Sobre a situação do mau serviço prestado pelo Barclays na questão da fraude com o cartão de crédito há agora mais novidades. Infelizmente as noticias não chegam do Barclays Bank como deviam.

Vim a saber por portas e travessas que, a seguradora com que o Barclays Bank trabalha enviou no passado dia 26 de Junho para o Barclays Bank e ao cuidado de determinada pessoa, um cheque no valor das despesas feitas de forma fraudulenta com o meu cartão de crédito (excluindo a franquia do seguro).

Ainda que à data, a pessoa ao cuidado de quem foi enviado o cheque estivesse a trabalhar, ao que parece encontra-se agora de férias. Aparentemente, o tal cheque deve estar sobre uma qualquer secretária esperando pacientemente que a tal pessoa volte. E espero também eu pois se por um qualquer azar durante as férias a tal criatura arranja melhor emprego, corre o cheque o risco de por lá ficar a ganhar teias de aranha.

Uma vez mais o meu desagrado deve-se essencialmente ao facto de continuar sem ter qualquer informação oficial do Barclays Bank.

Acho vergonhoso que, uma situação apresentada como reclamação à agência e posteriormente como reclamação da agência à Provedoria do Cliente do Barclays Bank, continue ao fim de todo este tempo sem receber uma posição oficial do Barclays Bank exceptuando um e-mail “chapa 5” da Provedoria (numa tentativa absurda de manter níveis de serviço) e um comentário num dos meus artigos que me informa sobre a atenção que o Departamento de Relações Internacionais do Barclays Bank PLC irá dar ao tema mas que ao fim de 5 dias ainda não originou qualquer outra reação da instituição em causa.

O que é que será que o Barclays Bank ainda não entendeu em toda esta situação? De que estarão eles à espera?

O conteúdo deste artigo será enviado por e-mail para a Provedoria do Cliente do Barclays Bank assim como para o Sr. Pedro Barros do Departamento de Relações Internacionais do Barclays.

No seguimento do post anterior sobre a fraude com o Cartão de Crédito do Barclays Bank, aqui fica o resto da aventura (até ao momento). Resumindo, o Barclays Bank aparentemente, já não é o que era.

Fui e voltei e tudo na mesma.

Ausentei-me dos pais durante uma semana e ao voltar verifico que não tinha qualquer contacto do Barclays Bank. Novamente acedo ao serviço de Homebanking e verifico que já não tenho qualquer informação sobre o meu Cartão de Crédito nem sobre os movimentos nele efectuados. Resolvo enviar uma mensagem à Gestora de Conta pedindo que me informasse sobre o estado do processo. No dia seguinte, não tendo qualquer resposta resolvo enviar nova mensagem e desta feita admito, num tom possivelmente mais exaltado.

No final desse dia M telefona-me questionando-me sobre as razões do meu exaltado contacto. Mais uma vez lhe referi que queria alguma informação sobre o processo pois, não só a situação por si era desagradável mas, tal como já lhe tinha referido,tenho alguns compromissos para os quais utilizo a minha conta do Barclays Bank.

A resposta que me foi dada? Que a melhor solução era alterar o pagamento do cartão de 100% para 10% e assim, quando fosse data do pagamento do cartão o meu prejuízo não seria tão grande.

Parece mentira não é? Mas é verdade. Esta foi a solução proposta. Por razões óbvias, acedi. No entanto insisti para que me informasse sobre o estado do processo. A M não tinha nada para me dizer. O departamento de cartões estaria a analisar a situação. “E sobre o seguro?” pergunto eu. Já devia estar activado não? Pois que não. A seguradora tem que analisar a situação.

A celeridade da comunicação global não chegou ao Barclays de Alvalade.

No passado dia 11 de Junho, enviei nova mensagem a M pedindo que me informasse sobre o estado do processo. Até ao dia 18 de Junho mantive-me sem qualquer resposta.

Na manhã de dia 18 de Junho entrei novamente em contacto telefónico com o serviço de apoio às agências. Tinha acabado de ter conhecimento de uma carta que o Barclays Bank me enviou (para a minha morada anterior) solicitando que entregasse o meu Cartão de Crédito na agência uma vez que o uso que eu lhe estava a dar era contrário às normas contratuais e que, como tal, o Barclays Bank o tinha anulado. Inacreditável.

Tentaram passar a chamada a M mas esta estava ausente para almoço. Fui atendido por outra Gestora de Conta (MD) o que me garantiu que, assim que a M regressasse, iria solicitar que me
contactasse com algum esclarecimento sobre a situação.

Naquela agência aparentemente, ninguém se fala.

Às 16 horas, sem qualquer contacto, voltei a ligar. Informaram-me que a M tinha a extensão ocupada. Pedi que me passassem a alguém na agência que me pudesse dar as informações pretendidas. Passaram a chamada novamente para a MD que me diz que a M está com uma cliente a tratar de um processo de crédito mas que lhe dará nota do meu contacto assim que a Cliente se retirar. Insisto no pedido de contacto ainda nesse dia, informando de imediato que, esperaria 10, 15 ou até 30 minutos mas que após este tempo entraria novamente em contacto com a agência e se a M não estivesse disponível para me atender, então quereria falar com alguém responsável.

Meia hora mais tarde a M telefona-me e diz que não percebe a “atitude” que estou a ter para com ela. A M diz-me que já fez o que lhe competia que era encaminhar a situação para o departamento de cartões. Explico-lhe que não. Que enquanto minha “Gerente de Conta”, sem de maneira alguma lhe querer ensinar o ofício, deveria fazer mais do que simplesmente encaminhar a situação.

Digo-lhe que não entendo como se passa tanto tempo e o único contacto que tive do banco foi após os dois e-mails em dias consecutivos a solicitar esse mesmo contacto. A minha atitude? É simples de entender não?

Pedi no dia em que anulei o cartão que me fosse emitido novo cartão de crédito. Passou-se quase um mês e o que recebo é uma carta informando-me que o uso que dei ao meu cartão viola as normas contratuais e que como tal, o banco me anula o dito? E já agora, informaram o Banco de Portugal de que me anularam o cartão? Porque o usei indevidamente? Diz-me a M que é uma carta automática de sistema… E eu tenho um problema de atitude.

O tempo passa e a incompetência do Barclays cresce.

No dia 23 de Junho cerca das 09h45, entro em contacto com o serviço de apoio às agências. Explico uma vez mais a situação e a colaboradora tenta novamente entrar em contacto com a agência de Alvalade em particular com a M. Não consegue. Tenta todas as outras linhas da agência. Não consegue. Pede-me que aguarde um contacto pois vai enviar um pedido à Gerente de Conta com conhecimento ao Director do Balcão para que eu seja contactado antes da hora de almoço.

Ás 11h30m desse mesmo dia entro novamente em contacto e solicito ser atendido pelo director do balcão. A informação que me dão é que o Director não atende o telefone. Peço para ser atendido por alguém do balcão independentemente de quem seja. Uma vez mais ninguém me atende. Deixo o meu local de trabalho e novamente chamo um táxi para me levar à agência Barclays Bank de Alvalade.

À chegada, está um único Cliente na agência e nenhum dos colaboradores se encontra ao telefone. Não entendo porque ninguém me telefona tendo em consideração os vários pedidos de contacto urgente.

Dirijo-me a uma das secretárias onde se encontra a Sra. Dona CB. Apresento-me assim como ao motivo da minha presença na agência. Diz de imediato não estar a par da situação, que regressou hoje de férias. Mais uma vez explico toda a situação e volto a afirmar que não espero ter a situação resolvida de imediato mas sim, tal como desde o inicio deste “drama”, que me seja dada alguma informação.

Mas onde é que as vão buscar?

A CB também não sabe bem o que fazer. Começa por tentar contactar o departamento de Cartões. Ninguém a atende. Ninguém a irá atender nesse departamento durante a hora que se segue.

Continua a referir que nada sabe da situação, que a colega M não deixou o processo com ninguém. Interrogo-me para onde terá ido a M sem deixar o processo a quem quer que seja.

Questiono então sobre o seguro associado ao cartão de crédito. O que cobre, quais os valores, prazos e franquias. A CB também não sabe (não será obrigada a saber tudo sobre seguros como é óbvio) mas rapidamente encontra as condições gerais do produto. Infelizmente estas não são claras. Em lado algum refere o uso fraudulento ou indevido do cartão.

Levanto então a questão do processo de sinistro. Sou eu a informar que tenho conhecimento (e não foi através do Barclays Bank) de que já existe um processo de sinistro e que está parado por falta de informação já solicitada ao Barclays Bank. A CB tenta contactar o departamento de seguros e ao fim de alguma espera alguém a atende. Informam-na que o processo está parado porque falta a confirmação do pedido de cancelamento do cartão. Mas isto foi o que eu acabei de lhe dizer. Quem é que tem que fornecer este comprovativo? Não serei eu certamente. Ficámos por aqui…

Voltámos aos valores e às condições gerais do seguro. É-me garantido pela CB que a cobertura
accionada é a de Protecção ao Crédito e que irá cobrir despesas até ao valor de 3.750 euros.

Tenho que sair daqui. Voltar à realidade.

A estadia na agência de Alvalade já ia longa. Pedi à CB, em jeito de finalização, que me disse-se qual o prazo máximo para resolução desta situação. Nas várias vezes que questionei a M sobre um ponto de situação esta sempre se escudou atrás dos prazos legais que os colegas do departamento de cartões lhe referiam: Um mês. Pois um mês já passou. Serão 30 dias úteis? Não sei mas faço questão de saber. A CB também não me sabe responder. Diz-me somente que tem uma situação de uma cliente com um cartão Electron na Republica Dominicana que está há mais de 6 meses esperando que a situação se resolva.

Voltei a questionar sobre o meu novo cartão de crédito, o que pedi que me fosse emitido logo quando solicitei a anulação do anterior. Perguntei porque não o recebi. Não me sabiam responder. Questionei sobre o facto de que, se ele estiver pedido certamente constará da minha ficha de Cliente. Não constava. A CB também não me soube dizer porquê.

E então o que espero?

Sai da agência e resolvi reclamar por escrito para a Provedoria do Cliente do Barclays Bank. O que lhes pedi?

Pedi que me forneçam dados concretos sobre esta situação. Que me digam quais os valores pelos quais o Barclays Bank se vai responsabilizar. Que me digam quando vou ter a situação esclarecida. Que me digam quando vou ter o meu novo cartão de crédito e que não fico com nenhum registo negativo por ter tido um cartão cancelado. Que me justifiquem os termos da carta que recebi sobre a anulação do cartão. Quero que me digam quando posso voltar a ter o meu cartão com débito a 100%.

Tal como solicitei no meu primeiro contacto presencial com a M, pedi que me confortem no sentido de que, enquanto Cliente do Barclays Bank, o meu banco vai tratar da situação.

Referi-lhes ainda que talvez seja pedir muito que o atendimento e serviço no Barclays Bank volte aos tempos em que o novo gestor de conta ligava aos seus Clientes para se apresentar e disponibilizar, mas mesmo assim não deixei de lhes pedir que me fosse atribuido um novo Gestor de Conta.

Nessa mesma tarde de 23 de Junho, a CB telefonou-me tal como me disse que faria e informou-me que a documentação que faltava à Seguradora já tinha sido enviada e que em principio em semana, semana e meia tudo estaria resolvido. Mais não disse.

Na passada Sexta-feira dia 27, recebi um e-mail da Provedoria do Cliente do Barclays Bank informando-me que tinham iniciado “diligências no sentido de analisar e esclarecer o assunto com a maior brevidade.” e disponibilizando-se para prestar qualquer informação que considere necessária telefonicamente.

No meu entender, esta resposta mais não foi do que tentar cumprir um nível de serviço anunciado e ao mesmo tempo passar a responsabilidade de um contacto para o Cliente. Infelizmente para o Barclays, o Português ainda é uma língua com regras e a informação que o Barclays Bank disponibiliza no seu site é bem clara:

As reclamações no Barclays são analisadas com base numa Política instituída especificamente para o efeito, por forma a garantir total uniformidade e justeza no tratamento de situações desta natureza, nomeadamente:

* Analisar todas as situações com total rigor.

* No prazo de 5 dias úteis, comunicar a resposta ou efectuar um ponto de situação sobre a sua reclamação, nos casos em que não seja possível garantir resposta dentro daquele prazo.

O contacto em 5 dias úteis não comunicou a resposta nem tão pouco efectuou qualquer ponto de situação.

* Mantê-lo(a) informado sobre a evolução do assunto até à resolução da reclamação, através de cartas e contactos telefónicos.

Nem cartas, nem telefonemas.

* Sempre que a reclamação apresentada ao Gestor não seja resolvida em 10 dias úteis será reencaminhada para a Provedoria do Cliente que assegurará a resposta final.

Já lá vai mais de um mês.

* A resposta poderá ser efectuada por carta, contacto telefónico ou reunião.

Continuo à espera.

Ao contrário do que algumas pessoas me sugeriram, o meu mais recurrente pensamento não foi o de terminar a minha relação com o Barclays Bank. Não sou titular de uma mas sim de três contas distintas nesta instituição. Tenho lá aplicações financeiras e até o meu crédito habitação. E acima de tudo, o Barclays Bank tem sido desde há muito tempo, o meu banco. A ver vamos o que vai mudar nesta situação…

Lembram-se do que escrevi ontem? Fui vitima de uma fraude com o Cartão de Crédito Visa do Barclays Bank. Bem, não sei se a figura correcta será fraude. Mas também ainda ninguém do Barclays Bank me disse em que tipologia se enquadra a situação que lhes relatei e como tal, até indicações em contrário direi que se tratou de uma fraude.

A situação da fraude.

Em finais do passado mês de Maio detectei que foram feitos vários débitos na minha conta à ordem do Barclays Bank referentes a pagamentos percentuais do saldo em divida por movimentos feitos com o meu Cartão de Crédito Visa. Como não tinha efectuado nenhum dos movimentos descritos no serviço de homebanking, resolvi de imediato reportar a situação ao Barclays Bank e aqui vai a descrição.

O Barclays já não é o que era.

Na manhã do dia 21 de Maio, contacto a agência Barclays Bank de Alvalade através do numero de telefone que consta no serviço de homebanking como sendo o contacto da minha Gestora de Conta. Ao contrário do que me tinha acontecido até então (sempre tinha contactado directamente com o meu gestor de conta) fui atendido por um serviço de apoio às agências. O Call-center chegou ao Barclays Bank. Mas eu não liguei para o serviço telefónico do Barclays Bank. Liguei para a agência. Para o meu gestor de conta… As coisas mudam…

Expliquei a situação e fui de imediato informado que teria obrigatoriamente que falar com a minha Gestora de Conta. Só ela me poderia anular o Cartão de Crédito. “Vamos passar a chamada” disseram… Alguns minutos depois, a voz volta à linha. Infelizmente a Gestora de Conta não atende. Refiro a urgência da situação (alguém poderia estar nesse momento a fazer uma festa com o meu numero de Cartão de Crédito) e sou informado de que será enviada uma mensagem urgente à minha Gestora de Conta de forma a que esta me contacte o mais breve possível.

Prometem contacto mas não contactam.

30 minutos mais tarde volto a ligar. Ninguém me telefonou. Quero falar com alguém, não interessa quem, da agência de Alvalade. Novamente, ninguém atende. Dizem-me que, possivelmente, todos os colegas estarão com Clientes. De notar, sou Cliente da agência de Alvalade há muito, muito tempo. Nunca a vi cheia… Nem perto… Vão enviar nova mensagem.

30 minutos depois, cansado de esperar (tinha um avião para apanhar às 17 horas desse mesmo dia e ainda muita coisa para fazer), apanho um taxi para me dirigir à agência do Barclays Bank de Alvalade. Estou já a subir a Avenida da Igreja quando toca o telefone. O cumprimento foi de tal forma informal que demorei a perceber com quem falava. Era a M, do Barclays Bank… (não refiro o nome da Gestora de Conta mas este foi indicado na reclamação que seguiu para a Provedoria do Cliente). Digo-lhe que já estou a chegar à agência e que falaremos então. 3, 4 minutos. Não mais do que isso. Cheguei.

A boa educação deveria ser requisito para atender Clientes.

Ao chegar à porta da agência de Alvalade passo por duas jovens que se encontram à porta a fumar. O bom-dia que desejei não recebeu eco… Ò cultura corporativa… Entrei e perguntei ao caixa pela Sra. Dona M. “Aguarde um pouco que ela já vem.” foi-me dito enquanto me indicavam a cadeira frente à secretária que ostentava o nome da minha Gestora de Conta. Aguardei e continuei a aguardar.

Talvez incomodada com a situação, outra funcionária do Barclays Bank que estava na secretária ao lado diz ao colega da caixa para ir lá fora, chamar a M, dizer-lhe que está um Cliente à espera. O caixa foi. Falou com as jovens que estavam lá fora a fumar e voltou para dentro dizendo-me para aguardar mais um pouco. Comercial o quanto baste não vos parece? Alguns minutos (cigarros???) mais tarde lá vem a M. Boa tarde – diz estendendo-me a mão – E o senhor é?

Após esta introdução surreal, eis que a minha Gestora de Conta lança a sua primeira pérola: Se calhar deviamos anular o cartão. Se calhar sim mas, e depois? Depois o quê – questiona M nitidamente sem saber o que fazer. Questiono-a sobre quais os passos a seguir, o que fazer, o que se irá passar. Deveria ser a minha Gestora de Conta a informar-me de imediato e não eu a pedir que o faça…

Gestor de Conta é inicio de carreira ou função de estagiário?

Tive que ser eu a referir a M a questão dos seguros associados aos cartões de crédito e ao uso fraudulento dos mesmos, enquanto observava a M a telefonar para vários serviços distintos para que alguém lhe explicasse o que fazer. Lembrem-se, M é Gestora de Conta certo? Tive finalmente que ser eu, enquanto olhava para o monitor do computador de M que lhe indiquei na Intranet do Barclays Bank quais os formulários relativos a sinistros. Gestora de Conta. Não é certamente uma estagiária acabada de chegar não?

Senti-me levado a dizer a M que, enquanto Cliente do Barclays Bank, não queria sair daquela agência sem algum conforto. Queria sair dali com a ideia de que o Barclays Bank, enquanto “o meu banco”, iria fazer os possíveis para resolver a situação. Infelizmente não trouxe de lá nenhuma destas ideias. Sai de lá com um conselho:

Não ponha dinheiro na conta até ter a questão resolvida ou os meus colegas dos cartões vão lá e tiram-lho todo.

Ao chegar ao meu local de trabalho a primeira coisa que disse foi que, uma única pessoa conseguiu em 15 minutos deitar por terra a imagem que eu tinha de largos anos sobre o Barclays Bank.

Parti para Londres nessa tarde.

O relato segue já de seguida.

Vitima de fraude com cartão de crédito? Eu? Sim. Aparentemente alguém usou o meu cartão de crédito Visa do Barclays Bank (ou o seu numero ou o que quer que fosse) e divertiu-se à grande a fazer compras do outro lado do mundo…

Há mais vitimas de fraude com cartões de crédito por ai?

Se há mais? Haverá certamente mas ainda não sei bem porquê, poucos ou nenhuns falam sobre fraudes com cartões de crédito. Bem, falar fala-se. Fala-se até demais mas casos concretos, por cá, não são conhecidos. Um amigo do amigo, um conhecido, foi um colega de um familiar… Agora, o meu cartão de crédito, é assunto tabu…

De quando em vez lá sai mais uma noticia nos jornais ou na televisão sobre duplicação de cartões multibancoOld news, old technology… Cartões de crédito é mesmo o que está a dar.

Mas a vitima fui eu!

Neste caso fui eu. Compras feitas com o meu cartão de crédito Visa do Barclays Bank, nos Estados Unidos da América durante o passado mês de Abril. Nem estive nos Estados Unidos no mês de Abril nem tão pouco usei o meu cartão de crédito do Barclays para nenhuma transacção. Electrónica ou física. Aliás, a ultima vez que usei o meu cartão de crédito do Barclays Bank terá sido para pagamentos em lojas físicas de Londres em Novembro do ano passado e transacções electrónicas com este cartão, por acaso, nunca efectuei nenhuma.

Sendo empregado de uma instituição bancaria convivo diariamente com as regras de utilização de cartões de crédito e posso assegurar que, por norma, o meu cartão não sai da minha vista no entanto… Nunca se sabe.

A descoberta.

Assim foi. No passado dia 21 de Maio, preparava-me para uma viagem a Londres e logo pela manhã fui verificar os saldos das minhas contas bancárias e dos respectivos cartões de crédito. Acedo ao serviço de homebanking do Barclays Bank e qual não é o meu espanto quando verifico a existência de movimentos na minha conta à ordem. Estranhei pois, tal como o cartão de crédito, não usava a conta há já largos meses.

Uma analise rápida e verifiquei que os movimentos eram pagamentos percentuais do cartão de crédito. A estranheza passou a experiência assustadora. Fui verificar os movimentos do referido cartão e lá estavam, a sorrir para mim, e já com um mês de idade, compras em vários estabelecimentos norte-americanos (existe Wall-Mart em mais algum lado?) num valor total superior a 1000 euros.

E pronto. Eu, Pedro Rebelo, evangelista das compras online, do uso de cartão de crédito na Internet, da segurança dos dados, fui vitima de… Como configurar a situação? Fraude? Uso abusivo do Cartão de Crédito? Não sei. Alguma coisa. Quem saberá?

O meu banco sabe certamente.

E foi com este raciocínio que começou uma das mais loucas tristes desventuras da minha vida. Que tal anda a vossa confiança nas instituições? E naquelas que vos gerem o dinheiro (ao fim e ao cabo, aquele elemento de somenos importância)?

Antes de vos apresentar uma versão que tentarei resumida da reclamação de 9 páginas (sim, 9. Em fonte 12 e a espaço e meio) que enviei à Provedoria do Cliente do Barclays Bank, gostaria de saber se já alguém passou por semelhante situação. Mesmo que não entrem em detalhes (já reparei, mesmo sem saber porquê, que ninguem entra em detalhes neste assunto)… E então? Alguém?

update: A história da Fraude com o Cartão de Crédito Barclays continua aqui.