Morreu Michel Crichton. Foi no passado dia 4 de Novembro. Mesmo parecendo egoísta confesso que a primeira coisa que disse quando ouvi a noticia foi: “Não pode ser. E eu que estava à espera do seu próximo livro”. Sim. Pode parecer egoísta ou insensível mas demonstra certamente o quanto eu apreciava os seus escritos.

O meu primeiro contacto com a obra de Michael Crichton foi através de Congo há muitos, muitos anos atrás. Depois fui vendo o que todos víamos, na televisão o ER (Serviço de Urgência) e no cinema o Jurassic Park ou Disclosure. Mostrava-se assim ao grande mundo, aquilo em que Crichton era um verdadeiro mestre: no chamado techno-thriller. Logo por sinal, o meu género favorito.

Na minha viagem a Nova Iorque, há 2 anos atrás, redescobri Crichton na Barnes&Nobles através de State of Fear que me deixou tão entusiasmado que ainda mal o tinha acabado de ler e já tinha comprado Next. Não poderia imaginar que seria o seu último livro. Teria guardado umas páginas para ler mais tarde…

A edição de 1 de Novembro da revista The Economist apresenta uma capa que diz quase tudo. Aliás, a melhor forma de o dizer é, que no que a Barack Obama se refere, a capa desta edição da The Economist põe tudo preto no branco.

The Economist cover

Mas sobre Barack Obama, John McCain e as eleições norte-americanas, esta The Economist presenteia-nos com algo que facilmente se iguala ao valor desta tão simbólica e carregada de mensagem capa: O artigo It’s time.

A revista assume a sua posição: A The Economist não tem voto – escrevem eles – mas se tivesse, votava no Sr. Obama. Parecem tomar a posição do Mundo. Obama. Mas esclarecem logo de seguida dizendo que, por várias razões votar Obama é um risco. Sim, é um risco que a América deve correr mas não deixa de ser um risco. Barack é novo, inexperiente e com politicas por esclarecer mas mesmo assim, a The Economist escreve “Só por se tornar Presidente (Obama)… será bem mais difícil aqueles que semeiam o ódio no mundo islâmico acusar o Grande Satã sendo este liderado por um homem preto cujo nome do meio é Hussein…” e isto tem muito peso.

Mas a The Economist, entre muitas outras coisas, lembra neste artigo o Senador McCain, aquele que existia antes do candidato McCain. Aquele que, apesar dos seus 72 anos defendia politicas e ideias por vezes bastante adversas à ideologia e caminho do Partido Republicano. Lembram entre outras as suas campanhas contra os subsídios do etanol que fez pelo problema do aquecimento global mais do que a grande maioria dos Democratas…

A The Economist não cai na vulgaridade de dizer que um é bom e o outro é mau. Tira o chapéu a ambos mesmo espelhando a sua preferência. A grandeza desta revista está patente em cada linha deste artigo. Qual será a capa da semana que vem?

No passado Sábado logo pela manhã, ainda mal refeitos da noitada de Halloween, saímos cedo para nos dirigirmos à Quinta Pedagógica dos Olivais. A Susana tinha feito a marcação durante a semana para que os 3 fossemos até lá para aprender a fazer “Bolinhos de Pão por Deus” que basicamente são broas de erva-doce.

Pão por Deus

A Quinta Pedagógica dos Olivais fica tal como o nome indica, nos Olivais e já existe à 11 anos algo que, na minha opinião é extraordinário tendo em conta que a entrada na mesma é gratuita.

Este projecto da Câmara Municipal de Lisboa tenta aproximar os cidadãos da realidade rural em particular e da natureza em geral.

Não só podemos encontrar espalhados pela quinta os mais diversos animais que associamos à vida campestre tais como cabras, ovelhas, vacas, cavalos, burros, porcos ou patos mas também encontramos uma verdadeira exploração agrícola em várias pequenas hortas que por lá há. Curioso é o facto de que os frutos dessas mesmas hortas estão à disposição dos visitantes, de forma gratuita, numa bancada própria para o efeito onde se deixa a nota que, caso o visitante tenha alguma semente ou planta que gostasse de ver por lá criada, basta que a leve e a equipa da quinta se encarregará do resto.

Para além desta vertente a Quinta Pedagógica dos Olivais proporciona ainda vários eventos todos os meses onde se ensinam as mais variadas coisas desde fazer pão a fazer espantalhos, identificar cogumelos etc…

Uma forma diferente de passar uma manhã em família, aprendendo e com diversão na dose certa.

Já agora, os bolos ficaram mesmo muito bons.