Há coisas no mundo dos brinquedos que nos levam (a nós, graúdos) a desejar ser criança outra vez. E por vezes, só por vezes, alguns de nós mandamos às favas o preconceito e o dinheiro e sem mais, compramos o brinquedo que nos deixou os olhos a brilhar.

Não, não fiz nenhuma loucura. Pelo menos ainda não. Mas, tendo em conta que a Patrícia se tem portado tão bem, e considerando o particular gosto que ela mostra por estes temas do fantasmagórico, não vos parece que esta seria uma boa prenda de Natal?

A Casa Assombrada da Lego

A Casa Assombrada da Lego
A Casa Assombrada da Lego
A Casa Assombrada da Lego
A Casa Assombrada da Lego
A Casa Assombrada da Lego
A Casa Assombrada da Lego
A Casa Assombrada da Lego
A Casa Assombrada da Lego

Serão 2.064 peças de Lego, 40 cm de altura divididos por rés-do-chão, primeiro andar e sótão, tudo recheado dos mais macabros detalhes.

Esta caixa traz também 6 personagens do universo do terror: 2 fantasmas, um Frankenstein, um vampiro e a respectiva noiva e ainda um cozinheiro Zombie.

Os detalhes horripilantes da Lego

O detalhe é incrível. Desde as janelas a cair aos tijolos partidos, dos quadros tortos às teias de aranha, garantidamente montar uma Casa Assombrada como estas proporcionará horas, muitas horas de diversão.

A Casa Assombrada da Lego estará à venda a partir de Setembro na Loja Online da Lego. É certo que por cerca de 180 euros não é um brinquedo barato mas, convenhamos, é um daqueles que fará sucesso não só no quarto das crianças como em qualquer estante de livros ou filmes de terror…

Plagio que não o é

Uma destas noites aparece na minha timeline do Facebook, um post do Pedro R. G. Ventura que afirmava o seguinte:

Ok! Descobri um novo sinónimo para plágio: “Lágrimas na Chuva – Rosa Montero”. Pior!!! Ainda há quem tenha esta opinião sobre o livro:
“Foi bastante surpreendente. Nunca tinha lido nada da autora e gostei bastante, o mundo que criou, as hipóteses de cenário futuras, e talvez de um futuro muito próximo… (…) O livro é uma mistura bastante concisa entre ficção-cinetífica e policial, ou seja, um policial no futuro, o que o torna uma inovação no que temos à disposição no mercado.”

UMA INOVAÇÃO????? Valha-me a santa! E depois os autores nacionais é que tal e coisa… Isto é estrangeiro, pá… É bom e… ORIGINAL… Ahahahahahahahaha!

Afinal o que é o plágio?

Conhecendo a obra em questão, estranhei o post. Rosa Montero criou uma obra original num universo literário já existente. Chamar a isso plágio é no mínimo estranho. Chamar de plágio e nem tão pouco dizer quem ou o quê foi alvo de tal acção, dificulta certamente a interpretação da intenção do post.

Estranhei também a referência a uma critica (cujo autor não é identificado) escrita de forma irónica e nitidamente pessoal. O post assumia um cunho que não parecia adequar-se às pretensas aproximações literárias do seu autor.

Enquanto pensava num comentário reparei que em questão de minutos, este post tinha já uma série de comentários que o apoiavam mas, nitidamente, demonstrando também, desconhecimento da obra em causa. O primeiro dos quais, era bem explicito. Escrevia uma tal de Andreia Torres (cujo perfil já desapareceu do Facebook):

É um plágio chapado do Blade Runner!!! Tears in rain!!! Um

Bem, seria essa a critica do autor do post? Seria Blade Runner a obra visada? Nada disto parecia ter qualquer sentido. As duas obras são tão diferentes… Entretanto, novo comentário:

É o mal dos blogues hoje em dia, não lêem os livros que originam os plágios, só os plagiados! Já parece a Sandra Carvalho! Imensa gente nunca leu Marillier e diz “ah não li não posso comparar”, o primeiro não deixa de ser plágio…

A coisa piorava. Alguém que nitidamente não tinha lido a obra, criticava aqueles que falavam das obras sem as ler… Nessa altura, com mais alguns comentários pelo meio, é a minha vez de comentar:

A sério??? Vocês estão a ter esta conversa? E ninguém leu o livro??? Ninguém reparou que se trata de uma historia passada no “universo” de Blade Runner? Bruna Husky (a personagem principal) é uma detective tecno-humana dos Estados Unidos da Terra, é uma replicante… Deusas… Mas a sério que vocês dizem assim tanta coisa sem ler? Mais, ainda criticam quem fala sem ler???

Estava já ao rubro a discussão. A autora da critica que o post citava (sem a identificar) estava já metida ao barulho e também não entrava de palavras mansas. Lá teria a sua razão. Alguém pergunta se se discutia ali fan fiction… Deusas. Fan Fiction? Não. Trata-se de uma nova obra num universo já imaginado… Tem coisas comuns. Não são a mesma coisa.

E o debate continuava… Já diziam que a senhora tinha que referir Philip K. Dick, que se era uma homenagem tinha que o dizer, que a obra falava de questões da identidade tal como a de Philip K. Dick. A cada comentário, menos sentido mostrava. Volto a intervir:

Diacho mas que raio não se percebe? É original sim senhor… A obra passa-se em determinado universo criado por outro autor mas não deixa de ser uma obra original… E não é uma versão diferente de Blade Runner…

Mas vocês leram o Philip K. Dick? E viram o Blade Runner? E então? Vão dizer-me que Blade Runner não é uma obra original? É, ainda que utilizando uma série de personagens de Do Androids Dream… é uma obra bastante diferente daquela em que se baseia… A homenagem da autora é essencialmente ao filme e não ao livro… Lembrem-se que Lágrimas na chuva não existem no livro…

Continuo a bater na mesma tecla: A sério?

E ainda:

… não está em causa se é uma homenagem ou não… Eu discuto e suporto a teoria que O Nome da Rosa do Umberto Eco foi escrito propositadamente, tendo como leitor visado Jorge Luis Borges… Mas Eco nunca o afirma… O que aqui está em causa, pelo menos por mim, é a quantidade de pessoas que apressadamente deram força a um post que fez uma critica completamente sem sentido e infundada, criticando inclusive quem faz reviews sem ler mas que, aparentemente, também não leram…

Escreve então o autor do post:

a questão nem é essa. Obviamente podemos dizer que há uma infinidade de livros utilizando personagens DADES… Então, lá está – a temática nunca poderá ser original – podendo ser bom ou mau. E o livro tenta uma colagem que não é explicada.

“A temática nunca poderá ser original…”? Porque se passa num universo que algum autor já referiu anteriormente? Atenção escritores da nossa praça, que não se escreva uma mais palavra sobre este nosso Portugal. Imagino tudo quanto é herdeiro dos nossos mui nobres cronistas dos tempos idos, a requerer direitos de autor

Mais escrita menos escrita e eis que chega a palco uma vez mais, a enigmática Andreia Torres:

Também se fosse tudo igual escusava de o escrever, já estava escrito!!!! Quando a tal Husky cita o “tears in rain” – a quem teve de pedir autorização?? Ao Richard Adams??? Isto é um apelo ao público-alvo que recorda o filme!! È isso marketing!!! “Vou escrever sci-fi, como posso safar-me?” Hum

Merecia que eu continuasse a escrever? Talvez não como me disseram alguns nessa noite mas, nestas coisas da web… Respondo-lhe eu:

Andreia, se calhar sim, pediu autorização. Sabes se o fez? Tens ideia de quantos livros, séries de tv e filmes citam explicitamente Douglas Adams? “…the life the universe and everything…”? Ficando na ficção, da light… E Monty Python? E deixam de ser obras originais? E se for apelar a quem viu o filme? Que mal faz? O que há de errado nisso? Quando Tarantino chamou Pulp Fiction ao seu filme nitidamente apelou a imaginário dos leitores da mesma . E então? Deixou de ser original? E falando em Tarantino, sabes o que significa BMF? Serão menos originais as obras que referem BMF depois de Jules?

Chegam então os gritos e coisas que tais… Respostas que seriam boas, nem por isso. Andreia contra-ataca:

Mas que raio!! Porque trouxeram (Pedro Rebelo) PKD à conversa – que confusão?!?! Isto é Ridley Scott!!! O livro é um encosto ao BR! Mas alguém disse que era ao Do Androids?!!?!? O LIVRO NÂO È ORIGINAL PORQUE É UMA COLAGEM AO BR (homenagens fazem-se aos mortos!!)! A AUTORA FOI ESPERTA!

Uma nova entrada surge então. Escreve a Patrícia Nascimento com a sua razão:

Quem tiver escrito uma obra 100% original que ponha o dedo no ar. Ai, só os autores da Bíblia? E nem esses? Não estou a ver qual é o problema… se a fan fiction for interessante e os donos dos direitos não se importarem, por mim força. Eu cá não descarto o esforço de ninguém. A única coisa que acho mal é que a autora não parece ter reconhecido que a acção se passa num mundo que não foi criado por ela. Mas se reconheceu não estou a ver o problema. Enfim, mas com isto tudo também não li o livro. :P

Ainda há esperança. Ora aqui está alguém que parece saber como se fazem os livros… Tento ficar-me por ali, dar uma ultima dica, citar quem é reconhecido pelo tema:

Cheira-me que há por aqui muita gente a falar sobre livros e sem ter a menor noção de intertextualidade… “[…] todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de outro texto” Julia Kristeva… Isto explica tanta coisa ó Deusas… Atentai meus caros colegas da FCSH, atentai nas minhas palavra…

E chegamos então ao culminar da história. Aquele momento inteligente, ponderado e adulto… Ah, não, esse chega só depois do ultimo comentário da Andreia Torres:

Ui da FCSH… Atentai!!! Tu tens-te assim tipo em elevada consideração… Tipo: Im the best! “Deusas”… Eu dou-te as deusas!!! Sabes o que é ESOCDPDF? – “Eu sei o código desta página de Facebook” e tu aborreces-me…

FCSH, um alvo a abater!

Ó Pedro R. G. Ventura, tu és da Católica não és? A personagem Andreia também? Mas porque raio há tanta gente com problemas com a FCSH? Vejam, aquilo é uma boa casa. Não é fácil de lá entrar é certo, nem sempre é fácil de por lá ficar também é certo mas os alunos de Ciências da Comunicação por exemplo, aprendem o que é a intertextualidade. Não é bom?

Depois disto, o post foi eliminado. 8 (sim, leram bem) páginas A4 de comentários, uns contra, uns a favor, uns que sim e uns que não. 8 páginas de comentários, apagadas. E a dita personagem (já repararam que o uso do termo não é inocente mas enfim, eu também não e este é o meu espaço) Andreia Torres ainda escreve:

Plágio que não o é 2

Como gerir uma presença no Facebook? Ou melhor, como gerir uma presença?

Saber estar no Facebook é um bom titulo para este post. Mas isto não é sobre o Facebook como já repararam. Isto é sobre estar. (ponto). É sobre a falta de consciência do poder dos novos media. É sobre o desconhecimento de uma regra básica que é: Uma vez online, para sempre online.

Eu não diria mais nada. A conversa estava terminada e a minha opinião final sobre o sucedido apresentada na timeline do Pedro R. G. Ventura. Ficaria por aqui não tivesse o meu post sobre o tema sido denunciado e logo, apagado.

Como costumo dizer, já são uns anos disto e nestes temas das internets, gosto de me reger por princípios, que mais não seja, porque estes ficam para as gerações vindouras.

O que se passou, não será esquecido. Porque eu não quero e, até provas em contrário, no que eu quero e não quero, mando eu. Neste espaço, também.

 

O tema não é novo assim como a infografia abaixo também não é de hoje no entanto, um como o outro continuam na ordem do dia e cada vez mais relevantes quer para empregados quer para empregadores.

Regras para as redes sociais

A existência de politicas e regras para a presença nas redes sociais enquanto trabalhador por conta de outrem é, ao contrário do que muitos pensam (que é uma questão de controlo, de censura), uma segurança e uma mais valia para ambas as partes.

Conheço casos em que marcas desperdiçam uma gigantesca força de ajuda quando não clarificam junto dos seus colaboradores qual a posição que estes devem ou podem assumir quando confrontados com referências aos seus produtos ou serviços.

Todos os empregados podem ajudar nas redes sociais

Informar claramente os empregados que, por exemplo, quando confrontados num blog ou num forum com alguém que levanta uma questão sobre determinado produto da marca, deverão (poderão) encaminhar esse mesmo alguém para determinada página ou numero de telefone, pode fazer toda a diferença.

Mesmo nos casos em que o empregado está a apontar para uma solução que possa parecer óbvia à primeira vista (há neste tema várias abordagens que permitem afunilar o processo e encaminhar mais directamente a situação), a empresa ganha sempre, pela demonstração de confiança e vontade de ajudar que dá o seu colaborador.

Confesso que me custa a entender o porquê de tamanha relutância que as empresas (e grandes empresas, mesmo com presenças estabelecidas e fortes nas redes sociais) apresentam a este tema.

Social Media no local de trabalho

Gráfico original em Taking Advantage of Social Media in the Workplace [Infographic].

No final do semestre passado (para quem não sabe, estou agora no ultimo ano do curso de Ciências da Comunicação) encontrei-me numa daquelas situações que certamente será comum a muitos estudantes: Não sabia nada da matéria. As razões que levaram a tal poderão ser tema de um futuro post mas hoje, a ideia é dizer-vos o que me ajudou a ultrapassar o problema.

A redescoberta do  Jazz.

Efectivamente, atribuo ao Jazz grande mérito porque sinto ter sido graças a ele que consegui passar noites seguidas em claro, frente a folhas de papel em branco, a resmas de fotocópias e a incontáveis livros que se espalharam pela sala lá de casa…

Entre luz ténue (será porventura influência de filmes antigos mas estudar com muita luz é coisa que, como diria o outro, não me assiste) e alguns copos de vinho tinto (confirmei que ter estes como companhia complementar representava maior sucesso do que chávenas de café), a redescoberta do Jazz foi sem dúvida, não só acompanhamento de luxo como musa inspiradora.

Foi uma redescoberta pois o meu gosto pelo Jazz não é de agora mas, o gosto que tenho agora é verdadeiramente novo. É aquele gostar que vai além do easy listening, do «não sei o que é mas gosto de ouvir». Um gosto que me levou a vasculhar as prateleiras da música na FNAC em busca de Dave Brubeck, Paul Desmond, Bill Evans, Stan Getz entre outros. Um gosto que me levou a querer ouvir Cool Jazz em certas ocasiões e Bebop noutras alturas. Um gosto que me levou a procurar o que dentro do Cool é West Coast e o que dentro deste é California Hard.

A prateleira do Jazz - Clica para veres uma versão maior

Lembrei-me agora de escrever sobre isto, ao recordar o meu amigo João Nogueira, que ao ver uma fotografia de uma das minhas prateleiras de livros comentou que ainda gostaria um dia de ver uma fotografia das minhas prateleiras de CD’s. Pois bem, fica a fotografia de uma delas e a promessa de mais escritos sobre o tema.

Porque qualquer miúda da idade dela comentaria a cor das novas Crocs com referências das coisas que gosta, enfim, que fazem parte do seu Universo.

Crocs Douradas

Ora, como a Patrícia já deixou bem claro, que no seu entendimento, não há um mas sim vários Universos, o seu comentário sobre as suas novas Crocs douradas não foi de estranhar:

Já viste pai? Que fixes. São da cor do C3PO.

Claro que são…