• 07h30 – Acordar. Banho e vestir. Comer um pão com queijo e beber um copo de leite.
  • 08h30 – Deixar Patrícia no colégio.
  • 09h00 – Urgências do Hospital CUF Descobertas. Triagem, consulta, Raio X, consulta. Queixo-me de tosse (já lá vão duas semanas), dores no peito (já é do cansaço) e, de há dois dias para cá, muitas dores nos braços e pernas, um tremendo cansaço constante e muitos suores nocturnos (factores estes que combinados em mim costumam significar febre da boa). Nada. Ou melhor, quase nada. Boa oscultação e qualquer coisa ali nos pulmões que não parece ser nada de grave. Por via das dúvidas (a medicina é uma ciência exacta certo?), 8 dias a antibióticos.
  • 13h00 – Almoço em casa. Cogumelos recheados com bacon, lombo de porco recheado com farinheira e pudim de gemas para sobremesa. Valha-me a Susana que prepara manjares dos Deuses.
  • 14h00Dexter, 3ª temporada 1º episódio. Burn Notice, 2ª temporada 7º episódio. Terminator: The Sarah Connor Chronicles, 2ª temporada 2º episódio. Veronica Mars*, 3ª temporada 3º episódio.
  • 17h00 – Ir buscar a Patrícia ao colégio.
  • 17h30 – Meia hora na farmácia para vir carregado de comprimidos.
  • 18h00 – Chegar a casa, esticar no sofá novamente e pensar porque raio me sinto tão cansado…

Neste momento, entre um joguinho de Disney Dogs no Nokia N70, os Irmãos Toupeira no Canal Panda e o raio do laptop a aquecer-me as pernas, acho que só me resta mesmo jantar e dormir. Amanhã começa tudo de novo.

* E não me venham com a conversa de que Veronica Mars é uma série colegial. A miuda loira já deixou o colégio e agora já anda na universidade.

Poster? Promoção? Nova temporada? Ainda que há uns tempos atrás já tivesse sido divulgado um poster promocional de Terminator: The Sarah Connor Chronicles, o tipo road trip para salvar o mundo não é bem a cara desta série.

Agora, dias antes do inicio da segunda temporada de Terminator: The Sarah Connor Chronicles, eis que surge um novo poster mostrando Summer Glau numa pose tremendamente natural… Para um robot.

Uns dias, só uns dias… Tipo, 5 dias. É vicio. Declarado. Sou viciado em séries televisivas. De férias, um Sol fantástico, umas noites agradáveis e… Séries.

Em pulgas porque a nova série de Prison Break já está a ser transmitida e já lá vão dois episódios. Fringe está também ai. A 3ª série de Dexter estreou esta semana. Burn Notice continua…

Estamos a ver os fantásticos episódios duplos (os telefilmes) de Sherlock Holmes com a maravilhosa interpretação de Jeremy Brett. Isto tem mais de 20 anos…

Battlestar Galactica… Pois. Que lá vem ele outra vez escrever sobre as gajas boas que vieram agora ocupar o lugar dos robôs… Não, o gajo vai escrever que gosta da série mas não é por causa das gajas… É politica. E religião… Pois…

Pois que não é nada disso. Aliás, nem tão pouco venho escrever sobre a série. Bem, talvez só um pouco porque é muito difícil dissociar a série daquilo que hoje me leva a escrever: Battlestar Galactica, a banda desenhada (ou os comics para ser ainda mais correcto).

Não é novidade que gosto de banda desenhada e muito menos que gosto da Galactica. ora havendo a possibilidade de ter banda desenhada da Galactica não a podia deixar escapar.

Também não é nenhuma novidade ver uma série televisiva adaptada ao formato quadradinhos (ou quadrinhos como se diz do outro lado do atlântico e já tanta gente ouço a dizer por cá) e confesso que poucas foram aqueles que optaram por este caminho e das quais gostei mas esta é diferente. A Battlestar Galactica tem neste formato uma hipótese de continuar mesmo após o seu fim anunciado.

Ainda que confinadas a um nicho (assim me dizem os vendedores destas edições) estas edições encontraram um publico avido de mais um pouco daquele mundo fantástico. E digo edições porque, enquanto no mundo real muito se fala de Caprica (o tão esperado spin-off de Galactica) mas pouco se vê, no mundo dos comics em poucos anos assistimos não a uma mas a várias edições separadas: Battlestar Galactica, Battlestar Galactica: Season Zero, Battlestar Galactica: Origins, Battlestar Galactica: Zarek, Classic Battlestar Galactica e ainda ao one-shot (edição unica) Battlestar Galactica: Pegasus.

Tudo isto para vos dizer que adquiri recentemente o Volume 3 de Battlestar Galactica que é nem mais nem menos do que a compilação em edição de luxo dos volumes 09 a 12 dos comics mensais da Dinamyte Comics finalizando assim uma das séries.

Tenho estado a ler (entre um monte infindável de outras coisas) “Everything Bad is Good for You – Why Popular Culture is Making Us Smarter” (Tudo o que é mau é bom para ti – Porque é que a cultura popular nos está a tornar mais espertos) de Steve Johnson e sinceramente acho que talvez seja um dos melhores livros que tenho lido ultimamente.

Televisão demais com violência a mais, jogos de computador demais com violência a mais, musica a mais com violência a mais… Tudo é demais e com violência a mais. Bem, talvez a coisa não seja completamente má.

Steve Johnson tenta (e consegue) mostrar como a complexidade por trás da aparente futilidade atribuida à chamada “cultura de massas”, é na realidade tão ou mais desafiante e mentalmente estimulante do que muito do que é transmitido e “impingido” na transmissão cultural “convencional”.

E exemplifica:

Há alguns anos atrás decidi introduzir o meu sobrinho de sete anos de idade às maravilhas do Sim City 2000, o lendário simulador de cidades(…). Uma hora depois, eu estava concentrado em recuperar uma determinada zona industrial da minha cidade e estudava as minhas várias opções quando o meu sobrinho disse: “Penso que devemos baixar os impostos industriais.” Ele disse isto com a mesma naturalidade e confiança com que poderia ter dito “Acho que temos que matar o gajo mau”(…). O meu sobrinho estaria a dormir em 5 minutos se tivesse numa sala de aula sobre estudos urbanos mas de alguma forma, uma hora a jogar SimCity 2000 ensinou-lhe que impostos elevados em áreas industriais são um impedimento ao desenvolvimento.

Steve Johnson mostra-nos que os jogos de computador evoluiram no sentido de se compararem à realidade ou seja, o seu primeiro objectivo é cada vez mais levar o jogador a perceber qual é o objectivo o que não é mais ao fim e ao cabo do que a nossa vivência do dia a dia. Os jogadores hoje são levados a explorar e a testarem várias hipóteses de forma a conseguirem perceber o jogo e avançar no mesmo…

E ainda não cheguei ao capitulo sobre televisão.

Agora pensem nas infindáveis horas que passamos com Lost ou com 24 e imaginem a ginástica cerebral a que nos obrigamos para relacionar as 5, 6, 7 ou mais histórias que se desenrolam em cada episódio. O esforço despendido para relacionar essas mesmas histórias com os episódios anteriores…

Este post não é uma análise a “Everything Bad is Good for You – Why Popular Culture is Making Us Smarter” . tal como referi no inicio, tenho estado a ler, ainda não o acabei. De qualquer forma, apeteceu-me deixar a nota, o livro é fantástico.