Ela, o sustento. Ele, o entretenimento…

Empadão de bacalhau seguido de Once Upon a Time, Misfits, Sherlock, Burn Notice, Nikita, Alcatraz… Enfim, o do costume…

Levantam-se vozes ao fundo sobre a justiça de tal divisão mas convenhamos, entre S.O.P.A.’s e PL118’s, o risco corrido por ele deve valer uns pontos extra não?

Não me lembrava se já vos tinha referido que gostava de Fringe. Nem me lembrava que já vos tinha dito que achava Fringe os X-Files do século XXI… E como tal, eis que aqui estou para vos dizer (e prometo que me calo logo de seguida que tenho ali mais um episódio para ver) que Fringe é definitivamente uma das melhores séries de ficção cientifica a ser exibida actualmente…

Fringe

Quem não conhece e gosta do género, faça favor de ir conhecer…

 

Ao que parece começou já a ser transmitida pelo AXN a série britânica da BBC Luther.

Não é novidade nenhuma a qualidade das séries policiais inglesas. De Sherlock Holmes a The Wire, passando pela incontornável Spooks, entre thrillers e dramas, lá vamos de quando em vez, sendo servidos com doses “quanto baste” de boas séries televisivas que valem muito além dos efeitos especiais, das tecnologias de ponta ou de biquínis super saturados…

Luther é uma dessas séries. Claramente fará lembrar ao espectador mais distraído, as histórias do mais famoso morador de Baker Street, mesmo que sem sabermos bem porquê. Luther é detective mas da policia, é  negro, de constituição robusta, pinta de machão empedernido e aparentemente (só aparentemente) estouvado a tal ponto que entre janelas e portas, não há episódio em que não destrua pelo menos uma. Claro que há pontos nitidamente comuns: Luther medita e deduz. E bem.

A primeira série conta com 6 episódios e a segunda terá 2 ou 4. A ver vamos.

Luther

Resumindo, Luther (Idris Elba) pode não ser Sherlock Holmes como diz a revista Time Out da passada semana, mas Alice Morgan (Ruth Wilson) é, garantidamente, o mais sexy Moriarty que Londres nos mostrou até hoje…

Moriarty

Tal e qual… Foi esta a expressão usada pela Patrícia ontem à noite enquanto eu preparava as coisas para mais uma sessão de Primeval… Enquanto liga e não liga o leitor de DVD, eis que a televisão estava como de costume, no AXN, e precisamente quando está a começar mais um episódio de CSI.

Não há como resistir e dificilmente se consegue argumentar que já é hora de ir para a cama.

“CSI? Então não vamos ver Primeval?”

É mais uma daquelas a ficar na história de uma miúda que, ou muito me engano, ou até vai gostar dessas cenas assim… Geeks…

Primeval tem sido a dose de ficção diária nestes dias em que a produção de séries anda em repouso por esse mundo fora. Trata-se de uma série de origem britânica, já de 2007 e que já nos oferece 3 temporadas completas sendo que a quarta começou a ser transmitida no inicio deste ano.

Grosso modo, anomalias no tecido espaço-temporal permitem que criaturas do passado e do futuro passem através delas para o nosso tempo. Em consequência disso, diversas situações se proporcionam levando a alterações da realidade. Tudo isto no contexto de um grupo de investigadores académicos e um departamento governamental que tenta perceber o fenómeno ao mesmo tempo que faz tudo por tudo para o esconder da sociedade civil.

Com alguns exageros, vai garantindo momentos de interesse e diversão frente à televisão nas noites da semana. Para nós e para a Patrícia como se percebe…

Imaginem a cena:

Num centro comunitário, passa um jovem vestido de Pai Natal, perto dos balneários, e vê um miúda nova, grávida, encostada aos cacifos, a preparar-se para fumar um cigarro. Começa o diálogo:

Rapaz: Não faria isso se fosse a ti. É assim que bebés se tornam anões.

Rapariga gravida: Adoro anões.

Rapaz: Eu também. Quem és tu?

Rapariga grávida: Sou a Marnie.

Rapaz: E o teu bebé, quem é o pai?

Rapariga grávida: Depende se for branco, ou negro, ou chinês, ou francês.

Rapaz: Bebezinhos castanhos são lindos.

Rapariga grávida: E gosto de bebés chineses, tanto quanto todo mundo.

Rapaz: Eu também.

Rapariga grávida: Seja quem for o pai, não está por aqui.

Rapaz: Então estás sozinha no mundo, excepto pelo organismo vivo crescendo dentro de ti?

Rapariga grávida: Parece que sim.

Rapaz: Acho que deveríamos sair pra beber um copo.

Rapariga grávida: Trocar umas histórias felizes.

Rapaz: Ver se temos gostos e interesses parecidos.

Rapariga grávida: Vencer barreiras emocionais.

Rapaz: E ter umas brigas enormes.

Rapariga grávida: O que foste fazer, seu idiota?

Rapaz: Desculpa miúda. Não sabia que era pra ser fiel, e ela tinha umas mamas enormes. Não volta a acontecer.

Rapariga grávida: A gente faz as pazes, e antes que perceba, estamos presos num relacionamento sério.

Rapaz: Essa seria a forma normal de fazer isso.

Rapariga grávida: Só há um problema: Não posso beber.

Rapaz: Então…  Acho que podemos saltar o resto da conversa e ir direito ao sexo.

Na cena seguinte, já com o rapaz vestido de Pai Natal agarrado à rapariga grávida enquanto a amassa contra um dos cacifos, tentado a penetração por trás…

Rapaz: Não quero bater nos olhos do bebé…

Rapariga grávida (com uma meiga cara de loucamente apaixonada): Sê apenas gentil. Fode-me Pai Natal!

Uma das cenas iniciais do sétimo e ultimo episódio da segunda temporada de Misfits, o sucesso britânico que, uma vez mais, demora a chegar a Portugal.