Não é nenhuma novidade. Não acabou de sair nem está ai a fazer as noites do Verão. Mas amadurecida que está a audição de This Is The Life, é uma boa altura para falar sobre o tema. Bem, sobre o álbum. O álbum é o tema (não confundir com muitos álbuns que andam por ai em que a expressão “o tema é o álbum” assenta que nem uma luva).

Amy MacDonald, 22 anos. Escocesa. Mais de 2.5 milhões de álbuns vendidos.

Amy MacDonald

Mais uma miúda engraçada a cantar de viola na mão. Sim, é miúda (apesar de não teenager como dizem para ai alguns), é engraçada e tem uma viola na mão mas tem também uma grande voz e, principalmente, uma capacidade de escrita (ela é autora ou co-autora de todas as musicas do álbum) invulgar, mais negra do que seria de esperar numa jovem. Bem, pelo menos numa jovem sem pretensões a emo ou a algo que tenha a ver com caveiras e afins…

This Is The Life é à sua maneira, um disco dramático. O ritmo que algumas músicas por vezes nos transmitem não deixará que todos o percebam à primeira mas rapidamente se identificará uma insatisfação, uma busca, uma agonia meio latente que, não dando para o fim do mundo nos dá a ideia de que ele pode estar perto e como tal, levar-nos a perguntar onde iremos dormir esta noite?

Para além disso, a cada audição que faço de This Is The Life não consigo evitar também de me questionar, como será a musica de Amy MacDonald daqui a uns anos…

Há uns dias atrás, concorri a um concurso da Take – Cinema Magazine. A Take estava a oferecer convites duplos para a ante-estreia de X-Men Origins: Wolverine.

Para ganhar os convites bastava responder a uma simples pergunta e, relacionado com Wolverine a resposta era de esperar: Se não Mariko (e essa resposta era muito geek…) seria Adamantium.

O poster da Take

Participei e ganhei. Disse-me então o José Soares (director da Take) que, como leitor da Take tinha direito não só ao convite duplo mas também ao poster original do filme. Mas quem é que quer saber disso – perguntam já alguns – Isso é geekalhada a mais. Sim. É geekalhada a mais mas depois é vê-los a gastarem dezenas de euros a comprar os posters (reproduções e muitas vezes de má qualidade) do Breakfast at Tiffany’s ou do Gone with the wind. Eu sei que não é a mesma coisa, mas daqui a 50 anos voltamos a falar…

Entretanto, à data da ante-estreia de X-Men Origins: Wolverine, o representante da distribuidora ao que parece chegou à sala de cinema do El Corte Inglés já muito em cima da hora e como tal, já não o vi e nem ao poster.

De regresso a casa e ao Twitter, em conversa com o José Soares, tive a oportunidade de lhe dizer que não tinha recebido o poster ao que ele de imediato me respondeu pedindo a minha morada. Se me era devido, então iria receber.

Et voilá. Cá está ele. O poster. Pelo correio, registado e enrolado como se quer. Na foto acima está exposto mas obviamente, e para bem da estabilidade familiar, após a foto voltou ao rolo.

Moral da história: A Take promete, a Take cumpre.

E o guru da usabilidade (e nitidamente não do estilo) falou. E falou contra o Twitter.

Antes de mais há a referir que outra coisa não seria de esperar do Jakob Nielsen. Aliás, eu já tinha até comentado mais do que uma vez sobre quando viria ele deitar (mais ou menos, que ele não é parvo) o Twitter abaixo.

Jakob Nielsen e o Twitter

E eis que numa curta entrevista à BusinessWeek, Jakob Nielsen apresenta as suas razões. Grosso modo a conversa girou à volta do uso empresarial do Twitter partindo do facto de tantos CEO’s estarem presentes nesta plataforma de Social Media.

Segundo Jakob Nielsen está na hora de parar (aproveitem para dar uma olhada no site dele, o UseIt.com, que também parece ter parado pelo menos no estilo. Há muito, muito tempo…) ou pelo menos abrandar no hype do Twitter. Razões:

Se tivermos em conta que as palavras de um CEO podem ditar o rumo de uma empresa, será que os 140 caracteres do Twitter são suficientes para expressar convenientemente uma ideia? Condensar ideias e pensamentos de forma coerente leva o seu tempo. Onde arranjam os CEO’s tempo para twittar?

O Twitter é causador de falhas ou abrandamento na produtividade. Segundo Jakob Nielsen “Se se preocupa com produtividade, não verifique o seu Twitter enquanto tenta acabar o seu trabalho(…). Limite-se a ver os seus updates uma vez por dia, por exemplo na hora de almoço. Todos os Twitts vão lá estar.“.

Nielsen alarga ainda um pouco mais as suas observações que partindo do Twitter num instante abarcam a Social Media em geral. Diz ele que não acha que as empresas devam banir o acesso ao Twitter durante o horário de trabalho pois o Twitter tem a sua utilidade mesmo a nível profissional. No entanto alerta para o facto de que as empresas só teriam a ganhar se indicassem aos seus colaboradores como minimizar as “interrupções”.

Diz ainda Jakob Nielsen que o crescimento no Social Media pode tornar-se um dreno para a economia se as pessoas não perceberem como controlar e gerir o seu tempo impedindo que o “social” conduza as suas vidas.

Não foi mau. Pessoalmente esperava um ataque muito mais feroz ainda que sem imaginar quais seriam os argumentos.

Muitos dos leitores do browserd.com são também utilizadores do Twitter. Alguns são verdadeiros power users. Seria interessante conhecer a vossa opinião sobre o tema. Que acham? É tempo de abrandar? 140 caracteres são suficientes para expressar uma ideia? O CEO deve ou não aderir ao Social Media?

A boa ficção cientifica deve ser baseada em boa ciência. Lembro-me de ter lido isto em algum sitio e de ter achado algum sentido à frase. Tanto que não me esqueci e uso-a com alguma regularidade…

Star Trek (O Caminho das Estrelas na versão portuguesa) é, à sua maneira, boa ficção cientifica. Não é hardcore sci-fi como diz o meu amigo Pedro Pinheiro mas é boa ficção cientifica.

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Ontem no Twitter discutia com o Pedro Couto e Santos (e outros mais como o @Madril e o @trodrigues) um vídeo que anda por ai a correr em que a Death Star acaba com a USS Enterprise… É uma guerra antiga. Como bem referiu o Pedro, só aqui podemos encontrar 783 páginas de Star Trek vs Star Wars

Mas vendo bem a coisa, nem tinha razão de ser. Star Wars é entretenimento. Ponto. É bom, claro. Tem muito boa qualidade. Em todos os sentidos. Textos, interpretações, efeitos, tudo… Mas é entretenimento. A mim só me admira como demorou tanto tempo para aparecer um Jar Jar Binks

Star Trek vai um bocado além disso. Star Trek foi desde o seu inicio em 1966, uma forma de passar ao mundo mensagens que este devia ouvir. A influência cultural desta série foi decisiva para alguns direitos, liberdades e garantias na terra da democracia e por consequência, com grande impacto para o resto do Mundo.

O flower power estava na berra e com ele ideais como o da Paz Universal (não se discute aqui o carácter utópico de tal conceito) eram ponto de ordem em qualquer agenda de peso. Não é à toa que os Vulcanos, (povo com um passado de violência lá no seu planeta a 16 anos luz da terra) têm como lema “Vida longa e próspera”.

O amor livre era outro dos temas quentes dos anos 60 e 70. Foi também com Star Trek, no episódio “Plato’s Stepchildren” emitido em Novembro de 1968, que a América assistiu na televisão pela primeira vez a um beijo entre raças diferentes. O Capitão James T. Kirk (William Shatner) e a Tenente Uhura (Nichelle Nichols) são os protagonistas de uma “cena polémica” que se mantém até à data. Abanou moralidades…

Assuntos como a politica e a religião também eram frequentemente apresentados e quase sempre fugindo aos trâmites da altura. Devemos ter sempre em conta a sociedade conservadora e moralista da América de então…

O criador de Star Trek, Gene Roddenberry disse:

Ao criar um novo Mundo com novas regras, eu pude fazer fazer algumas afirmações sobre sexo, religião, Vietname, politica e misseis intercontinentais… Sem dúvida, nós fizemos-lo em Star Trek. Nós estávamos a enviar mensagens (…)

E ainda só estávamos na série televisiva…