Este artigo que aqui escrevo surge como resposta aos comentários que um tal José Castro deixou no artigo O Barclays já não é o que era. Reclamação do serviço.
Optei por escrever um artigo ao invés de deixar só uma resposta nos comentários por uma simples razão: Que o mundo conheça o que há por ai.
Começa o José Castro por escrever:
“Caro colega, não acredito que com um texto destes trabalhe na Banca…”
Caro José Castro, relativamente ao facto de não acreditar que eu trabalho na Banca este é efectivamente um problema seu mas, tendo em consideração que aparentemente só agora aqui chegou e talvez não tenha tido tempo para ler tudo (não leu pois não?), vou mesmo assim dar-lhe uma informação mais completa sobre o assunto.
Sou efectivo do Millennium bcp vai para 11 anos. Actualmente trabalho na Direcção de Comunicação deste Banco mas a minha carreira no Millennium bcp já passou por funções que vão de comercial a consultor, técnico de gestão de informação e técnico de desenvolvimento até às minhas funções actuais.
Nestes 11 anos de trabalho ao serviço do Millennium bcp conheci realidades comerciais tão dispares como o BCP, a Nova Rede, o Banco 7, o Banco Português do Atlântico, o Banco Pinto e SottoMayor ou o Banco Mello. Conheci as realidades comerciais da Companhia de Seguros Seguro Directo, da Companhia de Seguros Bonança, da Companhia de Seguros Império, da Ocidental Companhia Portuguesa de Seguros, da Médis Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde e da Millenniumbcp Fortis Grupo Segurador.
Dificilmente encontrará o José Castro registos menos positivos se por mim perguntar em qualquer uma das entidades acima referidas e posso também garantir-lhe que constam do meu curriculum profissional várias promoções por mérito que, como aparentemente deve saber, nem sempre são fáceis na actividade bancária.
Pelo facto do Millennium bcp ter hoje uma operação multi-doméstica e por inerência de funções, conheço realidades comerciais internacionais como a dos Estados Unidos da América, da Polónia, da Roménia e da Grécia. A tudo correr bem terei ainda conhecimento de outras tantas como a Turquia, Angola ou Moçambique.
Ainda me acha longe da realidade bancária?
“…é subreal como existe pessoas que tão pouco tem para fazer.”
Terei pouco que fazer por me ter dedicado a denunciar a situação vergonhosa pela qual passei com o Barclays Bank? Ainda que nada tenha que ver com a minha vida pessoal, tenho perfeita noção de que desde o momento em que abro as portas da mesma estou na obrigação de manter a casa limpa e como tal só lhe digo que foram muitas as horas de sono perdidas. O meu trabalho (assim como a minha família) não ficou por satisfazer. Mais uma vez, já sabe onde estou, pergunte se tiver dúvidas.
Não comentarei o facto de ter escrito “este tipo de texto é de atrasados” relativamente às minhas palavras. Tendo em consideração o seu português, acredito que o meu atraso estará muito além da sua compreensão.
Quando refere os direitos e deveres que todos temos esqueceu-se de referir que, exerci o meu direito, reclamei, e cumpri o meu dever, informei quem de direito e eventuais incautos da situação que se passava.
“Outra questão não menos importante é colocar-se no trabalho dos outros, sem perceber nada do assunto…”
Parece sugerir (desculpe o parece mas mais uma vez o seu português deixa algumas margens para dúvidas) que não percebo nada do trabalho dos outros. Gostei da sua observação principalmente ao recordar o momento em que indiquei à então minha Gerente de Conta o que fazer relativamente à situação da fraude com o cartão de crédito e, mais importante ainda, como o fazer num sistema informático de uma instituição bancária em que ela trabalhava e não eu.
Afirma pensar que este tipo de comentários acabarão por ser benéficos para o Barclays Bank. Isto diz muito sobre o que o José Castro entende de Internet. Espero que nessa instituição multinacional onde trabalha não tenha competências sobre o tema mas caso as tenha, disponibilizo-me desde já para prestar alguma consultadoria aos seus empregadores (passando obviamente as obrigatórias questões contratuais).
O seu português baralha-me uma vez mais mas mais me baralha a sua falta de visão confesso. “…apenas vejo dois ou três comentários…”. Já tentou o Google? Isto só para não lhe sugerir ver todos os posts sobre o tema aqui no browserd.com. Ainda assim fica a dica: Novela Barclays Bank.
Sim, não quero deixar de ser Cliente do Barclays Bank. Sabe porquê? Tenho lá algumas responsabilidades partilhadas. Contente?
Diz ainda o José Castro a certa altura:
“Um assunto que me incomoda muito, sendo funcionário de uma instituição que não o Barclays, mas tambem ela uma multinacional, é o facto de se criticar as empresas por pretenderem lucros…”
Que me lembre não me referi ao Barclays Bank nesse sentido. Aliás, quem me conhece sabe bem que seria impensável eu fazer tal coisa. Lembro ainda hoje algo que alguém me disse um dia: O principal objectivo de uma empresa é ganhar dinheiro. Se pelo caminho fizer bem a alguém, melhor…
“Esta atitude é de quem pouco tem para fazer e se mete no trabalho dos outros, por que no seu não deve correr muito bem…”
Não o convido para beber um copo ali à Rua do Ouro pois além de irónico estaria a ser hipócrita mas tal como já referi anteriormente, o meu desempenho não é assunto tabu na casa e poderá facilmente comprovar o que digo. Deixo-lhe a ideia que, o tal trabalho que pensa não correr muito bem, é diariamente visto por largos milhares de pessoas e até à data não tive queixas. E já agora, o seu? Como é?
Para finalizar a minha resposta que já vai longa, umas notas.
- O Barclays Bank escreveu-me uma carta em que me pede desculpa pelo tipo de serviço prestado afirmando não ser esse o serviço habitual da instituição.
- O Barclays Bank responsabilizou-se e assumiu não só as despesas efectuadas ilicitamente com o meu numero de cartão de crédito mas também todas as despesas decorrentes da situação tais como os juros e a franquia do seguro.
- A história ainda não acabou e agora sim, porque sou teimoso e acredito que enquanto cidadão devo ser tratado com respeito e respeitosamente devem os serviços, públicos ou privados, atender aos meus direitos tal como eu atendo às minhas obrigações.
Quer falar?