No passado Sábado logo pela manhã, ainda mal refeitos da noitada de Halloween, saímos cedo para nos dirigirmos à Quinta Pedagógica dos Olivais. A Susana tinha feito a marcação durante a semana para que os 3 fossemos até lá para aprender a fazer “Bolinhos de Pão por Deus” que basicamente são broas de erva-doce.

Pão por Deus

A Quinta Pedagógica dos Olivais fica tal como o nome indica, nos Olivais e já existe à 11 anos algo que, na minha opinião é extraordinário tendo em conta que a entrada na mesma é gratuita.

Este projecto da Câmara Municipal de Lisboa tenta aproximar os cidadãos da realidade rural em particular e da natureza em geral.

Não só podemos encontrar espalhados pela quinta os mais diversos animais que associamos à vida campestre tais como cabras, ovelhas, vacas, cavalos, burros, porcos ou patos mas também encontramos uma verdadeira exploração agrícola em várias pequenas hortas que por lá há. Curioso é o facto de que os frutos dessas mesmas hortas estão à disposição dos visitantes, de forma gratuita, numa bancada própria para o efeito onde se deixa a nota que, caso o visitante tenha alguma semente ou planta que gostasse de ver por lá criada, basta que a leve e a equipa da quinta se encarregará do resto.

Para além desta vertente a Quinta Pedagógica dos Olivais proporciona ainda vários eventos todos os meses onde se ensinam as mais variadas coisas desde fazer pão a fazer espantalhos, identificar cogumelos etc…

Uma forma diferente de passar uma manhã em família, aprendendo e com diversão na dose certa.

Já agora, os bolos ficaram mesmo muito bons.

Ontem não houve tempo mas nunca é tarde para referir que 9 anos de casados são efectivamente uma vida. Bem, se somados a mais 10 de namoro é vida que nunca mais acaba. Ainda bem. Ontem fizemos votos de mais nove a serem renovados à data…

Tendo em conta a altura do ano em que tal data se comemora, altura essa em que a Patrícia se encontra a gozar férias dando cabo da cabeça aos avós, pudemos como sempre comemorar de forma especial. Fica a nota que, haja tempo, temos aqui o report de um restaurante que vale a pena conhecer.

É uma vida…

Sem mais. Homemade Sushi ou Sushi feito em casa. Parece-me uma boa forma de começar um artigo.

Principalmente quando não escrevo durante alguns dias, tenho sempre aquela vontade de voltar à escrita com algo agradável.

Tendo em conta que os temas ultimamente costumam girar em torno de reclamações logo, coisas más, pensei que seria uma boa ideia variar com um pouco de cor e sabor e como tal, convosco, Susana’s Sushi.

Homemade Sushi VIHomemade Sushi IVHomemade Sushi  III

Estava tudo muito bom. Na minha opinião (que não fiz o curso de Sushi ao contrário da Susana), o segredo da coisa está no Su ou seja, no vinagre usado para temperar o arroz do sushi (que por si já é um arroz japonês próprio para este prato). Bem, o Su não é o vinagre propriamente dito mas sim o composto de vinagre de arroz, sal, açúcar e uma pitada de aji-no-moto.

Homemade Sushi IHomemade Sushi V

Estes ingredientes na dose certa e uma mão jeitosa para o enrolanço e voilá, Sushi feito em casa para uma refeição 5 estrelas…


Parabéns Susana. Imagino que hoje não vás passar por aqui. Bons empregos que nos oferecem o dia do aniversário como prenda… E em casa não vais ter tempo.

Ainda assim, parabéns. Disse-te baixinho ontem ao deitar (que já passava bem da meia-noite) e disse-te baixinho hoje ao acordar. Vou dizer-te novamente pela hora de almoço e logo mais ao jantar. Mas aqui escrevo-o. Parabéns.

Há já mais de metade da tua vida (vivida até à data) que me ouves dizer parabéns neste dia. Vou mandar ao ar assim um numero absurdo: 150. Mais 150 anos e depois não digo mais. Aprendo a dizer em japonês e assim tú não te cansas de ouvir. Parece-te bem?

Parabéns.

Aniversário da Susana

O Peter Pan gosta mesmo é da Terra do Nunca. isso nós já sabemos. Mas de vez em quando o Peter Pan também gosta de passear e ora dá um pulinho a Londres ora vem até Lisboa. Quando por cá passa, sabemos agora, fica ali no Tivoli casa a que ele acha um certo encanto. E tem a sua razão. Há já muitos anos que não entrava no Tivoli mas penso que ainda recordava a sobriedade do espaço… Adiante que a conversa aqui é sobre o Peter Pan.

Peter Pan no Teatro Tivoli
A sala abriu portas já passava da hora marcada. Num espectáculo em que se sabe ser o público grandemente constituido por crianças, não é um bom começo. Já se notava (via e ouvia) a impaciência de alguns dos pequenos espectadores. Já nos lugares a coisa ainda tardou parecendo que se esperava por alguém, ou pior, que a sala ficasse mais composta. Eu estava já a preocupar-me pois as expectativas eram altas. E eis que começa o espectáculo. Depressa esqueci o atraso.


Numa banda sonora virada ao rock (mas que estranhamente funcionava muito bem) foram-nos apresentados os principais intervenientes da história: A familia Darling e a fiel cadela Nana, depois os Meninos Perdidos, Peter Pan, os piratas e o seu Capitão Gancho, os índios enfim, toda aquela gente fantástica que habita a Terra do Nunca. E diga-se, estava tudo muito bem. É certo que a história daria para uma daquelas super-produções à lá Broadway mas aqui consegue-se com um bom enquadramento de cenários e a música a ajudar, um grandioso espectáculo que agrada facilmente a miúdos e graúdos.

A história é bem conhecida (não havia na plateia que não referisse o termo “Bacalhau” à entrada do Capitão Gancho): Peter Pan proocura a sua sombra perdida uma noite em que escutava histórias de encantar à janela de Wendy. Após um breve encantamento leva consigo Wendy John e Michael para a Terra do Nunca onde o malvado Capitão Gancho o tentará envenenar assim como matar todos os Meninos Perdidos ficando com a Wendy para que esta fosse a mãe de todos os piratas. Aventuras e desventuras levam à quase morte da Fada Sininho e é ai que Peter põe toda a plateia em pé cantando “Acreditar, acreditar, acreditar em fadas” para que a Sininho brilhe novamente. É neste momento que, olhando para todas aquelas caras ali à volta, olhando para a cara da Patrícia às cavalitas da Susana, é neste momento que relembro como é bom acreditar em fadas… Elas existem sabiam?

Salva-se a fada, salva-se o Peter e os Meninos também. O Gancho vai parar ao mar e o crocodilo certamente que o comeu. Mas a outra terra, aquela onde há pais e mães espera ainda que os pequenos Darlings voltem. Está na hora de regressar e os Meninos Perdidos vão também. Peter pede-lhes com lágrimas nos olhos que eles nunca cresçam e que nunca esqueçam a Terra do Nunca… Quem quisesse ver a Patrícia a chorar… Mas tudo volta ao lugar. A magia não acaba e até o Barrica e o Rastilho fazem as pazes com o Peter… A miuda lá se convenceu.

Tal como nas histórias originais de J. M. Barrie também neste espectáculo de Peter Pan no Tivoli a Wendy Darling (fantástica Ana Sofia Gonçalves) parece ser a protagonista principal. Também aqui a Wendy é o personagem mais desenvolvido ainda que o Peter Pan se revele igualmente emocional. Mas acho que a voz da primeira bate a do segundo. Opiniões… Já que refiro as vozes, é ainda digna de menção especial (sim, que todos estiveram, volto a referi, muito bem) a magnifica prestação da jovem que interpretava Mr. Tootles. Todos cantaram e encantaram, alguns até voaram e a imagem ficará para sempre…

Peter Pan no Teatro Tivoli. Vale a pena.