E eis que, em principio (a ver vamos se isto não se torna num episódio digno de House) se descobre a razão da minha tosse e consequente cansaço. Sim, cansaço. 5 semanas a tossir cansa que se farta.

Batem leve, levemente
Como quem chama por mim.
Será chuva, será gente
gente não é certamente
e a chuva não bate assim.

Fui ver, era o Staphylococcus aureus versão Meticilina sensível que é como quem diz, um bicho chato de matar. Nada de muito grave mas chato.

Serão mais 15 dias a antibióticos (nada de penicilina porque aparentemente ou eu ou ele somos resistentes à dita) e depois logo se vê.

Antes de mais uma pequena explicação pela falta de updates nos últimos dias. Cansaço. Tenho tentado responder aos comentários sempre que tal seja indicado de forma a que saibam que estou por cá mas tenho estado cansado o quanto baste para não mais do que isso.

Para os que se (me) têm interrogado se isto terá algo que ver com o a situação referida no meu ultimo post fica a resposta: Sim. Já lá vão 4 semanas a tossir e como diz o médico lá do trabalho, até agora o que sei é que tenho uma grande resistência física. Bem, sei mais umas coisitas. Um TAC (tomografia axial computorizada) ao torax comprovou que não tenho nada nos pulmões o que era a maior preocupação ainda mais tendo em consideração que no meu boletim de vacinas não consta qualquer registo sobre a BCG. Agora espero pelos resultados de uma infindável série de análises ao sangue de forma a tentar identificar a origem de tudo isto. Best chance: Alérgica.

É claro que o corpo se fragilizou e mais ainda com a toma de antibióticos como tal, já era de prever o que aconteceu: Constipei-me. Como podem imaginar, a coisa não tem sido fácil. Pela primeira vez em muito, muito tempo, sigo a medicação à risca.

Mas adiante que de lamentações está a Internet cheia certo? O que realmente interessa é que eu esteja aqui a escrever e posso garantir que, apesar do trabalho não ter deixado muito tempo livre nos últimos dias (mais precisamente desde que regressei de férias), há muito para escrever. Do regresso de coisas boas como Heroes, Dexter, The Big Bang Theory ou Life, ao avançar de Fringe e até ao possível cancelamento de Terminator: The Sarah Connor Chronicles, só sobre séries há mil temas pendentes.

A Internet e em particular a chamada blogosfera também deram tema com a discussão do estatuto dos bloggers e as investidas da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Nem valerá a pena referir o Magalhães e tudo o que se escreveu à volta dele…

Como podem ver, temas não faltavam. Assim houvesse mais força. Enfim, uma nova semana começa (cof, cof – desculpem lá mas a tosse ainda não passou) e com ela virão mais linhas… A todos, obrigado por continuarem a passar por cá.

Com os recentes anúncios televisivos da Planeta DeAgostini a Galáctica voltou a ser noticia em Portugal. Battlestar Galactica já era muito falada mas por um grupo restrito de fans devotos (mais à frente veremos porque devotos é o termo certo) que acompanharam a série à medida que esta ia sendo exibida por esse mundo fora e, mais recentemente, através das edições em DVD á venda em Portugal e principalmente no estrangeiro.

Apesar de Battlestar Galactica ser uma série nova, para as pessoas da minha geração será quase impensável não referir a série original mais ainda porque a série actual transporta consigo muito do espírito que elevou a série original ao estatuto de série de culto.


Galáctica nasceu como uma estrela num firmamento que crescia na altura. Com o sucesso de Star Wars em 1977, a ficção cientifica estava a tornar-se mais popular saindo do nicho de “estranhos” a que até então pertencia. Surge Galáctica. Contando com um elenco de luxo como Lorne Greene como Comandante Adama (comandante da Galáctica e Presidente do Conselho), Richard Hatch como Apollo (filho de Adama, lider do Esquadrão Azul), Dirk Benedict como Starbuck (tenente no Esquadrão Azul, melhor amigo de Apollo), Herbert Jefferson Jr. como Boomer (também membro do Esquadrão Azul e o génio da electrónica), Terry Carter como Coronel Tigh (o segundo na cadeia de comando da nave) e Maren Jensen como Athena (filha de Adama e também piloto) entre muitos outros, Galactica garantia desde a génese ser um sucesso. O episódio piloto é o mais caro episódio de televisão feito até então. Foram duas horas de estrondoso sucesso alcançando ratings como poucas vezes tinham sido vistos.

Aquilo que estava inicialmente previsto para ser uma série de 3 tele-filmes rapidamente evoluiu para uma série televisiva mas que mesmo assim estreou nos cinemas do Canadá, do Japão e em muitos países da Europa. Só para o Canadá a Universal comprou 80 cópias do episódio piloto estreando Galáctica em mais salas de cinema do que “Tubarão” que tinha na altura cerca de 50 ou 60 cópias em distribuição. No Japão Galáctica ultrapassou “Brilhantina” nas salas de cinema.

O episódio piloto estreia na ABC a 17 de Setembro de 1978 e os espectadores tiveram acesso a algumas cenas extra que não constavam das versões para cinema. Seguiram-se 20 episódios no total de 24 horas que foram transmitidos durante os 8 meses seguintes.

Apesar de toda esta grandiosidade e de um orçamento de 1 milhão de dólares por episódio as audiências diminuiram logo durante a primeira temporada e a série acaba por ser cancelada em 29 de Abril de 1979 com o último episódio “A mão de Deus”. Ironia do destino, nesse mesmo ano Galáctica ganha o prémio da melhor série dramática. Sobre o tema, Dirk Benedict (Starbuck) escreveria mais tarde no seu livro “Confessions of a Kamikaze Cowboy”:

… fosse por que razão fosse. Battlestar Galáctica não foi capaz de acompanhar o seu lançamento como blockbuster. Os níveis de audiência baixaram e finalmente estagnaram num nível que teria sido suficiente para qualquer outra série televisiva se manter no ar. Mas não para um projecto que tinha escrito “Numero Um” na testa e que era como tal considerado por todos ainda meses antes do seu lançamento. Qualquer coisa que não o topo era próximo demais do fundo e logo não era suficientemente bom.

Também Glen Larson disse numa outra ocasião:

Penso que nós (com o cancelamento) demos um gigantesco passo atrás para a ficção cientifica. Nós tínhamos a rara oportunidade de verdadeiramente abrirmos a fronteira e falar sobre o que poderá acontecer lá fora no espaço. Não tem que ser tudo sobre robots e máquinas voadoras.

Esta primeira série fez desde o inicio fans fervorosos que não ficaram nada satisfeitos com a decisão da ABC. Tanta foi a pressão sobre a estação que em 1980 vai para o ar Galáctica 1980 mas esta só dura 10 episódios. Pouco empenho da estação e uma produção muito fraca terão sido os principais motivos. Ainda assim, o culto estava para ficar. A Galáctica estava destinada a não desaparecer.

Entre aqueles que mais defendiam o espírito da Galáctica estava Richard Hatch o actor que desempenhava na série o papel de Apollo filho do Comandante Adama. Para tentar convencer potenciais investidores e os estúdios de televisão norte-americanos, Richard Hatch produziu um filme que, com a ajuda dos principais intervenientes da série e com espectaculares efeitos especiais, veio criar mais uma lenda deste verdadeiro novo Universo. Ainda assim, a série não regressaria aos canais de televisão.

Mas qual seria o segredo de Galáctica para causar tão fortes paixões? O que estaria por detrás daqueles cenários, naves e robots que não deixava que se perdesse um episódio?

Saltos altos. O tema é polémico. Os saltos altos fazem parte do nosso imaginário (leia-se sonhos), da nossa herança cultural. Saltos altos sem saltosOs saltos altos são objecto de estudos sérios (e outros menos sérios) há muito tempo. Uns relacionados somente com a saude e outros focando outro dos motores da sociedade: o sexo. Alguns destes estudos juntam o útil ao agradável e focam ambos os temas (vejam o exemplo no artigo recentemente publicado na BBC Online referindo um estudo que chega à conclusão de que o uso de saltos altos pode melhorar a sua vida sexual).

Saltos altos e a libido

É claro que não é necessário nenhum estudo para sabermos que o uso de saltos causa efeitos sobre a libido da maior parte dos homens. E sabemos também que o efeito existe em muitas mulheres (referência subtil ao meu post sobre L Word). Só por isso, os saltos altos já devem ser considerados património da humanidade mas enfim, lá se desculpa ainda ninguém se ter lembrado de tal. Sempre vai valendo aos admiradores da verdadeira arte a Internet e os seus mil e um sites dos mais fantásticos fetiches…

Saltos altos sem… saltos?

Agora de repente, eis que de forma verdadeiramente macabra e monstruosa, querem acabar com os saltos altos. Sim, leram bem. Querem acabar com os saltos altos. Criaturas como a Victoria Beckham (que infelizmente servem de inspiração a muito boa jovem que por ai anda – e eu escrevi muito boa jovem e não jovem muito boa note-se) já pagam cerca de 3.000 euros para andarem em cima destas verdadeiras aberrações que são os sapatos de salto alto sem salto.

As opiniões que se encontram pela Internet vão na sua maioria no mesmo sentido: Não faz sentido. Alguém escrevia um destes dias:

Do I hear Briton Antonio Berardi laughing his ass off in the background? Yes, I do. Because he came up with impractical stupid shoes and attached an insanely overpriced price tag to them, and the next thing you know, there are A-List celebrities who paid him his money to wear the heels with no heels. Congrats to the winners.

E com toda a razão. Também eu no lugar do Berardi (criador das peças aqui apresentadas) estaria a rebolar no chão agarrado à barriga de tanto rir. Assim como o meu gerente de conta.

Estou preste a começar o movimento Salvem os Saltos Altos.


Pois que leve mais leve do que o MacBook Air parece não haver. nem mais fino. Tão fino que vai para o lixo misturado com os jornais velhos da semana… E não sou eu quem o escreve. ou melhor, sou, mas refiro-me ao que aconteceu a Steven Levy, editor sénior da Newsweek e responsável pela secção The Technologist dessa mesma revista.