Sem mais palavras. Porque há obras que já dizem muito de quem as faz mesmo que nos deixem com a promessa de que muito mais poderia ser dito. Dave Brubeck morreu ontem, com 91 anos.

Dave Brubeck morreu ontem com 91 anos

Deixo-vos com The Dave Brubeck Quartet em Blue Rondo A La Turk, a primeira faixa do disco que irá tocar hoje por aqui, em loop.

Há quanto tempo não vos digo que me falta tempo? Sim, falta de tempo continua a ser um problema critico aqui por estes lados e não me parece que possa vir a ser ultrapassado tão cedo mas…

I blog therefore I am

É certo que com a licenciatura terminada, sem aulas, sem piscinas constantes entre a Baixa e a Avenida de Berna, tenho mais tempo mas dai a ter mais tempo livre vai uma distancia das grandes. Eu sei que há quem pense o contrário mas, tal como a maioria das pessoas eu trabalho, com um horário daqueles… Pronto, mais ou menos normal.

Ainda assim, entre tudo aquilo que me consome as 26 horas do dia, lá tenho arranjado algum tempo para manter aqui o blog activo. Uns dias mais sonolento, outros mais animado, mas entre coisas sérias e bons momentos, o browserd.com vai dando sinais de vida.

Gostar de Jazz

Como se tal não bastasse, há uns tempos atrás, e num momento de re-descoberta de um certo gosto musical, pensei se não seria boa ideia fazer um blog especifico sobre o tema. Nesse caso em particular, Jazz. Mas não queria fazer uma coisa onde só vos espetasse valentes doses de clássicos do jazz pois é por ai que mais me encontro. Há muito quem o faça e certamente com muito mais conhecimento e autoridade do que eu ,e mesmo querendo que o novo blog fosse algo pessoal, pensei-o mais como uma experiência partilhada. Assim surgiu o My Jazz Festival.

Passo a passo, post a post, amigo a amigo, o My Jazz Festival torna-se naquilo em que pensei: um espaço em que uma série de pessoas com um gosto comum, partilham músicas, opiniões, gostos e desgostos… E dá-se o caso que algumas destas pessoas nem sequer se conhecem (mas vão conhecer, prometo. Festejaremos o primeiro aniversário do site juntos?). Já lá vão 3 meses e 5 autores: Este vosso que vos escreve, o Jorge Oliveira, o Nuno Nunes, a Vanessa Quitério e o misterioso ZZAJ (não perguntem. Ele um dia diz). A todos, desde já, o meu muito obrigado. Malta, estou a gostar.

Escrita para aqui, escrita para ali, e entre casa e o trabalho, ainda que uma mão vá agarrada ao varão do Metro, a outra vai livre e como se costuma dizer, mão ociosas são o instrumento do demónio e como tal, havia que arranjar o que fazer naqueles 10 minutos que levava a viagem de Arroios à Baixa-Chiado. Estava ali mesmo debaixo do meu nariz (e acreditem que o nariz é efectivamente um elemento fundamental neste caso): O Vidrão da minha rua.

O Vidrão em Lisboa

Na minha rua há um Vidrão que insiste em servir de lixeira. Quer atenção coitado. Se assim não for, ninguém dá por ele. Resolvi então dar-lhe uma ajuda e criei no inicio desta semana Um Vidrão em Lisboa – o dia a dia de um Vidrão na Rua Francisco Sanches em Lisboa. Uma foto e breves considerações e já está. Post feito. E são são assim 3 blogs.

Se arranjava tema para mais algum? Uns quantos. Mas por enquanto não tenho tempo. Aliás, foi aquilo que vos disse ali em cima, no inicio deste post não foi?

 

Olé Coltrane foi o ultimo álbum de John Coltrane para a editora Atlantic. Bem, pelo menos foi o ultimo álbum de John Coltrane que a editora Atlantic lançou para o mercado com autorização expressa do artista. Posteriormente à sua morte, a Atlantic editou ainda mais alguns discos deste musico dando a conhecer ou relembrando o seu jazz.

CD Ole Coltrane

A edição original é de 1961 e esta que aqui mostro na imagem é a reedição de 2000, que na Alemanha e nos Estados Unidos ganhou uma faixa extra, To Her Ladyship, 8 minutos de jazz anteriormente editados como Original Untitled Ballad.

O jazz esquecido de John Coltrane.

Aparentemente, este álbum foi durante muito tempo desconsiderado pela editora e presume-se que, por uma questão de rivalidades e a já conhecida dor de cotovelo.

John Coltrane gravou este disco com a Atlantic dois dias após ter feito a sua primeira gravação numa nova editora, a Impulse Records. Olé Coltraine foi gravado para honrar o compromisso existente de um ultimo álbum a gravar com a Atlantic.

No entanto, e ao contrário do que alguns possam pensar, Olé Coltrane não é de forma alguma um álbum “a despachar”, um album só para cumprir o contrato.

Acompanhado de McCoy Tyner (ao piano), Elvin Jones (na bateria), Art Davis e Reggie Workman (no contrabaixo), John Coltrane conta ainda neste disco com as participações de Freddie Hubbard (no trompete) e Eric Dolphy (alto sax e flauta). Juntos conseguem ao longo do disco estar constantemente à beira do risco, levando o jazz por campos sonoros por vezes perto de coisas estranhas mas ainda assim, reconheciveis quanto baste para a estranheza não ser limitativa ou castradora da vontade de ouvir um pouco mais.

Uma pechincha garantidamente.

Garantidamente, um disco de jazz a ter lá em casa e se tiverem a oportunidade de o conseguir por 3 euros (como eu consegui na FNAC) então é de agarrar antes que desapareça.

No final do semestre passado (para quem não sabe, estou agora no ultimo ano do curso de Ciências da Comunicação) encontrei-me numa daquelas situações que certamente será comum a muitos estudantes: Não sabia nada da matéria. As razões que levaram a tal poderão ser tema de um futuro post mas hoje, a ideia é dizer-vos o que me ajudou a ultrapassar o problema.

A redescoberta do  Jazz.

Efectivamente, atribuo ao Jazz grande mérito porque sinto ter sido graças a ele que consegui passar noites seguidas em claro, frente a folhas de papel em branco, a resmas de fotocópias e a incontáveis livros que se espalharam pela sala lá de casa…

Entre luz ténue (será porventura influência de filmes antigos mas estudar com muita luz é coisa que, como diria o outro, não me assiste) e alguns copos de vinho tinto (confirmei que ter estes como companhia complementar representava maior sucesso do que chávenas de café), a redescoberta do Jazz foi sem dúvida, não só acompanhamento de luxo como musa inspiradora.

Foi uma redescoberta pois o meu gosto pelo Jazz não é de agora mas, o gosto que tenho agora é verdadeiramente novo. É aquele gostar que vai além do easy listening, do «não sei o que é mas gosto de ouvir». Um gosto que me levou a vasculhar as prateleiras da música na FNAC em busca de Dave Brubeck, Paul Desmond, Bill Evans, Stan Getz entre outros. Um gosto que me levou a querer ouvir Cool Jazz em certas ocasiões e Bebop noutras alturas. Um gosto que me levou a procurar o que dentro do Cool é West Coast e o que dentro deste é California Hard.

A prateleira do Jazz - Clica para veres uma versão maior

Lembrei-me agora de escrever sobre isto, ao recordar o meu amigo João Nogueira, que ao ver uma fotografia de uma das minhas prateleiras de livros comentou que ainda gostaria um dia de ver uma fotografia das minhas prateleiras de CD’s. Pois bem, fica a fotografia de uma delas e a promessa de mais escritos sobre o tema.

(3×3;1×2;4×9;2×3;1×6;3×6;4×7) + (2×4;3×6;1×5;2×3) + 23 + (1×2;2×6;3×6;4×7) + (1×3;2×3) + (2×6;1×2;1×6;3×6;3×7;3×6)!

(2×3) + (2) + (4×7;2×8;4×7;1×2;3×6;1×2) + (1×7;2×3;3×6;4×7;1×2) + (2×7;2×8;2×3) + (2×3;2×8) + (1×6;2×3) + (2×3;4×7;2×7;2×8;2×3;3×2;3×4)…