Revistas em papel. Sim, eu ainda compro revistas em papel. Aliás, o conceito de revistas para mim anda em torno desse pequeno detalhe: serem revistas em papel.
Não quero com isto dizer que não seja leitor de outros formatos. Sim, mesmo de revistas noutros formatos. Mas prefiro as revistas em papel.
Quem me conhece sabe bem o quanto gosto deste meio. Ando sempre a ver que coisas novas aparecem por ai, nacionais e estrangeiras. Sou daqueles que chateia os amigos (sim Jorge Oliveira, é contigo mesmo) para os convencer a entrar no mundo das revistas em papel.
Podia falar-vos de uma série delas, que ao longo dos anos foram solidificando esta paixão, da saudosa Revista K até à muito actual OffScreen, passando pelas “bíblias” Wired ou SFX mas, não é disso que vos falo hoje. Hoje passei por aqui só mesmo para deixar a nota de que as revistas em papel trazem com elas hábitos, rituais, que com a continuidade passam a fazer parte de quem nós somos, de como nos identificamos.
Vem tudo isto a propósito do momento em que recebo uma mensagem da dona da Livraria Tema nos Restauradores, lembrando-me de que já há 3 meses que não passava por lá… E são tantos, tantos anos a passar por lá.
Tempos houve em que eram 5 ou 6 reservas por mês que lá esperavam por mim… Pois, tempos houve. Tempos mudam. Hoje há duas regulares mas, rara é a vez que por lá passo que não vem também algo de novo. E lá fui eu.
Trouxe para casa o que me estava reservado e ao sair, olho a montra e vejo a The Atlantic deste mês. Que vontade de voltar a entrar. Depois bateu um laivo de bom senso e pensei “Levo aqui as minhas revistas em papel. Desta vez a The Atlantic tem que ficar…”.
Cheguei a casa e fui procurar um numero antigo da The Atlantic que guardo com carinho. E desta vez pensei “Não há revistas como as revistas em papel.”.