Um jantar a dois é uma boa prenda para o dia dos namorados. Um jantar a dois com massagem é capaz de ser melhor ainda. Marcar o jantar para 6 meses depois é que talvez seja mais complicado. Foi o que se passou com a nossa mais recente experiência mas mesmo assim, valeu a pena.

No passado mês de Fevereiro, para comemorar o dia dos namorados, a nossa prenda foi um voucher do site Odisseias para um jantar com massagem no Restaurante Étnico ali à Lapa. No mesmo dia a Susana contactou o serviço de forma a marcar o jantar e, surpresa das surpresas, próxima vaga: Julho.

Julho chegou e lá fomos nós. Chegámos bem mais cedo do que o previsto (por volta das 20 horas quando o jantar estava marcado para as 21) e ainda deu para dar uma volta por ali. Mas não há muito que ver se não estivermos com uma câmara fotográfica em mãos e como tal, lá seguimos para o restaurante.

Porta aberta a uma esquina, dá acesso a uma pequena sala de entrada que funciona como recepção (lá estava a placa informativa de que o multibanco estava fora de serviço) e loja de roupas, calçado e outros acessórios “étnicos”… Tudo muito made in India, ainda por lá vimos uns corpetes bastante engraçados…

O tempo passava e, além da música ambiente e de umas vozes que se ouviam ao fundo, nada mais se ouvia por ali. Nem ninguém se via.

Eis que aparece um jovem a quem nos apresentamos e nos pede que aguardemos na sala ao lado. Uma mistura de estilos árabe, indiano e oriental decorava a sala com cadeirões, almofadas e puffs… Ninguém… Ainda pensámos que nos iriam oferecer algo de beber, para refrescar. Oportunidade de negócio perdida.

21 horas. “Façam o favor de me acompanhar” diz o jovem de à pouco enquanto atravessamos a sala para uma área mais escura… Uma cortina cobre a entrada em arco. “A sala é toda vossa.”.

Pronta para um jantar a dois. Pronta até para uma noite a dois não fosse o Étnico um restaurante. A mistura de estilos continuava o espírito da sala anterior mas aqui mais intimista. A iluminação vinha das velas (como se espera num jantar romântico), muitas, e ainda havia algum toque das luzes de rua que até ficava ali muito bem.

A musica dava o mote para a noite. Estava muito bem escolhida ainda que ao fim da noite já não houvesse muita paciência para a voz que nos dava as boas vindas ao aeroporto de Buenos Aires…

Na mesa junto ao chão destacava-se o gigantesco copo balão onde brilhava avermelhada (não é esta a cor da paixão) uma sangria de champanhe e frutos vermelhos com muito, muito gelo que a noite estava quente. Uma salada de pimentos vermelhos levemente assados e muito envinagrados como se quer era acompanhada de um cesto de pães d’alho quentes. Aqui não há cadeiras. Há almofadas…

Vem primeiro a massagem. Diz quem sabe (a Susana já é batida nestas coisas das massagens pró) que não é o mesmo que uma fisioterapeuta daquelas que toca aqui, toca ali e o corpo parece novo. Ainda assim, dá para relaxar, para pensar no nada durante 20 minutos… E pensar no nada é tão bom.

Os pratos já estavam escolhidos e a escolha também não era difícil: Ou Bacalhau Místico (a nadar em natas e, penso eu, molho bechamel) ou uns crepes de massa folhada recheados de frango, com canela e mel por cima. Venham os dois. Estes últimos a seguir com muita atenção.

Servidos os pratos a sala volta a seus donos ou seja, nós. Comer quase que deitados, entre copos de sangria que por vezes pingam tais as posições, dá azo a conversas diferentes, a tons diferentes. Dá azo a risos e brincadeiras sem medo de cair da cadeira. O tempo passa devagar.

Falta a sobremesa e é claro que se trata de bolo de chocolate. Bem, poderia tratar-se de muitas outras coisas mas o bolo de chocolate fica aqui muito bem (e a sangria continua gelada).

A noite já vai longa. Calçar os sapatos, casaco ao ombro que ainda dá direito a dois dedos de conversa com os donos(?), o tal jovem que nos recebeu e a moça que nos serviu. Publicidade? Não há. Os Clientes são de boca-a-boca. Nem querem muita gente não vá o espaço perder o encanto.

São vidas…

Na sala principal já estão agora 3 ou 4 casais. Lembra as salas dos 70’s que só conhecemos dos filmes. Quantos estarão a viajar pensamos nós… Acompanham-nos até à porta. A noite continua quente, como se quer para uma noite de jantar do dia dos namorados.

Não é pela comida, não é pela massagem. É pela experiência. Valeu bem. Há mais?

Pois que assim é. A história da fraude com o cartão de crédito e do mau serviço que o Barclays Bank está a prestar para resolver a mesma, continua e como é óbvio, a cada dia que passa o desagrado aumenta.

Já não há paciência. A Provedoria do Cliente do Barclays Bank enviou-me um e-mail no dia 27 de Junho, 4 dias depois da minha reclamação para essa mesma entidade, onde se lia:

Exmo. Senhor,
Reportamo-nos ao assunto que V. Exa. fez o favor de expor através de e-mail enviado em 23-06-2008, ao qual dedicámos, desde logo, a nossa melhor atenção.
Relativamente à situação exposta informamos que iniciámos, de imediato, diligências no sentido de analisar e esclarecer o assunto com a maior brevidade.
Ficando, desde já, à inteira disposição de V. Exa. para prestar qualquer informação que considere necessária, através do n.º de telefone XXX XXX XX, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,

Ora, está bem claro para que serviu este e-mail: Para que a Provedoria do Cliente do Barclays Bank pudesse afirmar ter cumprido o nível de serviço que anuncia no seu site (5 dias) com a benesse de passar para o lado do Cliente a obrigação do contacto que, sendo telefónico não deixaria qualquer registo de uma posição oficial do Barclays Bank sobre a situação.

Prova do que escrevo acima é que, estamos já a dia 09 (12 dias depois) e não voltei a ser contactado pela Provedoria. Disponibilizaram-se para “… prestar qualquer informação que considere necessária.” mas efectivamente, não necessito de qualquer outra informação. As questões a responder foram bem claras. Aguardo resposta.

No passado dia 02 de Julho foi escrito aqui no site como comentário ao artigo O Barclays já não é o que era. Reclamação do serviço, pelo sr. Pedro Barros que se identificou como colaborador do Departamento de Relações Internacionais do Barclays Bank PLC:

Exmo Sr. Rebelo,
Fui informado do seu website por um dos membros da nossa equipa e queria desde ja pedir as nossas desculpas por todo o seu incomodo. Nao e’ constituem de forma alguma procedimento normal os acontecimentos relatados.
Queria informa-lo que a sua situacao esta a ser revista no nosso departamento de relacoes internacionais do Barclays Bank PLC e em breve o iremos contactar directamente.
Mais uma vez em nome do Barclays peco desculpa pelo incomodo causado. Esperamos poder dar uma resposta celere a esta infeliz e particular sequencia de maus entendidos e desta forma continuar a conta-lo como nosso bom cliente.

Agradeci o contacto e fiquei a aguardar. Uma vez mais, nada. Nem carta, nem telefonema, nem mensagem… Ups. Mensagem.

No dia 07 de Julho pelas 10 da manhã, recebi no telemóvel uma mensagem com origem em Inglaterra e onde se lia o seguinte:

Your complaint PT-XXXXXXXX-BCLYS has been escalated to premier customer support. A support officer will contact you shortly. Thank you for your patience.

Uma vez mais, fiquei contente. Desta é que era. O Barclays Premier Customer Support. A nata da nata, o melhor dos serviços. Já lá vão mais dois dias. E nada.

E quando digo nada, é nada mesmo. Ainda não me foi creditado o dinheiro que me foi retirado da conta, ainda não recebi o meu novo cartão de crédito, ainda não vi nenhuma das minhas questões esclarecidas e, cereja no topo do bolo, segundo o Barclays Net, a minha gestora de conta continua a ser a mesma.

Sinceramente, agora já chega. Admito que tenho estado a ser paciente de mais (novamente a tal história de ser “o meu banco”) mas a paciência tem limites.

A queixa seguirá agora para o Banco de Portugal.

Alguém tem mais ideias fantásticas sobre o que fazer para chamar a atenção destes senhores?

Novo desenvolvimento no caso Barclays Bank e a situação da fraude com o cartão de crédito. As verdades são para serem ditas assim existam.

Recebi durante a manhã uma mensagem no meu telemóvel informando que a minha reclamação (sim, já foi entendida como reclamação) passou para o Premier Customer Support e que serei contactado em breve. Ainda tiveram a delicadeza de agradecer a minha paciência.

Muito bem. Tal como tenho referido nos artigos sobre o assunto, desejo manter-me como Cliente do Barclays Bank uma vez que há já muito que tenho este como sendo “o meu banco”.

Acredito que o Barclays Bank enquanto instituição internacional mantenha os padrões de qualidade e serviço a que me habituou durante anos mas ainda assim, preciso de ter a certeza de que por cá, os standards nesse sentido são os mesmo que lá por fora..

Actualmente, a relação de um Cliente com o “seu banco” é algo que ultrapassa em muito o simples papel do banco como o depositário do ordenado.

O “seu banco” é em ultima análise um bastião da confiança, de segurança, aquele com quem se pode contar e onde o Cliente espera encontrar (mesmo não esquecendo que o banco está lá para ganhar dinheiro) alguém que o apoie nos seus projectos de vida.

A ver vamos qual será a relação com o “meu banco” depois de tudo isto.

Sobre a situação do mau serviço prestado pelo Barclays na questão da fraude com o cartão de crédito há agora mais novidades. Infelizmente as noticias não chegam do Barclays Bank como deviam.

Vim a saber por portas e travessas que, a seguradora com que o Barclays Bank trabalha enviou no passado dia 26 de Junho para o Barclays Bank e ao cuidado de determinada pessoa, um cheque no valor das despesas feitas de forma fraudulenta com o meu cartão de crédito (excluindo a franquia do seguro).

Ainda que à data, a pessoa ao cuidado de quem foi enviado o cheque estivesse a trabalhar, ao que parece encontra-se agora de férias. Aparentemente, o tal cheque deve estar sobre uma qualquer secretária esperando pacientemente que a tal pessoa volte. E espero também eu pois se por um qualquer azar durante as férias a tal criatura arranja melhor emprego, corre o cheque o risco de por lá ficar a ganhar teias de aranha.

Uma vez mais o meu desagrado deve-se essencialmente ao facto de continuar sem ter qualquer informação oficial do Barclays Bank.

Acho vergonhoso que, uma situação apresentada como reclamação à agência e posteriormente como reclamação da agência à Provedoria do Cliente do Barclays Bank, continue ao fim de todo este tempo sem receber uma posição oficial do Barclays Bank exceptuando um e-mail “chapa 5” da Provedoria (numa tentativa absurda de manter níveis de serviço) e um comentário num dos meus artigos que me informa sobre a atenção que o Departamento de Relações Internacionais do Barclays Bank PLC irá dar ao tema mas que ao fim de 5 dias ainda não originou qualquer outra reação da instituição em causa.

O que é que será que o Barclays Bank ainda não entendeu em toda esta situação? De que estarão eles à espera?

O conteúdo deste artigo será enviado por e-mail para a Provedoria do Cliente do Barclays Bank assim como para o Sr. Pedro Barros do Departamento de Relações Internacionais do Barclays.

Se o Barclays Bank usasse o e.Life teria de certeza entrado em contacto comigo há mais tempo. Os meus posts sobre o mau serviço do Barclays Bank na questão da fraude com o Cartão de Crédito seriam mais do que suficientes para um alerta a requerer acção imediata. Passo a explicar.

Há já muito tempo que conheço empresas que se preocupam com a monitorização do ciber-espaço. Mantendo equipas dedicadas (por vezes equipas de 1), estas empresas preocupam-se em vasculhar a Internet em busca do que sobre elas se escreve. Já havia quem o fizesse nas bbs’s, depois no Gopher, nos newsgroups, nos sites e mais recentemente, nos blogs, redes sociais e afins.

Esta monitorização não é meramente de observação. Algumas dessas empresas optaram pela politica de responderem e participarem activa e declaradamente aos artigos, comentários e queixas em que são os principais visados. É uma questão de comunicação, frontalidade e transparência.

Mas dai a Big Brother…

No entanto, o facto de uma empresa andar a “cheirar” a Internet não é só por si nada de extraordinário. O X faz isso, o Y também e o Z, o A, o… No entanto quando se contrata uma empresa para que faça isso por nós a coisa já é mais séria. E quando essa empresa se compromete a descobrir tudo o que sobre nós se diz (escreve),ler, analisar, elaborar relatórios, métricas e aconselhar vias de acção então ai podemos dizer: Bem vindo ao Big Brother dos Blogs.

É a isso que se propõe a Seara (empresa responsável pelo serviço em Portugal) através do e.Life.

Nascido no Brasil em 2004 para monitorizar o que se escrevia on-line sobre uma campanha publicitária para a Visa Brasil esta monitorização foi a primeira do género naquele mercado. Logo no ano seguinte a e.Life monitorizava canais alternativos e emergentes como a blogsfera e as comunidades de social networking como o Orkut e o Hi5 para o Banco Bradesco.

A apresentação no Pestana Palace

Jairson Vitorino apresentou na passada Segunda-feira a forma de funcionamento de e.Life para uma plateia interessada. E Jairson percebe de comunicação, sabe o que faz. Tudo o que nos mostra é simples e muito, muito útil para qualquer marca no mercado.

A aplicação do e.Life na Gestão de Crise é a primeira coisa que nos é mostrada. Se alguém fala mal da sua marca ou produto num blog ou numa comunidade virtual pode causar danos muito sérios. Através do e.Life a empresa pode ser imediatamente avisada da necessidade de acção e assim, entrar em contacto directo com o autor da informação original ou até, preparar toda uma campanha de imagem.

Mas os usos do e.Life não ficam por ai. Da mesma forma pode ser aplicado a estudos de Consumer Insights, permitindo agrupar gostos, interesses e opiniões de forma a tomar decisões comerciais de futuro. Imaginem por exemplo, e uma vez que estamos na época dos festivais de Verão, uma determinada marca que promove um desses festivais. Meses antes monitoriza a blogosfera cruzando os termos que identificam a sua marca com as palavras musica, grupo, banda, etc… Esta marca pode obter facilmente uma relação do tipo de bandas musicais que os seus Clientes mais apreciam e assim tentar contratar essas mesmas bandas para o seu festival. Resultado, a identificação do consumidor com a marca aumenta pois a marca X é quem lhe permite ver as bandas que gosta…

E como funciona?

O e.Life percorre a web em busca de palavras-chave pré-definidas e agrega os resultados mas para além disso utiliza uma série de métricas que permitem classificar e hierarquizar esses mesmos resultados tais como o numero de incoming links do blog onde o post foi encontrado, o numero de comentários que esse post gerou, o tamanho da rede social do autor entre outros…

A análise não é só feita pela aplicação mas também por analistas humanos de forma a que possam avaliar o conteúdo dos posts e classificar os mesmos como positivos, negativos ou a requerer acção imediata.

A empresa (ou particular) Cliente tem acesso através de um interface web aos resultados diários sintetizados desta pesquisa e análise. Para além disso são enviados relatórios regulares com todo o detalhe da monitorização.

Parecendo que não, facilita.