terras d’amendoeira em flor) de Verão. Não vim de lá com uma carrada de fotos como nas férias do ano passado pois não tivemos tantos passeios mas não é de desanimar. Em breve, mais experiências fotograficas virão.

Já não é novidade para ninguem que eu gosto muito de ver séries e faço alguns sacrificios para as ver. Destes, o mais recente é esperar até á meia-noite e meia para assistir diáriamente a L Word (ou como lhe chamaram em Portugal, A Letra L) na 2. L é de Lesbian e é de lésbicas que a série nos fala. Pelo menos é assim que é apresentada e isso só por si faz com que algumas pessoas não queiram ver a série e outras estejam doidas para tal mas pelas razões erradas (erradas ou não as mais correctas ou ainda não as mais justas).

L Word mostra-nos a realidade diária de um grupo de mulheres lésbicas que vive em Los Angeles e que como toda a gente, procuram viver felizes sabendo que, devido a amarem de uma forma diferente da culturalmente estabelecida, tal nem sempre é facil. É um drama no sentido televisivo da palavra mas é na verdade uma série que nos mostra de forma muito bem humorada, sensivel e sensual (não vejo maneira de mostrar a relação entre mulheres que não assim), a luta para a realização pessoal e profissional destas mulheres enfrentando todos os entraves externos e não só (uma das personagens, Jenny, insiste em casar com o namorado mas descobre que o feminino é uma atração talvez mais forte) que lhes vão aparecendo. E estas mulheres são tal e qual todas as outras (e outros também). Não estamos a falar das lésbicas dos tempos das nossas mães, o estereotipo de blusão de cabedal pós 25 de Abril e cigarro ao canto da boca… Além disso, há as que querem ter filhos, as que só dão valor à carreira, as que querem alguem diferente todas as noites sem nunca assumirem compromissos.

L Word

A vida corre bem para aqueles lados. Está bem… É muito luxo, muito glam… Apartamentos lindos e telemóveis topo de gama. Profissões de sonho e tudo o mais. Não se esqueçam: é Los Angeles. Se fosse em Nova Iorque a coisa seria diferente…

A série merece a plenitude da bola vermelha que ganhou ao canto do ecran. Entre beijos apaixonados ou uma lingua que passa aqui e ali, cabeças que desaparecem entre pernas ou outras posições, sons e expressões que nos deixam adivinhar orgasmos que só elas poderão saber como se sentem, também as falas lá estão todas e desta feita até a legendagem ajuda. Quando se diz fazer amor é fazer amor mas quando se diz outra coisa é mesmo outra coisa que se lê. É certo que por vezes quase nos leva a pensar “Será que elas não pensam noutra coisa senão ir para a cama com outras mulheres?” ou “Será que as gajas lésbicas vão todas para a cama no primeiro encontro?” mas dizem para ai as más linguas que toda a gente pensa no assunto muito mais do que aquilo que admite. Mesmo assim, que não fique a ideia de que a série é só isto. Por exemplo o tema “sexo entre amigas” é muito focado com enfase no amigas e não no sexo. Sabem aquela conversa do “Pode o melhor amigo de um homem ser uma mulher?” Imaginem o pano para mangas que pode dar quando falamos de lésbicas…

Começada a exibir nos Estados Unidos ainda em 2004, L Word já conta com três epocas completas e prepara-se a quarta. Vai introduzindo novos personagens e novos tramas e ao que parece sem perder o interesse. Já há obviamente vozes que se levantam contra a série mas por enquanto, tendo em conta o que já vi fico naquela de que, vozes de burro não chegam ao céu…

Já há quem não me possa ouvir com a conversa do Lost mas para compensar há sempre quem esteja pronto a discutir mais umas teorias e partilhar curiosidades (certo gigi man?). E é mesmo por isso que aqui volto à carga com mais dados sobre o assunto. Começando pela bonecada. A Macfarlane Toys vai produzir umas edições aparentemente bastante limitadas de Action Figures desta série. Os primeiros bonecos estarão no mercado americano já no próximo mês de Novembro e irão representar de forma hiper-realista as personagens Jack, Kate, Locke, Hurley e Charlie (a preview do boneco deste está na imagem abaixo).

Lost Action Figure Charlie

Cada imagem virá acompanhada de um background fotográfico para ilustrar / enquadrar a cena num dos momentos-chave do personagem. Não me admiro nada que estes bonecos rapidamente se tornem (à imagem da série), objectos de culto. Eu quero um.

Mas relativamente ao Lost a coisa hoje não fica por aqui. Let You Compass Guide You diz-vos alguma coisa??? Ao gigi man e à sua gigi quase de certeza que sim mas, e o resto do pessoal? Já tinha ouvido falar nisto? E a Hanso Foundation que foi atacada por hackers e a deixou de rastos? Deixou mesmo? Não será uma questão de paciência? E o que terá a Rachel Blake a ver com tudo isto? E a Broadband Stories? Quem diria que a aventura de um avião caido numa ilha deserta daria origem a tudo isto…

Fazem ideia do que seja isto?

Confesso que não estou a acompanhar Lost (Perdidos) na RTP. Pura e simplesmente não tenho assim tanta paciência para esperar uma semana pelo próximo episódio sem nunca ter a certeza da hora a que será transmitido e isto para falar no menor dos males. No entanto admito que talvez não fosse má ideia tentar. Só hoje fiquei a saber que também Portugal está a acompanhar a Lost Experience. Foram já transmitidos (acho que nos intervalos) pela RTP anuncios como o que está aqui em cima. Mais, a RTP tem no seu site banners publicitários à Hanso Foundation.

Hanso Foundation na RTP

Os dados estão lançados. Com esta experiência mais uma vez (lembrar Blair Witch Project) nos aproximamos da teoria do Multiverso com a criação desta realidade não alternativa mas paralela e deixando que se funda (através de detalhes como os anuncios que quase passam despercebidos) no nosso mundo fisico. E muito.

Mas afinal, o que é isto da Lost Experience? Tal como referi, trata-se de uma realidade paralela. Paralela à de Lost e aparentemente paralela à nossa. O ponto comum é a Hanso Foundation que em Lost é a patrocinadora da Dharma Initiative. e é precisamente o site da fundação que serve como porta de entrada neste “jogo”. No entanto, como vimos pelo anuncio, a Lost Experience não se limita à Internet. A primeira pista foi fornecida no anuncio televisivo e era um número de telefone. Aqui podem encontrar as várias opções a que se pode aceder nesse telefonema. Também já há relatos de anuncios de jornal com pistas e até o novissimo Mission Impossible III faz referência à Hanso Foundation nos agradecimentos especiais. É uma gigantesca operação e a nivel mundial. Devido ao facto de Lost estar a ser transmitido por todo o mundo e com timings diferentes, é essencial que os “jogadores” partilhem as informações entre si para que lhes consigam dar algum sentido.

Levado pela curiosidade de ter visto que também Portugal estava a entrar no jogo, resolvi dar uma olhada no que se fala de Lost cá na terra. Acho que não via nada assim desde os X-Files (e na altura não havia o acesso à Net que há hoje). Ele é blog’s, ele é forums, ele é entradas na Wikipédia

Lost tornou-se rapidamente uma série de culto. A complexidade da trama e de tudo o que gira à sua volta é tão grande e cresce a tal velocidade que prevejo para breve a tag “só para apreciadores” no que referir a esta série. Por mim tudo bem.

Lembram-se de eu ter aqui escrito em Janeiro sobre a série televisiva Sleeper Cell? Pois só a acabei de ver hoje e só vos vou falar mais dela lá para a semana que vem mas mesmo assim não queria deixar de dar o destaque merecido a um outro detalhe que na altura referi e até dei bastante (talvez não tanta quanto a devida) importância: A página web desta mesma série no site do canal por cabo que a produz. Na altura a Showtime brindava o visitante com a seguinte pérola:
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