No final do semestre passado (para quem não sabe, estou agora no ultimo ano do curso de Ciências da Comunicação) encontrei-me numa daquelas situações que certamente será comum a muitos estudantes: Não sabia nada da matéria. As razões que levaram a tal poderão ser tema de um futuro post mas hoje, a ideia é dizer-vos o que me ajudou a ultrapassar o problema.

A redescoberta do  Jazz.

Efectivamente, atribuo ao Jazz grande mérito porque sinto ter sido graças a ele que consegui passar noites seguidas em claro, frente a folhas de papel em branco, a resmas de fotocópias e a incontáveis livros que se espalharam pela sala lá de casa…

Entre luz ténue (será porventura influência de filmes antigos mas estudar com muita luz é coisa que, como diria o outro, não me assiste) e alguns copos de vinho tinto (confirmei que ter estes como companhia complementar representava maior sucesso do que chávenas de café), a redescoberta do Jazz foi sem dúvida, não só acompanhamento de luxo como musa inspiradora.

Foi uma redescoberta pois o meu gosto pelo Jazz não é de agora mas, o gosto que tenho agora é verdadeiramente novo. É aquele gostar que vai além do easy listening, do «não sei o que é mas gosto de ouvir». Um gosto que me levou a vasculhar as prateleiras da música na FNAC em busca de Dave Brubeck, Paul Desmond, Bill Evans, Stan Getz entre outros. Um gosto que me levou a querer ouvir Cool Jazz em certas ocasiões e Bebop noutras alturas. Um gosto que me levou a procurar o que dentro do Cool é West Coast e o que dentro deste é California Hard.

A prateleira do Jazz - Clica para veres uma versão maior

Lembrei-me agora de escrever sobre isto, ao recordar o meu amigo João Nogueira, que ao ver uma fotografia de uma das minhas prateleiras de livros comentou que ainda gostaria um dia de ver uma fotografia das minhas prateleiras de CD’s. Pois bem, fica a fotografia de uma delas e a promessa de mais escritos sobre o tema.

Porque qualquer miúda da idade dela comentaria a cor das novas Crocs com referências das coisas que gosta, enfim, que fazem parte do seu Universo.

Crocs Douradas

Ora, como a Patrícia já deixou bem claro, que no seu entendimento, não há um mas sim vários Universos, o seu comentário sobre as suas novas Crocs douradas não foi de estranhar:

Já viste pai? Que fixes. São da cor do C3PO.

Claro que são…

…como não podia deixar de ser, a quem me garantiu algumas horas de intensa e igualmente estranha televisão, ainda a preto e branco.

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Fuck me, Ray Bradbury por Rachel Bloom.

p.s. E pensar que ainda esta semana, numa aula de Cultura Norte-Americana Contemporânea da FCSH em que apresentei o meu trabalho sobre Star Trek, acabámos a falar coma Prof. Teresa Botelho sobre Ray Bradbury e o seu fantástico Fahrenheit 451… Quem diria…

Que a Patrícia não tem os gostos comuns à grande maioria das raparigas da idade dela, já os leitores do browserd.com sabem. De Star Trek a Star Wars (e os bons entendedores sabem o quão grande é a distância que separa estes dois), abrange nos seus gostos e pedidos as coisas mais estranhas que vos possam passar pela cabeça (uma vez mais, lembrando que escrevo sobre a Patrícia, uma rapariga que tem (agora) 8 anos).

Assim, e aproximando-se a data do seu oitavo aniversário (no passado dia 29), não estávamos de forma alguma a esperar que ela nos pedisse como prenda de anos uma boneca Barbie ou um estojo de maquilhagem (isso sim, seria verdadeiramente surpreendente) mas também não esperávamos pelo pedido deste ano: Walkie-Takies.

Sim, walkie-takies. E com uma nota: Não podiam ser walkie-talkies de brincar, tinham que ser verdadeiros.

Walkie Talkies a sério...

É sabido que várias teorias de educação dizem que não se devem fazer todas as vontades das crianças mas, convenhamos, com o pouco que a nossa pede, e tendo em conta tudo o que dá, uns walkie-talkies, daqueles a sério, não me parecem de todo uma prenda descabida.

p.s. Ainda não viu O Senhor dos Aneis mas oferecemos-lhe também o primeiro Harry Potter e é já no próximo feriado que temos sessão cinematográfica em família, e desta feita, nada de dobragens, vai ser com legendas e, assim a mãe se convença, com pipocas também…