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E eis que ao fim de um mês e meio de férias a passear pelo pais à boleia dos avós, a Patrícia regressa a casa, ao gato Browser, ao computador e ao sofá…

Como um mimo de regresso, e adivinhando o fim do Verão que chegará um destes dias, para o leite morno das manhãs seguintes…

O cartão da Capitão Lisboa é só por si, quase tão geek como a caneca…

A minha primeira historia de Ficção Cientifica (escrita)

Tens 7 anos, feitos ainda não há 2 meses. Não é novidade que gostas de cenas Geek, de naves, Vulcanos e Cylons… Ainda que normalmente te faças notar mais no campo da fantasia, com vampiros, lobisomens e  múmias… Vais ter tempo para escolher e se calhar escolhes os dois… Não sei. A ver vamos…

Mas hoje, hoje o que me leva a escrever aqui, é a vontade de te dizer (ainda que hoje talvez não o entendas da mesma forma que o vais entender daqui a uns anos) que adorei a primeira história que tu escreveste, que é ficção científica da boa, daquela que até tem ciência lá pelo meio…

Eu percebi… Uma nave que ia para a lua com um homem, ficou presa na cauda de um cometa… Muitos anos depois, na Terra, resolveram enviar outra nave para a Lua e no caminho, esta também ficou presa na cauda do cometa que voltava a passar. Os astronautas que lá iam, viram a outra nave que lá estava e foram conversar. Perceberam então que, na Terra já se tinham passado 100 anos mas ali, só passaram 15 segundos.

O brilho dos teus olhos quando nos ofereceste a história, poderia perfeitamente ser a cena de abertura de um filme inspirado na tua história…

Obrigado.

 

Da imaginação da Patrícia (a minha filha para quem não sabe) já saíram as mais extraordinárias coisas (da fantasia de Darth Vader, ao Rei dos Cylons passando pelos sinais de proibição a monstros invisíveis) e ao que parece, ainda há muito a esperar. Desta feita, numa viagem de carro, numa aparentemente vinda do nada vontade de desabafar:

As histórias da Patrícia

Pai, vou contar-te duas histórias:

Ele chamava-se Van Lobo. Tinha cabeça de morcego, braços de homem, tronco e pernas de lobo. Uma noite tentaram caça-lo. Levavam alho, muito alho. Não conseguiram. Ele era mais forte, lutou e fugiu. Apanharam-no uma semana mais tarde. Já tinha passado a lua cheia.

Era uma vez um cão. Tinha no cérebro um pedaço de gelatina amarela onde vivia e do qual se alimentava um verme extra-terrestre. Esse verme cresceu, cresceu, e o cérebro do cão já não dava para ele. Saltou (terá sido pelas orelhas) cá para fora e colou-se às costas de um taxista. Assim viajava e podia continuar a crescer… Cresceu tanto que se tornou quase do tamanho do Universo. Abriu a boca e engoliu umas galáxias (nota minha: nitidamente a precisar de orientações no que se refere a escalas) mas sem grandes preocupações: foram só duas e a nossa escapou. Depois ficou cheio e descansou.

Certo. Estou em dúvidas se a aconselho a ir para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas ou directamente para Berkeley.

Caros senhores da Nestlé Portugal: Eu, Pedro Rebelo, admirador confesso desde os tempos em que o Nestum Mel era o único dos Nestums (talvez antes ainda mas disso já não me lembro), venho por meio deste declarar publicamente uma enorme desilusão convosco.

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Atentai que, pior que a desilusão sentida por uma criança quando não recebe o brinquedo esperado, talvez só mesmo a desilusão de um pai, quando vê a desilusão da criança, por não receber o brinquedo pelo qual ele já pagou

Como é que diz que disse? Grátis um Wrestler de Polegar.

Certo. Aqui não está em causa o Wrestler de Polegar… Até lhe acho uma certa graça. Pensava que a minha filha não acharia mas, tendo em conta que gostou do Panda do Kung-Fu e que, ainda que de uma forma estranha, o raio do brinquedo sempre serve para umas quantas disputas de recreio, ela gostou.

Ontem, no Pingo Doce logo pela manhã, numa de lhe levar qualquer coisa (sim, qualquer coisa a faz sorrir, é uma vantagem),  vejo a caixa do Chocapic com a tal promoção do brinquedo. Estranhei ver mesmo ao lado, outras caixas de Chocapic anunciando um desconto de 30 ou 40%. Um olhar mais atento explicou a coisa. Pois claro, as caixa do lado não traziam brinquedo. Há que escoar o stock.

A minha filha nem gosta de Chocapic. Prefere Estrelitas. Mas dessas estava bem guarnecida. Faço o gosto ao dedo. Levo o Chocapic para mim e dou o brinquedo à minha filha. Com um pouco de sorte sai-lhe o Tigre que mostra na caixa e faz companhia ao Panda que já lá está em casa. Que se lixem os 40% do desconto…

Já se está mesmo a ver o que aconteceu não é? Chego a casa, enquanto lhe preparo o pequeno almoço, vou abrindo a caixa para tirar o brinquedo mas, qual brinquedo? Nada, nickles, népia. Não há brinquedo.

Antes de dizer o que quer que seja pego na caixa, scan e mais scan, ler tudo de cima a baixo. Haverá uma letrinha pequenina a dizer algo tipo “Grátis numa em cada 4 caixas” ou algo do género? Nada. É mesmo grátis. E deveria ser em todas as caixas. Aliás, o aviso sobre o plástico que envolve o brinquedo está lá, escrito no cartão…

Podia ficar calado, não dizer nada mas eis que entra a minha filha na cozinha e… Pois, “não filha, esta caixa de Chocapic não trazia brinquedo“.

A sério que não imaginam a sensação… Eu sei que é uma coisita de nada, um pedaço de plástico oferecido, mas sinceramente, a sensação é do pior…

Publicidade enganosa? Certo, pode ter sido só uma falha mas acreditem senhores da Nestlé, vale a pena apertar o controlo de qualidade.

Pela minha parte, fiquei desiludido com a Nestlé. Já a minha filha ganhou mais argumentos para justificar a preferência das Estrelitas ao Chocapic. Mas, e se isto acontecer na próxima caixa de Estrelitas o que faço?