Pois que mais uma vez se prepara a grande viagem. A partir deste ano, a viagem a Nova Iorque em Dezembro passa oficialmente a ser tradição de família. A Patrícia ainda não vai mas, já não faltará muito para ela descobrir os encantos da cidade que nunca dorme.

Sim, vamos novamente para Nova Iorque. E tendo em conta o quão grande é a cidade e quão diversificada é a oferta de coisas para ver e fazer, é bom que comecemos desde já a preparar o dia-a-dia.

Antes que alguém pergunte, a estadia está já reservada desde Fevereiro. É a única forma de garantir boa relação qualidade / preço em Nova Iorque para o mês de Dezembro. Se não estivermos a falar do Mandarim ou do Ritz-Carlton é claro…

Adiante. Há coisas que já foram vistas ao detalhe e não nos irão tomar tempo desta vez. Há certamente outras coisas que vistas que foram serão revistas agora até pelo seu carácter de grande mudança. Há por fim tudo aquilo que não foi visto mas que o merece ser agora. Aceitam-se sugestões que serão devidamente apreciadas.

Por enquanto vou registando algumas curiosidades que poderão despertar interesse ou simplesmente espelhar a oferta única e por vezes bizarra que Nova Iorque propõe.

No passado Sábado logo pela manhã, ainda mal refeitos da noitada de Halloween, saímos cedo para nos dirigirmos à Quinta Pedagógica dos Olivais. A Susana tinha feito a marcação durante a semana para que os 3 fossemos até lá para aprender a fazer “Bolinhos de Pão por Deus” que basicamente são broas de erva-doce.

Pão por Deus

A Quinta Pedagógica dos Olivais fica tal como o nome indica, nos Olivais e já existe à 11 anos algo que, na minha opinião é extraordinário tendo em conta que a entrada na mesma é gratuita.

Este projecto da Câmara Municipal de Lisboa tenta aproximar os cidadãos da realidade rural em particular e da natureza em geral.

Não só podemos encontrar espalhados pela quinta os mais diversos animais que associamos à vida campestre tais como cabras, ovelhas, vacas, cavalos, burros, porcos ou patos mas também encontramos uma verdadeira exploração agrícola em várias pequenas hortas que por lá há. Curioso é o facto de que os frutos dessas mesmas hortas estão à disposição dos visitantes, de forma gratuita, numa bancada própria para o efeito onde se deixa a nota que, caso o visitante tenha alguma semente ou planta que gostasse de ver por lá criada, basta que a leve e a equipa da quinta se encarregará do resto.

Para além desta vertente a Quinta Pedagógica dos Olivais proporciona ainda vários eventos todos os meses onde se ensinam as mais variadas coisas desde fazer pão a fazer espantalhos, identificar cogumelos etc…

Uma forma diferente de passar uma manhã em família, aprendendo e com diversão na dose certa.

Já agora, os bolos ficaram mesmo muito bons.

Depois das boas experiências com as visitas ao Mundo Mix 2006 e 2007 este domingo lá fomos novamente ao Castelo de São Jorge para visitar o Mundo Mix 2008. Mantem-se a coisa boa que é não pagar entrada no Castelo pelo facto de vivermos em Lisboa mas sinceramente, foi das poucas coisas boas que por lá encontrámos. Aparentemente estavam muito menos expositores do que nas edições anteriores e mesmo assim, dos que lá estavam, muitos pareciam mais “pro”, muito mais “marca firmada” do que os stands dos anos anteriores. A Patrícia ia em busca dos Sapos gigantes que dançaram com ela no ano passado mas disseram-lhe logo à entrada que os Sapos este ano não tinham aparecido. Mais um ponto negativo. A Susana comprou dois colares(nas Joias da Rita e na Shopsu) pois é dos poucos sítios onde ela encontra colares que realmente gosta e sem metal, e eu não cheguei a tirar uma única foto. Há dias assim… Valeu pelo espectáculo de dança que a Patrícia deu uma vez mais fazendo com que as pessoas de vários stands fossem saindo para a ver à medida que ela ia passando. Acho que se para o ano que vem ela não for, já dão pela falta dela. Por falar em falta, demos pela falta da Isamachine que o ano passado lá estava em força. E então João? Desistiram?

Bem, valeu o passeio de domingo em família que sabe sempre bem e o almoço no restaurante Rio Coura (ali na Rua Augusto Rosa à esquerda da Sé) onde comemos uma bela parrilada mista por um preço bastante bom…

Um Sábado por Lisboa. Podia chamar-se assim o relato do Sábado que passou. O dia começou cedo e o carro ficou à porta de casa. Metro para conhecer a nova estação de Santa Apolónia e toca a subir até ao Panteão Nacional ali na Freguesia de São Vicente de Fora. É claro que há mil e um livrinhos explicando a história do Panteão e da Igreja de Santa Engrácia mas nada como uma boa guia para nos contar todos os detalhes. Conhecem o termo “obras de Santa Engrácia” (tipo túnel do Marquês ou Metro de Almada?)? Já sabemos a história. Tendo em conta que estava muito bom tempo com um dia bem solarengo ainda tivemos a sorte de nos levarem à cúpula e de nos deixarem passear por lá… Coisa pouca… Algumas centenas de degraus para cima e para baixo.

Entre todas as personalidades com direito a túmulo no referido Panteão, continuei sem saber porque diabo não foi para lá o de Fernando Pessoa.

A manhã já ia longa e fomos passear pela Feira da Ladra. Ainda não estávamos lá há 10 minutos e já tinha um trio de jovens nas minhas costas a tentar abrir a minha mochila da máquina fotográfica. Ora ai está uma boa razão para passar a chamar aquele “mercado” de Lisboa de Feira do Ladrão em vez de Feira da Ladra. Há já alguns (muitos) anos que não ia aquela feira mas sempre soube que a melhor altura para o fazer é mesmo pela manhã muito cedo, madrugada até. Tem menos policia e mais interesse…

O almoço veio logo depois. Descemos até Santa Apolónia e numa daquelas tascas num daqueles cafés lá comemos uns fantásticos filetes com arroz de tomate e salada, grelhada mista como prato de carne e ainda uma grande travessa de fruta fresca. Longe vai o tempo do bacalhau com grão como prato único…

O Sol ia ainda alto quando voltámos a subir desta feita por um pequeno beco em direcção à Igreja de São Vicente de Fora para conhecer o mosteiro em detalhe. E que detalhe. Da cisterna do sec. XVI às fábulas de La Fontaine pouco ficou por ver. Não sabíamos por exemplo que é ali que se encontra o panteão dos Branganças. Foi aliás nesse panteão, junto ao túmulo do Rei D.Carlos e do filho, o Príncipe Luís Filipe que a Patrícia apanhou um real susto com a estátua da mulher que chora junto a estes túmulos. A tarde caia e era já hora de descer à Baixa. Garrafeira Napoleão para abastecer um pouco e antes que o Sol se ponha, uma bebida para refrescar n’A Outra Face da Lua. O dia só iria terminar bem mais tarde em casa de amigos, com uma bela jantarada. Só então a Patrícia se deu por vencida e dormiu… Onde vai ela buscar a energia queria eu saber. Dar-me-ia muito jeito para a semana que agora começou…