… pois que venha o Diabo e escolha: Entre bandidos daqueles de máscara e tudo que roubam bancos, roubam números de cartões de crédito e loiras com decotes grandes que nos roubam a paciência acho que nos devemos ficar pelos primeiros pois pelo menos para esses temos seguro. A não ser que os tais cartões de crédito sejam do Barclays caso em que, o facto de termos seguro e o facto do seguro assumir o pagamento da despesa feita fraudulentamente (é para isso que serve o seguro), não conta para nada uma vez que o Barclays recebe o pagamento da seguradora e não o credita ao segurado.

O que o Barclays não percebe.

Já tentei explicar ao Barclays que, independentemente do que lhes apeteça fazer, a seguradora pagou o risco. Eles não percebem. Aliás, cheira-me que eles não percebem nada. Na passada semana enviei novo e-mail à Provedoria do Cliente Barclays solicitando informação sobre o processo de forma a que a pudesse anexar à queixa que apresentei ao Banco de Portugal. Indiquei de forma bem clara que lhes estava a solicitar informação para o Banco de Portugal. Responderam-vos a vocês? A mim não.

O Banco de Portugal? Para quê?

Por falar em Banco de Portugal, ao que parece a coisa não é muito melhor por lá. Já se passaram mais de 10 dias sobre a data em que apresentei uma reclamação ao Banco de Portugal. Responderam-vos a vocês? A mim o Banco de Portugal não responde. Efectivamente esta situação irá igualmente dar origem a nova reclamação.

A situação agora tende a ficar mais complicada. Fui contactado pelo Barclays para me informarem que a minha conta não tem provisão suficiente para a prestação de um crédito pessoal. A primeira coisa que perguntei a quem me telefonou foi se tinha algum alerta sobre a minha situação no seu sistema. Não tem. Aparentemente, o Barclays não tem qualquer tipo de alertas no seu sistema quando um Cliente reclama. Digam lá que isto não é moderno?

A senhora que me contactou (uma simpatia confesso) disse-me que dentro de aproximadamente 30 dias, se a minha conta continuar sem provisão, o Barclays terá que avisar o Banco de Portugal. De imediato perguntei pela possibilidade de informarem o Banco de Portugal logo naquele dia. A mim, garantidamente, dava-me jeito. Não era possível.

A coisa complica-se a sério.

Como trabalho para um banco vejo-me obrigado a relatar toda esta situação à minha hierarquia antes que a mesma seja avisada pelo Banco de Portugal. Não deve haver pior para um empregado num banco do que ter na ficha avisos deste género. Mas será possível que não se irá responsabilizar ninguém por esta vergonha?

No dia seguinte a este contacto, não resisti e contactei telefonicamente a provedoria do Barclays. A senhora que me atendeu não conseguiu contactar nenhuma das colegas que estão a acompanhar (acreditam nisto? Que está alguém a acompanhar este processo?) a minha reclamação. Informei-a de que aguardava informações, que o Barclays não estava a cumprir com os prazos que anuncia no site. A senhora ainda me tentou convencer de que um e-mail acusando a recepção da minha reclamação era um ponto de situação.

Só para que não houvesse confusões fiz questão de afirmar que não o aceitava como tal e que, para além de tudo o mais pedia algumas justificações formais. Nada a fazer. A senhora não me sabe dizer nada a não ser que o Barclays pediu (a quem???) algumas informações e ainda não as tem. Voltei a pedir que as pessoas responsáveis pelo processo me contactassem. Nada.

Hoje será dia para nova linha de acção. Logo vos darei novidades desta novela vergonhosa sobre a fraude com o Cartão de Crédito e o mau serviço bancário prestado pelo Barclays Bank Portugal.

35 thoughts on “O Barclays, o Banco de Portugal, a reclamação…

  1. Caro Pedro,

    Se for para a lista negra do Banco de Portugal isso vai ser um problema ainda maior para si.
    A DECO funciona mto lentamente esqueça-a para já.
    Encerre a conta, o que já devia ter feito há muito tempo mas antes ponha lá dinheiro para cobrir as dívidas antes que lhe ponham um processo de execução.
    De seguida contrate urgentemente um advogado….e se ainda não o fez escreva imediatamente no livro de reclamações (suponho que foi assim que fez a queixa para o BP?).
    Guarde religiosamente todos os documentos referentes ao assunto.

    Sugiro que divulguemos o problema do Pedro através de todos os meios possíveis. Já coloquei um post no meu Blog com o caso (http://gfhfhfg.blogspot.com/2008/07/banco-barclays.html).

  2. Sem dúvida que todos os vossos conselhos e sugestões são muito bem vindos por mim e aparentemente, a discussão que aqui se gerou pode, quer por si mesma ou pelas acções tomadas em consideração às propostas, estar já a dar resultados.

    Gk, não sendo naif sou bastante esperançoso. Não fosse eu português.

    Carlos Manta Oliveira, vou encontrar-me muito em breve com o meu advogado favorito. Penso que talvez não seja necessário recorrer aos seus préstimos. A ver vamos.

    Ana, talvez tenha sido a pensar nisso que não contactei a DECO mais cedo. Sabendo o quão bem funcionam as instituições por cá, penso sempre várias vezes antes de me entregar às mãos de uma delas…

    SS, só tu mesmo. Imagino-te já de mão na anca: “Pois daqui é que eu não saio…”. Talvez tenhas razão. Mais uma vez, é Portugal… O amigo da filha linda já não trabalha no Barclays (vá-se lá saber…)…

    Rui Moura, terei obrigatoriamente que recorrer aos tribunais se se verificarem prejuízos de maior monta (para além do tempo e juízo que tenho perdido) para mim. Ainda assim, aguardo respostas, justificações e desculpas…

    A.R.Ray, muito obrigado. Efectivamente, a visibilidade da situação na Internet (a sua exposição assim como a do António dias no Economia e Finanças e a da Caldeirada de Neutrões contribuem para tal) é, na minha opinião, peça fundamental não só na resolução destas situações mas também na chamada de atenção às instituições para que vejam que o Cliente tem hoje muitas formas de reivindicar os seus direitos e fazer ouvir a sua voz e que, tal como refere o António Dias no supracitado site:
    “… na era dos media sociais um cliente individual pode levantar a voz, ampliado por outros e ser ouvido por muitos.”.

    Já tenho algumas novidades que seguem no post seguinte.

  3. Tive agora a ler a tua aventura, do início até esta altura e… é simplesmente surreal. o_O

    É o pesadelo de qualquer um de nós que tenha cartoes de credito e os use na net de vez em quando.

    E infelizmente, como dizes, essa mudança que têm acontecido nos balcoes dos bancos, tem sido geral.

    Eu nunca tive probelmas com os meus bancos, desde que tivesse lá alguém “conhecido”. Sempre que essas pessoas de confiança sairam e entraram os tais estagiários – começaram os problemas.

    Por isso, hoje em dia, mais do que o “Banco”, o que interessa é mesmo ter alguém de confiança que saibamos que trata dos nossos assuntos com um mínimo de atenção e cuidado.

    Eu que o diga, que já “fui atrás” de um gestor de conta quando ele mudou para outra instituição.

    Mais do que fidelidade aos bancos, devíamos era dar valor às pessoas que lá trabalham.
    Quem tem valor, ficava com a sua carteira de clientes recheada, quem não tem… azarito.

    (Aquela de teres passado por ela, a fumar à porta, e depois ainda ficares na seca… uii… nem sei como reagiria.)

    E depois tu é que tens problemas de atitude… ahahha
    (Se fosse a mim, nessa altura começava a procurar câmaras escondidas, porque pensaria que era para os apanhados!)

  4. Talvez o mais ridículo disto tudo seja continuares a ter publicidade do Barclays no adwords. Não podes dizer mal e depois manter aquilo ali. Digo eu, não sei.

  5. Carlos Martins, não é nada que não tivesse já pensado, mas ao contrário. Levar uma câmara oculta para a Agência de Alvalade e filmar um bom par de horas…

    Miguel, não posso o quê? Como talvez saibas, os anúncios do adsense são contextuais e como tal, a não ser que eu recuse os anúncios do Barclays, arrisco-me a que eles ali apareçam. Não me parece boa politica (em sentido algum) fazê-lo.
    No entanto, não sei se já reparaste que, não existe publicidade no interior de nenhum dos artigos sobre o assunto. Há uma razão para isso: ninguém me acusará de estar a tentar ganhar dinheiro com a situação.

  6. Dentro do artigo não, mas dentro do blog sim? Não me convence. Não que seja preciso fazê-lo, cada um sabe de si. Mas atirar pedras (com direito ou não) com uma mão e estender a outra para receber esmola parece-me… errado.

    Há-de haver muitas opiniões sobre isso, a minha é apenas mais uma :)

  7. Caro Miguel, volto a referi que a publicidade é contextual. Não me parece correcto que, devido à incompetência declarada ou incapacidade de uma determinada entidade resolver um problema, tenha eu agora que alterar regras pelas quais sempre me guiei sendo que uma delas é, não filtrar a publicidade aqui do site.

    Neste momento, estou a comentar esta página e em nenhum dos dois blocos de Adsense existe qualquer referência ao Barclays.

    Ainda sobre o tema, aproveito para esclarecer que, felizmente, os ganhos do Adsense aqui no site ultrapassavam o que entendo por “esmola” bem antes desta polémica se iniciar.

    Aquilo que me parece uma tentativa de desmoralização invocando pretensos ganhos à custa da situação, informo-o desde já que, não pega. Pelo menos comigo.

    Aproveito para lhe dizer, e a todos quantos possam ler estes comentários que, esse tipo de afirmações vindo de quem não se identifica com um e-mail real, perdem um pouco a credibilidade. É a minha opinião, há-de haver muitas opiniões sobre isso.

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