Este tema já tinha surgido há uns anos atrás na conversa entre um grupo de amigos… Numa qualquer navegação pelas interwebs, em torno de um gosto comum, a fotografia, eis que alguém encontra Zack Arias e diz: “Pedro Rebelo (bem, disse @browserd para ser mais exacto) és tu.”.

Não era obviamente. Umas quantas gargalhadas, mais comentário menos comentário e a coisa esqueceu-se…

Ontem, em mais uma dessas deambulações de quem procura saber mais do que sabe, eis que me encontro novamente com Zack Arias e a primeira ideia que me veio à cabeça foi: “Se eu deixar crescer a barba Sons of Anarchy style será que me torno melhor fotografo?“.

Zack Arias
Original photo on Zack Arias web site. See link above.

Certo. É piada. Claro que é piada. Mas as parecenças são claras e é impossível não reparar. E sim, gostava de saber fotografar como o Zack Arias…

Perdi a conta ao numero de vezes que comecei este post. Perdi a conta aos temas e às formas de abordar os mesmos.

Perdi a conta de quantas horas estive em frente ao monitor a teclar furiosamente até perceber porquê. Até perceber porquê não acertava, porque não saia nada de jeito, porquê nada me soava bem. Porque não era sobre nada daquilo que eu queria escrever. Porque o que me apetecia realmente era gritar ao mundo o quão furioso estou, quanto estou angustiado, revoltado e, raios me partam e diabos me carreguem, frustrado.

We're just a small piece of it

Sim, sei qual é o problema. Não posso falar, não posso escrever e pior, também não há nada que possa fazer. Só esperar. Mas eu tenho um caso com a espera. Sério. Um grande e complicado caso com a espera.

Sou capaz de esperar anos a fio, uma vida se for caso disso. Mas pelas piores razões, com as piores das intenções. Já dizia ela entre voluptuosas curvas de luxúria, Eu não sou má. Só fui desenhada assim.

Esperar por esperar, esperar sem saber porquê? Como posso eu esperar assim?

Diacho, eu não durmo pois é tempo perdido. Quero viver tanto quanto puder, aproveitar cada minuto, cada segundo, apanhar cada gota de chuva, escapar a cada raio de sol e procurar cada sombra… Eu não quero esperar. Não este esperar.

Como diria o génio, tenho os lábios secos e arde-me a cabeça. O mundo gira que eu sei que gira. Gira o vosso e o meu gira ainda mais depressa. Ouço as máquinas ao fundo, receio que me queiram triturar.

Não passarão! – grito alto. Mas em surdina. Não posso gritar para que outros ouçam e não posso fazer mais nada. A não ser esperar.

E mais custam as horas como esta, as minhas horas, aquelas em que me encontro comigo, em que me devoro pedaço a pedaço só para saber o quão agridoce posso ser, pois é nelas que mais entendo que não suporto esta espera. Com esta espera azedo.

Anseio por fazer O Caminho. Ter tempo e saber o que me espera no fim.

 

Há quanto tempo não vos digo que me falta tempo? Sim, falta de tempo continua a ser um problema critico aqui por estes lados e não me parece que possa vir a ser ultrapassado tão cedo mas…

I blog therefore I am

É certo que com a licenciatura terminada, sem aulas, sem piscinas constantes entre a Baixa e a Avenida de Berna, tenho mais tempo mas dai a ter mais tempo livre vai uma distancia das grandes. Eu sei que há quem pense o contrário mas, tal como a maioria das pessoas eu trabalho, com um horário daqueles… Pronto, mais ou menos normal.

Ainda assim, entre tudo aquilo que me consome as 26 horas do dia, lá tenho arranjado algum tempo para manter aqui o blog activo. Uns dias mais sonolento, outros mais animado, mas entre coisas sérias e bons momentos, o browserd.com vai dando sinais de vida.

Gostar de Jazz

Como se tal não bastasse, há uns tempos atrás, e num momento de re-descoberta de um certo gosto musical, pensei se não seria boa ideia fazer um blog especifico sobre o tema. Nesse caso em particular, Jazz. Mas não queria fazer uma coisa onde só vos espetasse valentes doses de clássicos do jazz pois é por ai que mais me encontro. Há muito quem o faça e certamente com muito mais conhecimento e autoridade do que eu ,e mesmo querendo que o novo blog fosse algo pessoal, pensei-o mais como uma experiência partilhada. Assim surgiu o My Jazz Festival.

Passo a passo, post a post, amigo a amigo, o My Jazz Festival torna-se naquilo em que pensei: um espaço em que uma série de pessoas com um gosto comum, partilham músicas, opiniões, gostos e desgostos… E dá-se o caso que algumas destas pessoas nem sequer se conhecem (mas vão conhecer, prometo. Festejaremos o primeiro aniversário do site juntos?). Já lá vão 3 meses e 5 autores: Este vosso que vos escreve, o Jorge Oliveira, o Nuno Nunes, a Vanessa Quitério e o misterioso ZZAJ (não perguntem. Ele um dia diz). A todos, desde já, o meu muito obrigado. Malta, estou a gostar.

Escrita para aqui, escrita para ali, e entre casa e o trabalho, ainda que uma mão vá agarrada ao varão do Metro, a outra vai livre e como se costuma dizer, mão ociosas são o instrumento do demónio e como tal, havia que arranjar o que fazer naqueles 10 minutos que levava a viagem de Arroios à Baixa-Chiado. Estava ali mesmo debaixo do meu nariz (e acreditem que o nariz é efectivamente um elemento fundamental neste caso): O Vidrão da minha rua.

O Vidrão em Lisboa

Na minha rua há um Vidrão que insiste em servir de lixeira. Quer atenção coitado. Se assim não for, ninguém dá por ele. Resolvi então dar-lhe uma ajuda e criei no inicio desta semana Um Vidrão em Lisboa – o dia a dia de um Vidrão na Rua Francisco Sanches em Lisboa. Uma foto e breves considerações e já está. Post feito. E são são assim 3 blogs.

Se arranjava tema para mais algum? Uns quantos. Mas por enquanto não tenho tempo. Aliás, foi aquilo que vos disse ali em cima, no inicio deste post não foi?

 

37
photo by Tom Magliery

Mais 3 e são 40.

Dizia eu há Susana, alguns dias atrás, que estava desejoso de os fazer. Os 40… Não se é «trintão» aos 37. E não se é certamente «quarentão» antes dos 40. Sinto-me como quando tinha 15 anos… Não se é nada aos 15 anos que diacho… Bem, talvez se seja um pouco tonto mas dificilmente mais que isso.

Ainda assim, haverá melhor idade do que essa? Vive-se cada dia com uma paixão de outro mundo, cada palavra tem o peso de um tratado, cada musica é uma sinfonia e cada filme… Cada filme é um filme, que na altura sabemos, nos influenciará para sempre. Pois. Sinto-me como quando tinha 15 anos…